quarta-feira, 1 de julho de 2015

Infância

Não aprecio o local onde moro, já aqui o referi mais do que uma vez. Não me identifico nem com as gentes nem com os costumes e todos os dias tenho saudades da minha anterior morada (não da casa, que esta, de longe, é bem melhor). Nestes longos nove anos, temo-nos tentado convencer que esta opção se deveu ao nosso filho, ao fato de pensarmos nele. E a verdade nunca até agora tal se revelou uma realidade.
O puto está a ter uma infância não muito diferente da nossa: sai de casa de manhã e vai encontrar-se com os amigos, depois ou vão ao parque, ou jogam à bola, ou vão até à piscina (aqui já com vigilância de algum adulto), ou vão andar de bicicleta. Por vezes também vai a casa de um dos vizinhos jogar Playsation ou então são eles que se juntam aqui. Se as noites estão boas, ao fim de jantar ainda faz uma pequena incursão pelo parque. Tem sido assim, desde que as férias começaram, sai de manhã de casa e regressa ao final do dia (aparece por aqui quando tem fome ou sede, isto se nenhuma das vizinhas não lhe tiver já dado qualquer coisa pra comer). Há lá coisa melhor que isto?

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