segunda-feira, 30 de abril de 2012

A força das palavras

Depois de ler a crónica do Miguel Esteves Cardoso do Público de ontem, para além da tristeza que esta doença sempre me causa, ressalta-me o poder das palavras, o poder da escrita, tão fortemente retratado na referida crónica. É mais completo e livre aquele que, pela escrita, consegue transmitir e materializar o que lhe vai na alma.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Estou

bem longe da plena forma. Hoje tive que fazer uns trabalhos que implicam algumas horas em pé e foi muito complicado. A determinada altura tive que pedir para me sentar porque já não conseguia dar nem mais um passo. A natação tem feito maravilhas por mim, mas a verdade é que ainda não estou a 100%.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A saga continua

"Oh mãe mas ele chora por coisas insignificantes, ridículas". by educadora do meu filho.

Matrícula

Já tenho os impressos para matricular o futuro estudante cá de casa. E só posso dizer que ainda bem que o prazo se prolonga até Junho. A quantidade de papeis para preencher e outros tantos a requerer é coisa para me demorar uns bons dois meses. Ai, como eu gosto destas burocracias.

Post sem grande interesse (para desanuviar)

Nunca fui de sofrer muito dos famosos TPM. Lembro-me que quando era mais nova ter amigas que chegavam a faltar às aulas devido às cólicas que o período lhes causava. A mim, tirando as borbulhas que nessa altura apareciam que nem cogumelos, não sentia nada de especial. Quando comecei a tomar a pílula, vieram as enxaquecas e inevitavelmente, no início ou no fim da menstruação tenho dores de cabeça que são de fugir. Os nove meses de gravidez foram a excepção à regra, nem uma enxaqueca digna desse nome. Agora em termos emocionais as coisas já mudam de figura e com o passar da idade tem vindo a piorar. Dois ou três dias antes do dito aparecer, começo a sentir uma tristeza, uma angustia tão grandes que roça quase o desespero. Tudo se apresenta em tons de escuro e nada, mas mesmo nada, me tira daquele estado. Depois o período "chega" e passa tudo, fico óptima, ou como costumo dizer, normal. A coisa é tão bipolar que até assusta.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Desabafo (estou mesmo a precisar)

Por vezes sinto-me tão perdida nesta tarefa de educar um filho. Dizem-me que devo seguir o meu instinto, mas nesta altura ele não me diz nada.
O meu filho, sempre que vislumbra a possibilidade de ter um castigo, chora, sempre que erra uma pergunta que lhe fazemos ( em casa ou na escola) chora, se brincamos com ele e lhe dizemos que hoje vai dormir a sesta (ele deixou de dormir a sesta há pouco tempo na escola e anda todo feliz)), chora, se perde um jogo chora, se um amigo não quer brincar com ele chora, se um amigo o chateia, ou o chama algum nome que ele não gosta, chora. Ou seja, a primeira reação dele às contrariedades é chorar. Se eu lesse isto num qualquer local, pensaria "ok é uma criança, porque não haveria de chorar? " Mas a situação começa a preocupar-me porque isto não é bom para ele, e porque tenho receio que lhe traga alguns problemas quando, daqui a poucos meses entrar na escola (se entrar). As crianças são cruéis e se no infantário já o chamam choramingas e bebé (contado por ele), como será quando for para a escola. E eu, que na idade dele era assim, sei bem do que falo.
Como é que se contraria isto? Já tentámos tudo, já conversámos com ele, já lhe explicámos que não precisa de chorar, mas a situação tem vindo a piorar. Ultimamente, na escola todos os dias há um episódio de choraminguisse do João e eu ando tão cansada desta conversa e sinto-me tão impotente, que me tenho virado contra elas (educadora e auxiliares). Juro que já não as posso ouvir, é mais forte do que eu. Depois é o meu marido, com as suas metodologias de o confrontar, chamando-o choramingas e dizendo-lhe que quem chora é fraquitelas... Há ainda a questão da auto estima, o meu menino, por mais reforço positivo que lhe demos, acha sempre que não consegue fazer as coisas e quando acha que não consegue, desiste.
No meio desta merda toda eu sinto-me apenas uma mãe, que ama o seu filho mais do que tudo na vida, que quer o melhor para ele, mas que nesta altura só tem vontade de pegar nele e fugir para bem longe de tudo e de todos que o possam magoar.

Dentista

Na terça fui com o meu filho ao dentista. Ao todos são nada mais nada menos que quatro cáries. Portou-se como um homem (ai como eu gosto desta frase) e agora está proibido de comer doces. Enfim, como dizia o outro, não havia necessidade.

Da vida

Ando tão desanimada com a minha vida. Há momentos em que parece que tudo corre mal e, por mais que tente não consigo vislumbrar melhorias. É o meu curso que parece não ter fim, é o doutoramento do meu marido que não avança, é o dinheiro que escasseia e as despesas que se mantêm, é o trabalho que é pouco (este país parece parado) é a minha coluna que, por mais que não queira, me limita nas minhas actividades... enfim, não são situações graves, eu sei, mas todas juntas chateiam e muito.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ajuda

Quanto mais pesquiso mais confusa fico. E como nestas coisas nada melhor que a opinião alheia, porventura alguém me aconselha um bom seguro de estomatologia?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

E pronto, continuo a postar como se não houvesse amanhã

Serei só eu a achar este anúncio da super bock uma grandissíssima merda? A ideia é tão pobre e tão básica que até me faz confusão. É mau demais.

Ainda da consulta

Eu gosto muito da pediatra do meu filho. Não só das suas qualidades como médica, mas também pela sua simpatia e apurado sentido de humor. Ontem, no início da consulta começou por lhe perguntar se ele tinha alguma dor, se sentia bem e se tinha problemas na vida. Após a pronta resposta dele, que não, que não tinha nada, ela virou-se para mim e disse-me "é por isto que fui para pediatra". O que eu me ri, sim, porque se me tivesse perguntado o mesmo a mim, oh oh, ainda lá estávamos agora.

Um telefonema muuuuito longo

Hoje recebi um telefonema de uma colega de trabalho. Não sei o que se passava com ela, mas pura e simplesmente não se calava. Após UMA HORA E MEIA a ouvi-lá, várias tentativas infrutíferas para acabar com a chamada e de uma terrível dor de cabeça, tive uma ideia de génio: mandei um email ao meu marido e implorei que me ligasse para o telefone fixo. E pronto, o telefone tocou, ela ouviu e a chamada acabou.  Não foi bonito, eu sei, mas o desespero falou mais alto.

Da consulta

O menino está bem e recomenda-se. Próximas tarefas: fazer ecocardiograma, ir a um oftalmologista e a um dentista (sim, parece que já tem cáries).
Notícias menos boa:
- segundo a médica é melhor começar a poupar para o aparelho, porque é quase certo que os dentes definitivos não terão espaço na sua mini boca.
- Ou continuamos a puxar a pele da pilinha ou a coisa vai correr mal.

terça-feira, 10 de abril de 2012

E porque desconfio que o tempo vai escassear, hoje posto como se não houvesse amanhã

Por essa blogosfera fora, facebooks e afins, pululam diversas considerações sobre esta crise. Frases como "a crise é uma oportunidade para as pessoas repensarem as suas prioridades e darem mais valor ao ser que ao ter", são uma constante. Eu acho isto tudo uma grande treta e só assim fala quem a crise pouco abala. Olhando para o meu caso, sinceramente não percebo em que medida esta crise me beneficia como pessoa. Em que medida me torno melhor pessoa se:
Tiver de abdicar da cabo e da net cá em casa.
Tirar o meu filho do infantário
Vender um dos carros
Cancelar (a poucos meses de concluir) a minha matrícula no curso que estou a tirar.
È que no meu caso em particular são estas hipóteses que tenho na mesa. E francamente, não vejo benefícios nenhuns nisso e não penso que me torne numa pessoa melhor, muito pelo contrário.
Descobri que posso viver muito bem se passar uma estação sem comprar roupa, ou sapatos (ok, confesso, o calçado custa-me um bocadito), sobrevivo lindamente sem cosméticos (caros, afinal já tenho 41 e se não cuidar de mim, ninguém cuidará) ou maquilhagem.
Em resumo, as pessoas andam a ficar tão entusiasmadas com esta treta das poupanças que nem se apercebem que o que nos está a acontecer é de uma injustiça tremenda e que não, não nos melhora como pessoas.  Mas enfim, esta é só a minha opinião.

Dele

O namorado da minha irmã sempre que está com o meu filho, faz-lhe uns truques de magia. O puto adora e sempre que o vê, lá lhe pede "mais um truque". Pois bem, depois de lhe ter feito aparecer uma moeda por trás da orelha, o meu rico filho diz: "Agora podes fazer aparecer uma miúda?" Tal e qual assim. Nem sei que diga.

Breves

Cá estou de volta depois de mais um belo fim de semana em família. Foi muito bom! Ontem foi dia de vacinas e amanhã é dia da consulta dos 5 anos. Surpreendentemente, o puto nem um ai proferiu ao ser picado em cada um dos braços, temos um valente (em contrapartida desata num berreiro sempre que ouve a palavra castigo). Esta semana estamos só nós os dois, a ver vamos como corre, pois a desobediência dele tem-me posto os cabelos em pé.

Tal como suspeitava, hoje recebi trabalho de uma empresa e amanhã vou buscar mais, a outra. Tudo ao mesmo tempo que é para não andar aqui a queixar-me. A bem da verdade, este trabalho vem em boa hora, que eu já andava a preparar-me para ir cantar para o metro.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ainda me vou arrepender disto

Ontem fui a uma consulta com o meu filho. No consultório estavam outras mães com as suas crias. Mas houve uma e particular que me chamou a atenção, aliás não foi a mãe mas sim os filhos. Não precisei de muito tempo para me recordar de onde os conhecia e assim que ouvi o nome de um deles confirmei. Era mesmo da blogosfera. O blogue em questão não está actualmente na minha lista de leituras diárias e desconfio (para não dizer que tenho a certeza) que não será visita do meu. O rosto dos miúdos tem uma fisionomia tão particular que facilmente os identifiquei, recordando-me das fotos por vezes publicadas. Confesso que foi estranho, estavam ali pessoas que eu não conhecia mas que conhecia. Pus-me a pensar se já se teria passado o mesmo comigo (apesar das pouquíssimas fotos que publico), se alguém já me teria identificado, mesmo pelas coisas que conto. Até ontem, o grande receio que tinha, desde que iniciei o blogue, era ser reconhecida por pessoas que conheço do meu dia a dia. Não intimas, mas sei lá, colegas de trabalho, a senhora que me vende o pão, ou uma prima com quem não me relaciono. Ontem descobri que também não gostaria de ser identificada por pessoas que não conheço,  que passam por aqui em silêncio (com isto quero dizer que não me importava nada de encontrar a Sofia, ou a Tella, ou a Raquel, ou a Luz ). Posto isto lanço um repto, se houver alguém por aí que me conheça, ou que me tenha visto e reconhecido (acho muito difícil, mas...) deixe um comentário, e não vale dizer "eu conheço-te" e mais nada que eu não caio nessa, tem que dar uma dica que me leve a acreditar que me conhece.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Trabalho

Gosto de trabalhar em casa, sou freelancer por opção. Nestes anos já recebi várias propostas de trabalho que me permitiam integrar nos quadros de uma empresa, mas recusei sempre. São várias as desvantagens,  e é-me fácil enumerar algumas: não tenho subsídios de férias nem de natal, posso estar mais de um mês sem receber, tanto posso ter dois meses de muito trabalho como de repente não ter nada, a minha reforma deverá ser miserável e cerca de 50% do que recebo vai para os impostos. A parte social tem igualmente importância, isto é muito solitário, posso passar dias fechada em casa (já para não falar no desleixo a nível de aspecto) sem falar com ninguém (então se o marido está fora em trabalho ainda é pior). Há ainda a questão da organização do trabalho, estar em casa requer uma disciplina muito grande que eu nem sempre tenho, o que leva a que muitas vezes trabalhe "fora de horas" e fins de semana incluídos. Desde o meu acidente que praticamente não tenho tido trabalho (lá está, mais uma desvantagem, se fico doente, o meu posto não se mantém e rapidamente sou substituída), e não nego que tenho andado apreensiva pois o dinheiro não abunda por estes lados, mas tudo indica que as coisas vão mudar nos próximos tempos. Estou aliviada, é certo, agora era escusado que as duas empresas com as quais eu colaboro, se lembrassem de mim ao mesmo tempo. Parece-me, portanto, que vou passar do 8 para o 80.

Queixinhas

Depois de ler os comentários ao post anterior, senti-me a modos que uma queixinhas. A verdade é que eu própria nem sempre deixo comentários nos blogues que visito. E a verdade é que isso não quer dizer que me tenha desinteressado por eles (ou por quem neles escreve). Mas fiquei contente por saber que ainda por aqui passam, mesmo que em silêncio. É pá se calhar sou mesmo uma queixinhas!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

É só comigo

Ou isto da blogosfera começa a ser um pouco solitário.