sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Constatações

Nestes dias pude constatar, para além da dificuldade que é deixar os filhos à guarda de outras pessoas, mais dificuldades inerentes a ser mãe sem familiares por perto e sem marido. Dificuldades essas acrescidas, quando se está doente.

Em primeiro lugar, e agora que ele vai para o infantário, como é que o preparo de manhã e ao mesmo tempo me preparo a mim.
(Até agora aproveitava as sonecas dele para tomar a minha banhoca.)

Pensei em acordar antes dele, tomar banho e vestir-me num ápice. Nestes dias não consegui, ele acordou sempre antes de mim. Assim, tive que optar por o deixar a protestar na cama enquanto que, o mais rapidamente possível, tratava da minha (mais ou menos) boa apresentação.
(Antes de ter o meu querido filho, demorava eternidades a decidir o que vestir, tomava o meu banhinho, colocava um creme no corpo, hidratante no rosto, uma maquilhagem suave e ficava pronta (ok, eu sei que sou vaidosa!))

De seguida preparo-lhe o leite, sempre com ele ao colo.Depois do seu leitinho coloco-o no chão junto aos brinquedos, e em frente à televisão com o Baby Tv, of course! Vou finalmente prepara o meu pequeno almoço. Quando me sento para comer, eis que o meu lindinho desata a gatinhar para junto de mim. Pego nele, sento-o nas minha pernas e finjo que lhe dou dos meus flocos e fico ali a apreciar a felicidade do meu filho por estar ali comigo a "comer".
(Sempre gostei do pequeno almoço, acordo sempre com uma fome devoradora. Antes do meu amor mais pequenino nascer, esta refeição era bem demorada, leite com café, uma torrada com manteiga, outra com queijo fresco e outra com compota. Agora fico-me pelo leite com flocos e uma peça de fruta.)

À noite surgem mais dificuldades, principalmente na hora do banho. Encher a banheira de água, e preparar a roupa, sempre com ele ao colo. No banho, o jovem gosta de se por em pé, não preciso aqui descrever a dificuldade que tenho a dar-lhe banho nesta posição. Por fim, mais colo enquanto lhe preparo o biberon.

Agora imaginem ter que fazer isto tudo doente, com dores no corpo e muito febril. Na quarta acordei tão mal, que tudo me custava, com o meu filho a querer atenção e eu sem forças.
(Há um ano atrás, estar doente significava estar deitadinha no sofá a ver tudo quanto é porcaria na televisão. )

Minha querida mamã, não te queres mudar para cá, era tão bom!!

Adenda: o meu marido não saíu de casa, trabalha fora, logo ausenta-se sempre dois a três dias por semana.

8 comentários:

  1. Verdadeiras acrobacias é o que as mães fazem! Aquilo que descreveste são os meus dias com o Tiago. Há alturas muito complicadas em que até para comer e tomar banho ou ir à casa-de-banho exige grandes habilidades.

    E comigo passa-se o mesmo, não tenho ninguém ao pé para ajudar, ou melhor até tenho uma pessoa, mas nunca se ofereceu e não, não estou a falar do meu marido...

    Beijos e as melhoras

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  2. Não é mesmo nada fácil ser-se mãe mas mãe doente ainda é mais dose.
    O meu marido ainda não apanhou a minha gripe mas diz que já sente umas dores de garganta (cá para mim é psicológico)e eu disse para ele não se queixar pois só deus sabe como eu estou e não deixo de tratar do Miguelito noite e dia ... e olha que é dose! Licença de maternidade não são férias ao contrário doque muito boa gente pensa! Hoje pensei o mesmo que tu, antes do Miguel nascer se estivesse assim passava o dia deitada e não mexia uma palha... Também eu estou a precisar de colinho de mãe.

    Beijos e as melhoras

    PS: Quando começar a trabalhar não sei como vai ser para me despachar a horas... revi-me no teu relato. Esta angústia ainda vai ser tema para um post meu

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  3. Querida Ana, mas será que os homens são todos iguais?? Em sete anos de casada, mais 10 de vida em comum, todas as vezes que fiquei doente o meu marido começa a queixar-se. Irrita-me tanto!!
    Percebo a tua angústia, pois é mesmo complicado, mas acho que como com tudo na vida, acabamos por nos adaptar. beijos

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  4. Como uma colega minha diz: "enfim são gajos!!!" :-)))

    Esqueci-me de dizer que também não tenho ninguém perto, perto ... os meus pais estão a 13km (o que não é muito de carro) e os meus sogros a um pouco mais. Mas desde que engravidei e depois que tive o Miguel, essa distância parece já tão grande...
    No entanto sei que não me posso queixar porque à vista do que se passou com a minha mãe eu sou uma previligiada. Ela sim coitada quando eu era pequena não tinha mesmo NENHUMA familia perto e também por causa disso eu sofri tanto em más amas sem vocação nenhuma para cuidar de crianças mas que faziam aquilo só para receberem uns trocos ... tenho tantas histórias traumáticas que um dia se calhar conto mais detalhadamente... o que vale é que mesmo assim fui uma criança muito amada pelos meus pais e cresci sem traumas (pelo menos aparentes :-))

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  5. Pois, é dose... Eu ainda não estive doente desde que o Rodrigo nasceu... mas quando estive grávida fiquei doente (de cama) 15 dias seguidinhos. NOs primeiros dias foi tudo muito bonito, depois cada vez que era para me fazer alguma coisa bufava por todo o lado, sentia-me tão mal, porque realmente não me conseguia podia levantar e ele sempre de trombas...irra!!!

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  6. Nesse aspecto (e noutros também) sou uma sortuda.
    O homem não é de fazer muita coisa em casa, mas se me vê doente, fica incansável.

    Olha minha querida se quiseres vou aí fazer-te um cházinho.
    :)

    Beijinhos

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  7. Qual é o ser mais forte do mundo? A mulher, claro! O que nós conseguimos fazer... tanta coisa e muitas delas ao mesmo tempo!
    Gostei de "te ler".
    Bjinhos
    onossopimpolho.blogspot.com

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  8. Em breve encontras forma de fazer tudo isso. Podes levar a espreguiçadeira para o wc se ele não tiver medo do barulho da água. Ele não tem parque? O bi ficava no parque a ver um pouco de tv. Ainda fica!

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