sexta-feira, 30 de maio de 2014

Caso de estudo

Ultimamente o meu filho pergunta-me porque não lhe dou um mano, ou uma mana, que ele já me esclareceu que ficaria feliz em ambas as situações. Fico sem resposta, falo-lhe na minha coluna, na minha idade mas sempre muito esquiva. Ele fica triste, zangado e continua a insistir. Eu fico obviamente triste. Penso muitas vezes no quão só ele ficará quando eu e o pai desaparecermos. A minha irmã não tem filhos, nem os terá, e os sobrinhos do meu marido estão, de certo modo afastados(pela distancia e pela diferença de idades). Gostava de ter mais filhos, disso não tenho dúvidas, mas como em tudo na minha vida, deixei passar a oportunidade, fugi de mim mesma, fugi daquilo que sou e do que sinto, e de repente, e volto a repetir, como em tudo na minha vida, já é tarde demais. Tem sido assim a minha existência, uma negação constante ao que eu sou, e ao que eu quero e um permanente "agora já não é possível". Eu acho que dava um excelente caso de estudo no tema "do que não deve fazer se quiser ser feliz".

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Do meu filho

Há uns dias, durante o percurso da escola até casa, o meu filho teve uma conversa comigo que me deixou pasmada (que é para não dizer inchada de orgulho). Dizia-me ele que alguns amigos mentiam muito e, segundo ele, o faziam para se "fazerem de maiores". Pedi-lhe para especificar melhor e ele lá me explicou que sempre que ele dizia que tinha um determinado invizimal o D. respondia-lhe sempre que também tinha essa carta e que até possuía a evolução completa (linguagem de colecionadores de cartas invizimal). Contou-me que nesse dia o tinha apanhado na mentira e que tinha sido muito fácil.  "Inventei um nome invizimal, e ele disse logo que tinha a evolução completa."
Aparentemente nada disto tem importância, mas para mim teve muito significado, naquele momento apercebi-me que o meu filho, este ser ainda tão pequenino, já vai compreendendo o que motiva os outros nos seus comportamentos e acho que essa perceção é muito importante para ele, agora e no futuro.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Escrita

Gostava de usar este espaço para tirar cá para fora todos os fantasmas que me assolam. Gostava que ele servisse de escape, que eu chegasse aqui, e com meia dúzia de fases deitasse cá para fora aquilo que não consigo, ou não quero, ou não posso, ou não devo, verbalizar. Mas não me é fácil. A minha escrita é crua, demasiado direta, como aquela que utilizo nos relatórios que elaboro no exercício da minha profissão e não sei escrever de outro modo. Escrever assim sobre sentimentos é perigoso e expor-me-ia mais do que quero e devo, pelo que me remeto ao silêncio, remoendo tudo o que tenho cá dentro.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias II

Onze anos depois, encerrei a minha atividade. Agora tenho que pensar no que vou fazer a seguir.

Esquecimentos

Hoje espera-me um final de dia jeitoso. Ontem os TPC eram do Caderno de Atividades de Língua Portuguesa mas assim que abro a mochila descubro que o mesmo ficou na escola. Um drama, minhas amigas, um drama. Virou a mochila de pernas para o ar, não estaria eu a ver mal, "panicou" e só sossegou quando me viu escrever um recado à professora. Por isso, logo, não serão só os trabalhos de hoje mas também os de ontem.  Paciência, muita paciência.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias I

Estou sem receber há meses mas, porque sou parva e porque fiquei na expetativa de que me pagassem, mantive a atividade aberta. Mantendo a atividade aberta tenho que pagar segurança social todos os meses, coisa que não faço desde Novembro, lá está, porque não tenho dinheiro para o fazer. Pelo que estou sem trabalho, sem dinheiro e com (mais) uma dívida à SS que não estou a ver bem com me vou livrar dela. Portanto acho que o passo seguinte é mesmo fechar a atividade. Alguém por acaso sabe que consequências advêm de este ato, isto é, fico isenta de pagar as próximas prestações da SS ou não é bem assim?  E se me surgir outro trabalho posso reabrir a atividade sem problemas, ou é um cabo de trabalhos? Tenho que esclarecer isto o mais rápido possível.

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias

Nesta altura posso considerar que me encontro sem trabalho. Considero isso porque nada tenho para fazer. Encontro-me sem trabalho mas ainda não fui dispensada oficialmente. Mas atendendo que tenho uma avença (nada escrito, é um fato) mensal e que não recebo um cêntimo desde Novembro do ano passado (minto, recebi em fevereiro para pagar o IVA de um recibo que passei do qual não vi um tusto), acho que realmente estou desempregada. Ainda trabalhei até Abril passado, conclui um trabalho de alguma dimensão mas, findo o mês achei que continuar a fazer fosse o que fosse sem estar a receber, nem ter perspetivas disso, não era lá muito inteligente. A modos que, considero que estou sem trabalho.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mais valia estar calada

Hoje deixei dois comentários, um na Tella e o outro na Raquel, a dizer que a loucura das pulseiras de plástico ainda não tinha chegado cá a casa. Pois não tinha, não tinha até hoje. Assim que chegou da escola, informou-me que também gostava de ter uma pulseira "daquelas que todos os meninos têm".

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O jardim que não o é

A minha maison tem um pequeno quintal. Não, quintal não, que é à pobre, tem um pequeno jardim, assim está melhor. Há quase oito anos que o dito está ao abandono. Começámos por ter um relvado mas, por falta de manutenção, rapidamente deixou de o ser. Por isso, há sensivelmente 7 anos que temos um bocado de terra cheia de ervas daninhas, pois todas as ideias que temos para o espaço custam dinheiro e, como já se percebeu, dinheiro é coisa que não abunda por estes lados. De maneira que, temos um garden sim senhora, mas não usufruímos dele. Mas todos os anos, por esta altura, lá vou eu feita dona de casa perfeita arrancar as ervas daninhas e outras porcarias que, por culpa das chuvas, vão aparecendo. Hoje foi o dia. Resultado, dores violentas nas costas, calos nas mãos e este triste espetáculo:

O vasinho já teve umas flores lindas vindas do jardim da minha mãe (esse sim, um belíssimo jardim) mas houve alguém que não fez os furos por baixo e as flores, obviamente morreram afogadas.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A minha vida social é mesmo miserável

A minha mana não tem conta no facebook, porque não acha piada, porque é puro exibicionismo e porque não tem paciência para estas coisas. Recentemente fiquei amiga de duas amigas dela. Eis que descubro que a minha mana não tem facebook, mas tem mais fotos dela publicadas do que eu.

Eu aturo cada uma....

Entre outras coisas, tive que prescindir da mulher a dias. Agora a limpeza é feita por mim, que tenho bom corpinho (tirando a coluna, mas enfim...) e, a bem dizer, a coisa nem tem corrido mal (é um chavão, mas ninguém limpa a nossa casa, melhor do que nós, eu confirmo). A senhora que vinha cá, faz limpezas noutras casas aqui à volta, nomeadamente na casa em frente à minha. Hoje, depois de eu ter estado a limpar a porta de entrada recebo o seguinte sms: "fiquei muito triste por vê-la a limpar a porta". Ainda não respondi, faltam-me as palavras (educadas, por sinal).

segunda-feira, 5 de maio de 2014

E no dia da mãe

Recebi um diploma:



A reter:
Sou magra (rico filho da mamã)
Sou chata (rico filho da mamã ainda não viste nada)
Sou rápida e irrequieta (mamã versão Speedy Gongalez)
Sim, a letra continua...como dizer... irregular.

Vidinha de remediada

A situação financeira desta família está tão má, que este ano, contrariamente aos outros em que deixo para o último dia, decidi entregar a declaração do IRS logo no início do prazo a ver se o reembolso chega depressinha. Ontem juntei a papelada, fiz as contas e hoje preenchi a declaração. Estou há duas horas a tentar submeter a dita mas o site da AT não está a funcionar. Incompetentes!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Está um crescido

Aqui onde moro existem dois parques infantis e áreas de lazer para a criançada. Apesar de isto ser "fechado" sempre me insurgi com os pais que deixavam as suas crias irem sozinhas brincar para os parques, pois a verdade é que não conhecemos a maioria das pessoas que aqui habitam. Mas ontem, depois de muitos pedidos (muitos mesmo), lá deixei o meu filho ir com o vizinho para o parque. Fiquei à espreita pela janela da cozinha, sempre no controlo, mas para ele foi uma felicidade.