segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Nuvens negra (passageiras)

O dia foi mau, mesmo muito mau. O meu filho, acordou sem febre, mas muito rabugento, para além de praticamente não ter comido. Acabou por não ir para o infantário, achei melhor não arriscar. Está um mimo o miúdo, durante todo o dia, sempre que via o pai desatava a chorar e só queria estar com ele. Não o larga, não quer estar comigo, só quer o pai. Ao meio da noite fomos dar-lhe o ben-u-ron, peguei nele, assim que o meu marido entrou no quarto, desatou a chorar e a fazer força para ir para o colo dele. Estou exausta física e psicologicamente, já não sei o que pensar disto tudo. Sei que estou a ser repetitiva e cansativa, mas é mais forte que eu e dói-me, dói-me muito.
Adenda: Isto é só mais um desabafo, amanhã já estou bem. Pensei em não permitir comentários neste post, pois acredito que já não há nada a dizer a não ser que devo pedir ajuda. Informo que há sete anos que tenho ajuda profissional, se calhar está é na altura de largar. Pensei também, porque tenho receio do que me possam dizer. Estou demasiado fragilizada, e com pouco "poder de encaixe". Sorry

5 comentários:

  1. Não, não te ia aconselhar ajuda profissional nenhuma, acho que tens uma mente muito sã, agora uma conversinha muito séria com o marido, isso já te recomendo!
    Sabes o que eu acho que se passa? Não tem nada a ver com a criança gostar mais de A ou B, mas sim com a força do hábito. O teu filho já está habituado a ir sempre ao pai quando há crises, quando quer brincadeira, quando tudo. Não tem a ver com os sentimentos dele, mas com uma dinâmica vossa como família, como casal, que fez com que isso acontecesse. Desculpa a minha franqueza, ainda por cima estás fragilizada, mas se calhar precisas de ler isto. A culpa é do pai (porque alimenta a situação) e da mãe (porque permite), o puto não tem nada a ver com o assunto.
    Minha querida, eu, no teu lugar chateava-me a sério, mas isso sou eu que sou muito exigente comigo e também com quem me rodeia e arrancava já com o mal pela raiz. O pai tem que se afastar um bocado. Tem que te devolver o lugar de mãe. Se ele faz força para ir para ir para o colo do pai, ele que saia do quarto e te deixe com o teu filho, para que ele comece também a associar a mãe ao colo e ao mimo e também quando o pai está em casa.
    Desculpa a minha franqueza, desculpa.

    Beijos

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  2. Minha querida maria. Por partes.
    O teu filho está numa fase em que prefere o colinho do pai. Não quer dizer que goste mais dele. Provavelmente passa menos tempo com ele e sente saudades. O Rodrigo quando vê o pai arreganha a taxa toda e comigo tenho de fazer mil e uma macadas para ele sorrir. Mas eu apesar de me custar um bocadito, sim custa, nºão começo logo a pensar que o puto o prefere a ele. Tem a ver com o tom de voz dele, e também por ser muito mais calmo e não perder tanto a paci~encia como eu perco. Mas eu não me importo, porque tenho os meus momentos de cumplicidade e isso basta-me, sinto.me muito amada por o meu filho. Tu tens de fazer o mesmo. Não podes exigir do te filho a mesma atenção que ele dá ao pai. Esquece isso. Se está numa fase em que quer o pai, deixa- o ir. Entretanto vais sempre estando do lado dele. Dando-lhe miminhos mesmo ele estando no colo do pai e brinca com ele. Vais ver que as coisas vão mudar se tiveres um pouco mais de paciencia.
    Quanto ao resto tu não estas bem contigo mesma. E precisas de ajuda, dizes que tens a de um profissional. Mas precisas de um amigo. Pelo menos comig é assim, também já andei em psicologos, que me ajudaram imenso, mas a nossa vida social é o mais importante. E tu estás a precisar de conviver, ter amigos, sentires-te realizada. Maria, tens de ser tu a fazer por isso. Procura as tuas amigas, sai uma ou duas vezes por semana para fazer um lanchinho com elas, qualquer coisa que te preencha!!!
    Trata de ti. Senão vais andar sempre a lamentar-te e cada vez mais deprimida. às tantas as pessoas mais proximas cansam-se desses lamentos e tu só te sentes ainda pior. Lembra-te que tens de ser tu a fazer alguma coisa por ti!!!
    Beijocas gigantes

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  3. Li agora o post da May, acho que ela foi radical demais, mas não deixa d eter uma certa razão. Fala com ele e diz que te sentes um pouco triste com a situação do menino e ele que vá colaborando nessa aproximação. Por acaso o marco fez exactamente isso. Mas ao contrário. Em alturas em que eu por estar esgotada e não me apetecer ver o Rodrigo ele vinha de proposito ter comigo e estabelecia uma ponte entre nós. Isso é super importante. Não deixar que seja sempre o mesmo a ser o porto de abrigo da criança- O mesmo vale para os casos em que são as mães que valem por tudo e os pais ficam de lado. Isso não pode acontecer.

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  4. Ei! Mariah. Nada de desanimar, então? A May tem razão quando fala da dinâmica de casal. Essa é uma parte que só vcs conhecem. Vocês competem? Quem, no casal, começou com a competição? Não destruam a vossa união familiar à custa disso. O teu filho merece ser amado pelos dois em pleno e deve poder amar-vos a ambos sem limites. A questão, querida, é que estás sempre com tanto medo dessa rejeição que até o miúdo dá conta. Já todas te dissemos que eles têm fases que só querem os pais. O meu tb era assim! Só se calava no colo dele. Porquê? Porque eu andava nervosa. Confia no amor do teu filho, linda. Ele é apenas um bebé.

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  5. May,
    não tens que me pedir desculpa. Aliás estás muito certa(como sempre).Já conversámos e vamos ter que dividir aquelas tarefas que não são tomar conta do João, tais como fazer as sopas, lavar os biberons, etc. etc. Mas sabes, reconheço que tenho muita culpa, ultimamente quando o meu filho faz uma cena para ir ao colo do pai, este recusa, mas eu sinto-me tão magoada que lho passo imediatamente. Como sempre "estou a estragar tudo com as patas", só que desta vez, é o meu querido filho que eu amo mais que tudo no mundo.

    Sofia,
    Acho que fui também a questão da paciência, é que o meu marido passa, pelo menos dois dias sem ele, e eu, desde que nasceu que estive sempre com o meu filho. Como é óbvio perco mais a paciência.
    E tens toda a razão, está-me a faltar vida social, fazer algo mais que ser mãe.
    E tens muita razão, acredito que, para quem está comigo, começa a cansar um pouco este estado de espírito.

    Luz,
    Ambos negamos que estejamos a competir, mas realmente é o que parece. Eu acho é que o meu marido, tem muito receio das ausências dele, e por isso tem uma tendência para ser "permissivo" e muito presente quando está. O problema é que isso tem consequências e mesmo no comportamento do meu filho, mas um dia destes escrevo um post sobre isso.
    Para terminar, tens toda a razão, ele é apenas um bebé.

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