segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mudando de assunto (post sem ponta por onde se lhe pegue)

Estar muito tempo fechada em casa está dar comigo em doida. O meu mundo está ficar de um tamanho demasiado pequeno para o meu gosto e dou por mim a dar importância a coisas que realmente não têm nenhuma e que em nada contribuem para o meu bem estar. Preciso urgentemente de me rodear de gente minimamente saudável e "normal". Há dias em conversa com o meu marido resumi-lhe aquilo que estava a sentir: ultimamente só convivo com pessoas que nada têm a ver comigo e isso não me está a fazer bem, senão vejamos:
A minha empregada doméstica anda a mandar sms às outras pessoas para quem ela trabalha a dizer que eu vou contribuir para o subsídio de férias dela e a perguntar se elas não o querem fazer também. Ora acontece que eu não vou contribuir para subsídio nenhum, porque acho que não devo e porque mal tenho para lhe pagar as poucas horas que ela faz (e só a mantenho, porque as minhas costas não permitem grandes aventuras domésticas). Ora a senhora, que não deve muito à inteligência, esqueceu-se que as outras senhoras para quem ela trabalha são minhas vizinhas e falam comigo. E pronto, lá me apareceram as duas (não ao mesmo tempo) indignadas pelo sms e eu estive a perder o meu tempo precioso a falar sobre o assunto...
A minha vizinha (com quem estou mais próxima) é um poço de contrariedades e uma mentirosa compulsiva. Todos os dias, quando chega do trabalho, bate-me à porta, ela e o filho. E se há dias em que não me importo, dois dedos de conversa até fazem bem, há outros em que o que precisava era de paz e sossego. De seguida o que acontece, invariavelmente, é deixar ficar o filho em minha casa, enquanto ela vai à vida dela. O filho é da idade do meu meu, supostamente são amigos, mas  o que acontece é tão somente isto: o puto berra com o meu filho, está sempre a dizer-lhe que ele não sabe nada, que ele não sabe falar, que ele não sabe brincar e passa o tempo a ameaçar que vai para casa dele caso o meu filho não brinque o que ele quer brincar. E eu, em vez de estar sossegada enquanto eles brincam, ando para aqui às voltas a tentar ser assertiva com o puto, explicando-lhe que os amigos não berram uns com os outros, que têm que se dar bem  (etc etc), quando o que me apetecia realmente era corre-lo daqui (e desculpem-me a frontalidade) ao pontapé! Depois a mãe chega, e lá conta uma duas suas histórias em que ela brilha, como a última, em que chamou a atenção de uma criança, à frente da mãe, porque supostamente essa criança, estava a gozar com o filho dela. E eu fico a pensar para mim, o meu filho é maltratado pelo teu todos os dias, faz dele gato sapato e tu vens para aqui com esta história... E pronto, como se pode ver, estou a ficar doida. Escrever um post destes é sintomático do meu estado mental (mas confesso que me fez  bem)!

1 comentário:

  1. ah ah foi divertido ler a tua descrição! eu estou numa situação similar, mas sem chatos.Nunca dei confiança a ninguém e ninguém ousa vir cá a casa,prefiro assim :)

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