terça-feira, 30 de outubro de 2007

Mãe complicada

Andei praticamente este mês todo angustiada porque sempre que deixava o meu filho no infantário ele ficava a chorar. Hoje, assim que uma das auxiliares lhe esticou os braços ele foi para o colo dela sem me passar cartão. Fiquei um destroço, agora para completar o dia só falta que, quando o for buscar, ele não queira vir comigo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Na piscina

Hoje foi novamente dia de natação. Mais uma vez o meu lindinho adorou e divertiu-se à grande. Voltei a achar a água um pouco fria, disseram-me que estava nos 29 graus, mas a mim pareceu-me bem menos. No fim da aula, já nos balneários com o meu filho, está uma mãe com a sua menina, que deveria ter os seus 2, 3 anos. A miúda começa a fazer uma birra enorme porque não quer que a mãe lhe vista a roupa, a mãe por sua vez começa a desesperar e tenta vesti-la à força, uma grande gritaria e eu, tal como outras senhoras que lá estão, tento não olhar, para não enervar ainda mais a senhora. De repente olho para o meu filho e ele está em pé, encostado a um banco a olhar fixamente para as duas, sem descolar. A cena é de tal maneira que a senhora começa a dizer para a filha, aquilo que eu espero nunca dizer ao meu: "olha o bebé tão sossegadinho a olhar para ti, deve estar a achar que tu és má!". O meu filho só tem 10 meses, pelo que ainda não percebe, mas a minha vontade era dizer-lhe "meu querido filho não se olha assim fixamente para as pessoas".

sábado, 27 de outubro de 2007

Heranças

De tudo o que associo à minha gravidez, hoje só me lembro que foram 9 meses sem uma única enxaqueca. Depois do meu filho nascer voltaram em força, e hoje é daquelas em que parece que tenho um pedregulho na cabeça que se desloca consoante eu me vou movimentando e que vai chocando contra as paredes do cérebro (gostaram desta imagem?). Mas porque é que que nós só herdamos dos nossos pais aquilo que eles têm de pior?

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Viva, Viva

Agora que tinha decidido limitar a minha vinda aqui, eis que a minha querida Luz regressa. A blogosfera está de novo iluminada.

É oficial

O meu lindinho já caminha sozinho, sem se apoiar. Hoje após uma das suas quedas levantou-se sem se apoiar em nada. Está a deixar de ser um bebé para passar a ser um menino. É tudo tão rápido...

Descobri que vou ter que limitar o tempo que passo aqui pois o meu trabalho está amontoar-se e como trabalhadora independente, se não trabalho não recebo. É que isto é mesmo viciante!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Livros

Gosto muito de ler, é um dos meus maiores prazeres. Sempre que vou a uma livraria fico lá horas a ver os livros, a abrir uma página ao acaso e ler alguns parágrafos. Não venho de uma família onde os livros estivessem presentes, não havia dinheiro para os comprar. Mas lembro-me de ainda ser muito nova e a minha mãe me levar a uma loja que tinha no balcão, uma caixa de cartão com pequenos livros para crianças. De vez em quando comprava-me um e eu lia-o repetidamente. Lembro-me de uma vez ter recebido alguns livros que um tio, que na altura trabalhava como camionista de uma empresa de distribuição, me ofereceu. De entre esses livros estava a "As aventuras de Tom Sawyer" do Mark Twain, gostei tanto que o li repetidamente. As leituras obrigatórias na escola não eram para mim um "frete" eram sim, uma oportunidade de ter uns livros novos, foi portanto com prazer que li "Os Maias" e o Viagens da Minha Terra". A minha incursão na leitura continuou com livros emprestados por amigos e outros que de vez quando conseguia comprar, mas que não eram de grande relevância literária. Quando conheci o meu marido, leitor compulsivo desde muito novo, iniciei-me em novas leituras e novos autores, completamente desconhecidos para mim. Assim, li tudo o que havia de John Steinbeck, Abert Camus, alguns do Aldous Huxley, muitos da Marguerite Duras. Li alguns livros de outros escritores tais como Ernest Hemingway, da Virgínia Woolf, do Gabriel Garcia Marques, Boris Vian e tantos outros que é impossível agora enumerar. Há algumas obras que me marcaram particularmente, tais como "O Estrangeiro" de Albert Camus, "Cem Anos de Solidão" do Gabriel Garcia Marques, "A mãe" de Gorki, "Capitães de Areia" de Jorge Amado", o "Arranca corações" de Boris Vian, a trilogia do Senhor do Anéis do Tolkien (lembro-me que li os três livros numa semana, não fazia mais nada, tinha entrado na faculdade e faltei uma semana às aulas para poder acabar de ler, lol), mais recentemente retenho "As Velas Ardem Até ao Fim" de Sándor Márai, um livro lindo, lindo, o "Paula "de Isabel Allende, e "Crime e Castigo" do Dostoiévski, este que foi o último livro que li.

Desde que o meu filho nasceu que não li mais nada, o cansaço e o trabalho não me permitem, mas continuo a comprar livros que se vão amontoando por aqui à espera da melhor altura para os ler. Para a semana vou tentar reunir todos os livros que tenho para ler e aproveitar este meu canto para partilhar convosco.

Greve de Fome III

Hoje liguei à pediatra, disse-me que uma vez que o meu filho esteve doente é normal estar com menos apetite, para ter calma e não insistir. Quando lhe contei que no infantário ele comia bem, respondeu-me que também era normal, que elas têm os seus métodos para que eles comam (?). Hoje ao jantar já comeu bem melhor, vamos ver se lhe volta o apetite.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Greve de Fome II

A greve de fome do meu filho tem-se agravado e eu estou a ficar desesperada. Há já algum tempo que ele anda a comer mal, mas agora quase que não come. Hoje ao jantar comeu três colheres de sopa e não tocou na fruta. De manhã apenas bebeu 100ml dos 210 ml habituais e ao deitar bebeu 40 ml de leite, quando andava a beber 240. Já tentei uma série de estratégias tais como:
dar-lhe de comer ao meu colo,
dar-lhe uma colher para ele se entreter,
deixá-lo chafurdar a mão na sopa
comer ao mesmo tempo que ele
ter o pai a distraí-lo com brincadeiras
alternar a sopa com a fruta
cantar, dançar, fazer o pino (ok, estou a exagerar mas é o desespero).
Poderia pensar que esta falta de apetite está associada à febre que ele teve, mas há um detalhe que para mim faz toda a diferença, é que no infantário dizem que ele come MUITO BEM. Portanto das duas uma, ou me estão a mentir (eu hoje insisti para que me dissessem a verdade) o que é grave, ou é verdade o que é igualmente grave, porque quer dizer que ele só se recusa a comer aqui em casa. Esta cabeça que pensa demais, começa a achar que tem a ver com facto de ele ter ido para o infantário e esta ser uma forma de nos "castigar" (eu sei que foi uma grande mudança para ele, mas a verdade é que ele lá come!!).
Agora as minhas dúvidas são:
Será que ele está doente? Foi à pediatra na terça feira passada e ele estava bem, apenas passou do percentil 50 para o 25 no peso (daí a minha crescente preocupação). No sábado levei-o às urgências, uma vez que ele tinha febre e também não lhe detectaram nada de especial.
Será o sabor da comida? Já perguntei no infantário e parece que as sopas não diferem muito das que eu faço. Para além de se recusar a comer a fruta, as papas, o leite e os yogourt.
Será que está a recusar a comida porque o colocámos no infantário, sendo uma forma de nos chamar a atenção?
Até que ponto é que ida para o infantário o afecta (psicologicamente falando)? Será que se sente abandonado, mais carente? Esta noite que passou acordou às 3h00 e esteve a chorar até quase às 5h00, coisa que não acontecia há muito tempo.
Se alguém me puder ajudar eu agradeço, pois eu já não sei o que fazer. Vou telefonar à pediatra, mas palpita-me que vou ficar na mesma.
Estou tão cansadinha...

"Balanço"

Hoje apetece-me fazer uma espécie de balanço destes últimos 10 meses, em que minha vida se modificou completamente. As modificações começaram quando soube que estava grávida, embora de uma forma muito ténue. Nunca foi o sonho da minha vida ser mãe, não o escondo, nunca tive particular fascínio por bebés, nunca fui daquelas pessoas que se viram para ver um bebé assim que avistam um carrinho. Na minha vida nunca "houve" muitos bebés, tenho uma irmã mais velha que, por opção e por circunstâncias da vida, não foi mãe (e julgo que ficará para tia). Por tudo isto o nascimento do meu filho foi como um terramoto na minha vida. A gravidez foi passada a trabalhar e de certa forma andei um pouco alheada do meu estado (sinto-me triste por isso agora, confesso). Sabia que tudo se modificaria, mas não tinha a noção da dimensão das alterações. Fui mãe por opção, não por acidente, mas nunca ponderei a fundo as consequências.

Os primeiros meses após o nascimento do João foram tremendamente difíceis para mim, acho até, que no primeiro mês não houve um só dia em que não chorasse. Sentia-me, e por vezes ainda me sinto, incapaz de cuidar convenientemente do meu filho, de garantir o seu bem estar e dar-lhe todo o amor que tenho. Por estar distante da família, não tive qualquer apoio, era só eu e o meu marido, e custa muito, custa mesmo muito.

Não me envergonho de dizer que não foi fácil para mim aceitar um novo membro na família (se bem que família tenho agora, porque antes éramos um casal), afinal são 17 anos de vida a dois. Lembro-me de um dia acordar de manhã com o meu filho a chorar e pensar "meu Deus, tenho um bebé em casa e agora?!"

Com o tempo fui-me adaptando, aceitando o meu novo papel de mãe e hoje sei que se o tempo voltasse atrás, eu engravidaria novamente.

Por vezes sinto saudades da minha vida antes de ser mãe, sinto a falta dos momentos só para mim, sinto falta de ler, de ver filmes, de ir a exposições. Estou de certa forma embrutecida sem esses prazeres que me acompanharam toda a vida. Sinto falta de andar na rua de mão dadas com o meu marido. Sinto falta de não fazer nada!!

Não sei se estou a ser boa mãe, acho que poderia e deveria ter sido melhor.
Tenho muito receio que ao tentar ser perfeita, tenha falhado muito.
Às vezes, e nos momentos em que ele procura mais o pai (não queria voltar a este tema, mas…) recrimino-me por não o ter aceite de imediato, recrimino-me pela minha falta de paciência, recrimino-me pelos meus medos e pelas minhas inseguranças.
Não tenho dúvidas nenhumas do amor infinito que sinto pelo meu filho, e quero muito continuar à descoberta deste meu novo e mais importante papel da minha vida.
Sei que não sou uma mãe perfeita, mas como diz uma amiga minha, uma boa mãe é uma mãe suficientemente boa. E eu só espero estar a ser suficientemente boa.

Adenda: quando pensei neste post, o discurso estava minimamente coerente, nada desta confusão que saiu quando comecei a escrever.

domingo, 21 de outubro de 2007

10 meses

Fico espantada com o passar do tempo, há 10 meses que o meu filho nasceu e aproxima-se rapidamente do seu primeiro ano de vida (daí estar quase a chegar à lua na barrinha). Gostava de aqui escrever um post "cor de rosa", mas hoje não me sinto capaz, estou exausta. Pela primeira vez, levei o meu filho às urgências, picos de febre desde quinta feira estavam-me a preocupar. Não tem nada de preocupante, apenas uma constipação, pelo que continua com o ben-u-ron, caso tenha febre. Hoje já me pareceu melhor, embora muito rabugento e com falta de apetite. Começo a desconfiar dos dentes, pois grossas gotas de baba escorriam-lhe pelo queixo. A pediatra acha que não, que os problemas dos dentes são fruto da nossa cabeça, fiquei surpresa, pois sempre ouvi dizer que os o rompimento dos dentes causam mal estar nos bebés!!

A alimentação tem sido extenuante para mim, assim que o sento na cadeira, desata a chorar, começa a afastar a colher com a mão e recusa-se a comer. Dou-lhe um objecto para ele brincar e para o distrair, ele atira-o para o chão, se eu o apanho abre a boca, assim que lho dou atira-o novamente para o chão, cerra a boca e não volta a abrir até eu o apanhar e voltar a dá-lo! Acham normal? Fico desesperada, mas entro no jogo, pois preocupa-me que ele não coma.

De resto está cada dia mais lindo, já dá muitos passos sozinho e sem apoio, palra imenso e não pára um segundo. Sinto um orgulho enorme do meu filho.

sábado, 20 de outubro de 2007

O meu filho

Está quase a chegar à lua. Amo-te meu lindo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Doenças

Eu estou com bronquite (mas a recuperar) e o meu filho hoje está com febre. Parece que as doenças vieram para ficar! Ando sem tempo e sem inspiração para postar.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Agora algo realmente importante

Tenho andado por aqui a lamentar-me e quase que me esqueço que criei este blog, também para falar do meu filho.
Está cada dia mais bonito, já tem quatro dentes que moldam o seu belo sorriso. Neste Domingo foi à sua primeira aula de natação (com a mamã e o papá) e se de início estranhou, passado uns segundos já estava a adorar. É o mais pequenino que lá anda, mas divertiu-se como gente grande.
Adora brincar com bolas, grandes ou pequenas, são actualmente o seu brinquedo favorito.
Já percebe o não, sempre que se desloca para junto da televisão, agarra fios eléctricos, abre portas de armários ou faz outro tipo de disparates, ouve um redondo NÃO, de seguida olha para nós e esboça um sorriso maroto, como que a dizer "estava a ver se vocês estavam distraídos".
Adora "provar" tudo que os papás comem, principalmente pão, é uma delícia vê-lo mastigar.
Hoje, quando o fui buscar ao infantário, as educadoras e auxiliares estavam muito espantadas pois hoje o meu lindinho percorreu, sozinho, toda a sala de uma ponta a outra, sem cair. Não fiquei muita surpresa, sabia que era uma questão de dias, mas saí de lá inchada de orgulho. É tão engraçado ver o meu pimpolho, ainda pequenino, a caminhar pelo seu próprio pé!!
Infelizmente, ainda fica a chorar quando o deixo no infantário, o que me corta o coração, mas em compensação, é tão bom quando o vou buscar ao final do dia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Não Sei

Não sei o que dizer, não sei o que fazer, não sei o que escrever, não sei nada. Cada dia que passa é pior que o anterior. Amo-te tanto meu filho, mas parece que não chego a ti. Sinto-me uma fraude, uma verdadeira fraude.

sábado, 13 de outubro de 2007

Vazio

A blogosfera está mais pobre e eu estou muito triste. Volta querida Luz, fazes muita falta.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Greve de fome

O meu filho entrou em greve de fome, não vejo outra explicação. Lá não comer bem a sopa, a fruta e as papas, eu já estou (mais ou menos) habituada, agora recusar o leite da manhã e da noite é que já me parece preocupante. A alimentação está a tornar-se num problema, ou será que sou eu que estou a criá-lo?
Cada dia é mais difícil deixar o pequenote no infantário, hoje assim que cruzei a porta, desatou a chorar, depois agarrou-se ao meu pescoço e não me queria largar. Fiquei com o coração aos pedacinhos. Quando o fui buscar perguntei à educadora se ele tinha passado bem o dia, ao que ela me respondeu que de certeza que ele tinha passado melhor do que a mãe. Pois...
Continuo com esta gripe maldita (também concordo que não é constipação), que não me quer largar, agora estou na fase da tosse. O que é que virá a seguir??

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Neste momento é esta a minha figura

Nariz vermelho e dorido, boca aberta para poder respirar e costas curvadas com o frio da febre. Esta constipação, veio para ficar. Eu tenho uma explicação, para além do vírus é claro, esta tristeza estúpida que me tem assolado e o facto de estar em dieta. O belo do vírus, adorou estas condições!! Vou até à cozinha comer qualquer coisita, para ver se isto passa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

E para terminar

Estou a pensar mudar o nome do meu blog para "Mãe Angústiada" Lol , pelo menos é original!

Para não pensarem

Que sou um monstro egoísta, devo aqui dizer que estou seriamente preocupada com o meu filho. Lido mal com a questão da comida, fico muito alerta quando ele não come como aconteceu hoje, em que não tocou nas sopas nem nas papas, e mamou muito pouco leite. Acredito que a febre o tenha deixado um pouco abalado e sem apetite, mas mesmo assim preocupo-me. Para além disso, amanhã, em principio, irá para escola, e depois de um interregno de quatro dias, estou à espera do pior. Estou também apreensiva porque a ida vai coincidir com a partida do pai, para mais uma semana de trabalho, será que ele relaciona?

Nuvens negra (passageiras)

O dia foi mau, mesmo muito mau. O meu filho, acordou sem febre, mas muito rabugento, para além de praticamente não ter comido. Acabou por não ir para o infantário, achei melhor não arriscar. Está um mimo o miúdo, durante todo o dia, sempre que via o pai desatava a chorar e só queria estar com ele. Não o larga, não quer estar comigo, só quer o pai. Ao meio da noite fomos dar-lhe o ben-u-ron, peguei nele, assim que o meu marido entrou no quarto, desatou a chorar e a fazer força para ir para o colo dele. Estou exausta física e psicologicamente, já não sei o que pensar disto tudo. Sei que estou a ser repetitiva e cansativa, mas é mais forte que eu e dói-me, dói-me muito.
Adenda: Isto é só mais um desabafo, amanhã já estou bem. Pensei em não permitir comentários neste post, pois acredito que já não há nada a dizer a não ser que devo pedir ajuda. Informo que há sete anos que tenho ajuda profissional, se calhar está é na altura de largar. Pensei também, porque tenho receio do que me possam dizer. Estou demasiado fragilizada, e com pouco "poder de encaixe". Sorry

domingo, 7 de outubro de 2007

Doentinhos

O meu filho também está doente, hoje teve febre, muita febre. Esteve irreconhecível o dia todo, muito quieto e queixoso, fez-me confusão, pois estou habituada a um bebé que não pára um segundo. Aliás dava para perceber os momentos em que a febre baixava ligeiramente, pois o petiz queria logo ir para o chão dar uma caminhada!!
Eu também piorei, nesta altura estou com febre e a tremer de frio, sinto-me mesmo mal. Que raio de constipações!

sábado, 6 de outubro de 2007

Angústias

A minha mãe está doente, desde quarta feira quem tem andado com vómitos e diarreia. Sei isto tudo por telefone, pois como já aqui referi várias vezes, encontra-se longe. Nestas alturas, sinto uma angustia enorme por não estar com ela, por não a poder ajudar. Hoje foi ao médico (ainda fiquei mais preocupada, pois para a minha mãe ter a iniciativa de ir a um médico é porque se sente mesmo muito mal), foi sozinha, a minha irmã também está longe e o meu pai... prefiro não dizer nada!
Ultimamente tenho esta preocupação, como é que vai ser quando ambos ficarem mais velhotes, como é que vai ser se algum deles adoecer com mais gravidade? A minha irmã é professora e está afecta a uma zona que fica longe da terra dos meus pais, eu tenho a minha vida profissional toda organizada aqui em Lisboa. A vida é realmente complicada, quando somos jovens tomamos decisões, mas por vezes esquecemo-nos destes pormenores tão importantes.
´
Já agora, ela desconfia que o que está a sentir é reacção à vacina da gripe, que tomou na terça feira. Eu nunca ouvi falar neste tipo de reacções, e vocês já ouviram?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Constatações

Nestes dias pude constatar, para além da dificuldade que é deixar os filhos à guarda de outras pessoas, mais dificuldades inerentes a ser mãe sem familiares por perto e sem marido. Dificuldades essas acrescidas, quando se está doente.

Em primeiro lugar, e agora que ele vai para o infantário, como é que o preparo de manhã e ao mesmo tempo me preparo a mim.
(Até agora aproveitava as sonecas dele para tomar a minha banhoca.)

Pensei em acordar antes dele, tomar banho e vestir-me num ápice. Nestes dias não consegui, ele acordou sempre antes de mim. Assim, tive que optar por o deixar a protestar na cama enquanto que, o mais rapidamente possível, tratava da minha (mais ou menos) boa apresentação.
(Antes de ter o meu querido filho, demorava eternidades a decidir o que vestir, tomava o meu banhinho, colocava um creme no corpo, hidratante no rosto, uma maquilhagem suave e ficava pronta (ok, eu sei que sou vaidosa!))

De seguida preparo-lhe o leite, sempre com ele ao colo.Depois do seu leitinho coloco-o no chão junto aos brinquedos, e em frente à televisão com o Baby Tv, of course! Vou finalmente prepara o meu pequeno almoço. Quando me sento para comer, eis que o meu lindinho desata a gatinhar para junto de mim. Pego nele, sento-o nas minha pernas e finjo que lhe dou dos meus flocos e fico ali a apreciar a felicidade do meu filho por estar ali comigo a "comer".
(Sempre gostei do pequeno almoço, acordo sempre com uma fome devoradora. Antes do meu amor mais pequenino nascer, esta refeição era bem demorada, leite com café, uma torrada com manteiga, outra com queijo fresco e outra com compota. Agora fico-me pelo leite com flocos e uma peça de fruta.)

À noite surgem mais dificuldades, principalmente na hora do banho. Encher a banheira de água, e preparar a roupa, sempre com ele ao colo. No banho, o jovem gosta de se por em pé, não preciso aqui descrever a dificuldade que tenho a dar-lhe banho nesta posição. Por fim, mais colo enquanto lhe preparo o biberon.

Agora imaginem ter que fazer isto tudo doente, com dores no corpo e muito febril. Na quarta acordei tão mal, que tudo me custava, com o meu filho a querer atenção e eu sem forças.
(Há um ano atrás, estar doente significava estar deitadinha no sofá a ver tudo quanto é porcaria na televisão. )

Minha querida mamã, não te queres mudar para cá, era tão bom!!

Adenda: o meu marido não saíu de casa, trabalha fora, logo ausenta-se sempre dois a três dias por semana.

Doentinha

Desde terça que estou doente, com uma daquelas constipações estúpidas, com muita febre e em que dói cada músculo do corpo. Não tenho tido grande força para aqui andar, embora hoje já me sinta melhor. Hoje o meu lindinho já passou o dia todo no infantário (bem, todo todo não, que a mamã dele às 16h foi busca-lo).

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Segundo Dia

Inevitavelmente o tema é o mesmo de ontem, por mais que queira não valorizar, isto é o que mais me preocupa actualmente. Quando o deixei a reacção foi a mesma de ontem, cara muito fechada e séria, um ligeiro esboço de beicinho. Tal como ontem olhou para a sala, para os objectos que lá estão e para os outros meninos. Nota-se que fica curioso, que tem vontade de explorar. E tanto é assim, que quando a educadora lhe estende os braços, ele vai, sem grande hesitação. Depois fica a olhar para mim, por cima do ombro dela, eu digo-lhe adeus e saio. Sabia que era difícil, tenho aqui lido relatos de outras mães que, durante dias, descrevem a dor que sentem quando deixam o seus filhos nas creches. Mas saber é uma coisa, sentir é outra, e sinceramente nunca pensei que fosse TÃO difícil. O que ontem não chorei, fi-lo hoje, ao deixá-lo e quando o fui buscar. Às 11h30 em ponto, lá estava eu, desta vez acompanhada pelo meu marido. Quando o vi, à semelhança de ontem, tinha os olhos vermelhos, estava a choramingar. Foi para o colo do pai, depois veio para o meu e passado um segundo desata novamente a chorar estica os braços para o pai. Não vou esconder que na altura fiquei de rastos, pensei logo que ele me estava a "castigar" por o ter ali deixado. Mas foi um pensamento que de imediato me passou, felizmente. Veio o caminho todo até casa a fungar o meu filho.
Ao chegar a casa peguei nele brinquei, fiz-lhe umas cócegas e ele presenteou-me com umas belas beijocas (de boca aberta, claro e cheias de baba).
O resto do dia foi bem mais calmo que o de ontem, dormiu duas horas, comeu razoavelmente. Amanhã já fica para a sesta, e eu lá estarei às 14h30 para o trazer para casa.

Obrigada a todas pela vossa preocupação mas principalmente pelo vosso apoio que, acreditem, tem sido precioso. Amanhã vou seguir o conselho da querida Luz e vou deixá-lo a cantar e a rir. Vou seguir igualmente o conselho da querida Sofia, dando uma volta com ele pelo recreio antes de entrar na sala.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Primeiro dia ou melhor, primeira meia hora

Não começou bem o dia. Contrariamente ao que tem sido as ultimas noites, o meu filho acordou a chorar por volta das 5 e meia da manhã. Fui ao quarto, tentei acalmá-lo e ele lá voltou, meia hora depois, a adormecer. Eu é que não, rebola para um lado, rebola para o outro e nada. Resultado, devo ter adormecido por volta das 7h30 e só acordei com o meu filho a protestar já eram 9h30. Salto da cama, o pai dá-lhe o leitinho enquanto eu toda esbaforida me preparo para o levar à escolinha. Chego já passam uns minutos das 10 horas, sinto-me péssima, uma enxaqueca daquelas que até custa abrir os olhos, vou ter com a educadora e combinamos eu ir buscá-lo passados 40 minutos. Não sei descrever o que senti quando lhe entreguei o meu lindinho, saí de lá quase a correr, entrei no carro e lá fiquei, quieta, à espera que o tempo passasse. Faltavam 15 minutos para a hora combinada, decidi sair e tomar um café. Quando o fui buscar os olhitos denunciavam choro, confirmado pela educadora. Diz-me que chorou um pouco, a mim pareceu-me que foi mais que um pouco. Veio logo para o meu colo, abracei-o com toda a força, e que bem me soube aquele momento... O resto do dia foi estranho, esteve muito choroso e quase não comeu. Não creio que esteja associado com a ida ao infantário, acredito mais no dentido que parece estar a aparecer.

Amanhã já vai ficar para o almoço, logo fica até às 11h30. O que posso dizer é que hoje, ainda estou mais angustiada que ontem, logo prevejo que amanhã ainda me vai custar mais que hoje.