segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Novembro

Como é que é possível? Um mês sem dar o ar da minha graça. E que mês minha gente, que mês... Andei mais atarefada surgiu-me formação e aceitei. Quase dois meses a trabalhar 3 dias por semana, fora de casa. E que bem que me soube e que bem que me fez. Sair de casa de manhã, deixar o filho na escola e seguir para Lisboa, a minha Lisboa. Almoçar por lá, ver pessoas, conversar, tomar um café numa esplanada e espreitar algumas montras. Regressar ao final do dia. Tenho pensado muito nisto que aconteceu, trabalhar a partir de casa pode ser bom, não digo que não. Mas fazê-lo em exclusivo e morando muito isolada não é a melhor opção para a minha sanidade mental. A formação acabou, hoje estou por casa, mas sem vontade nenhuma. Ando numa fase de introspeção em relação ao futuro e às escolhas que devo (devemos) fazer. Agora a grande prioridade é sair desta casa. Preciso tanto, precisamos tanto...
Sim, continuo sem fumar, tirando uns cinco cigarros que fumei em situações estupidamente críticas e de desespero. Mas atendendo que iniciei esta saga há precisamente 50 dias, não me parece que volte a fumar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Então conta mais coisas Mariah

A primeira semana foi de felicidade e orgulho. Andava "inchada". Não fumava, nem me apetecia fumar. O acordar era mesmo bom, sem estar cansada e de olhos imediatamente arregalados. Filho a tempo e horas na escola. E eu, armada em heroína, a fazer o que sempre fazia: tomar café, beber um copo de vinho ao jantar, fazer companhia à mana quando esta fumava (sem me sentir afetada).
Na segunda semana a felicidade esmoreceu, o acordar continua a ser bom, mas a vontade do cigarro começa a aumentar. Tem ajudado o estar a dar formação, pois os dias passados em casa sozinha são de fugir. Dou por mim a imaginar-me a fumar um cigarrito, a sentir o fumo na garganta.... inspira, expira.
Terceira semana: continua a ser difícil estar em casa sozinha sem fumar. Reparo que já não penso tanto nos cigarros principalmente naqueles momentos (refeições, pela manhã, enquanto conduzo...).
Por fim, coisa obscenamente extraordinária: o dinheiro que poupo (poupamos, que o homem cá de casa, apesar de lhe estar a ser monstruosamente difícil, tem-se aguentado).

Três semanas já lá vão

Fez há 5 minutos 3 semanas que não fumo. A falta do tabaco tem tido em mim os seguintes efeitos:
Estou lenta de raciocínio.
Estou desprovida de inspiração.
Sobra-me tempo (antes ocupado com cigarros).
Chego a tempo aos sítios.
Durmo, durmo muito (se não posso fumar deito-me e durmo).
Tenho sonos estranhos, acordo 3 ou 4 horas depois de me deitar, fresca que nem uma alface.
Nunca masquei tanta pastilha elástica na minha vida.
Já não posso ver rebuçados à minha frente.
Tenho tonturas (muitas vezes).
E é isto.