Não tenho escrito aqui., não ando com disposição. A cada dia que passa o desânimo
vai aumentando a ponto de se transformar em quase desespero. São muitas coisas,
aparentemente sem valor, mas que juntas fazem mossa. O ano passado não fomos de
férias, o meu acidente impediu qualquer saída. Há uma semana recebemos o
bendito reembolso do IRS e ainda questionámos fazer uma semana de praia, mas
bastaram meia dúzia de contas para deitar por terra a nosso desejo. Não vamos,
não podemos mesmo. Tenho tido pouco trabalho e esse pouco não tem sido pago a
tempo e horas. O futuro é cada vez mais uma incógnita. Tanto eu como o meu
marido podemos, a qualquer momento, ficar sem trabalho (comigo está
eminente).
Ando há seis anos a convencer-me que viver onde moro é bom, mas sei que me
ando a enganar. Não gosto de estar aqui, não me identifico com as pessoas, não
fiz amizades, tenho uma péssima vizinhança (e acreditem que isso afeta-me e
muito) e cada vez me sinto mais atrofiada neste local. Gostava de me mudar, mas
como? Ninguém compra casas, e mesmo que a conseguisse vender que banco é que
emprestaria dinheiro a um casal cujo 1º titular tem 50 anos?
O meu filho em Setembro vai para a escola e, mesmo não querendo,
preocupo-me. Quando já andava mais sossegada com isso, a possibilidade de um
certo menino poder ficar na sala dele, trouxe de novo preocupações à minha
cabeça.
Enfim, nada que não se resolva, eu sei...
Não quero estar a comparar "dores", mas na verdade à minha volta, (e infelizmente, dentro de mim também), sinto cada vez mais as pessoas com a disposição que descreves. Hoje ao almoço encontrei uma colega de trabalho do meu "marido" que me disse que se sente tão mal com a vida que leva que chega a ficar rouca quando chega ao trabalho, só de lá chegar... De mim nem vale a pena falar que isto vai de mal a pior. Se não servir de mais nada, que este comentário sirva para que saibas que há mais gente a sentir o mesmo, ou muito parecido, que tu.
ResponderEliminarBeijos e só espero que alguma coisa mude nesta triste vidinha que levamos... Continuo a achar que umas cervejas e umas ameijoas à bulhão pato não resolvem, mas ajudam muito :-)
Vim aqui, sem saber o que escrever. Poderia optar pelo cliché mas n sou gaja para isso, pelo menos agora. Olha, vou só reiterar o que a Carla disse: umas imperiais e uma ameijoa* ajudam bastante!
ResponderEliminar*Em tempos de crise, podes substituir a ameijoa pelo caracol!
BJOS
olha não sei onde moras, mas eu identifico-me com a frase " tento convencer-me que o lugar onde moro é bom", mas no fundo sinto-me encurralad
ResponderEliminarForça, Mariah! Vou mandar mensagem. Beijo grande
ResponderEliminarObrigada Carla, sei que não estou sózinha neste mal estar (embora por vezes pareça). E sim, uma imperiais e umas ameijoas ajudam a esqucer :)
ResponderEliminarPodes crer Tella, ameijoas já começa a ser um luxo, mas eu não sou esquisita fico-me por uns tremoços
ResponderEliminarManue, no meu caso vir para aqui foi uma precipitação e um erro crasso. Se me sair o euromilhões fujo daqui. Haja esperança
ResponderEliminarAbraçar, obrigada, já te respondo