sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mais uma dúvida existêncial

Então é assim, posso considerar que o desfralde do miúdo está feito: já só lhe coloco a fralda à noite, os xixis e os cocós são todos feitos no bacio, em suma, um asseio. Nos últimos dias uma dúvida me tem assolado e é aqui que eu preciso que as meninas me ajudem. Amanhã vamos de férias para a praia (ufa,ufa), de certeza que o meu rapaz, se tiver vontade de fazer um xixi ou um cocó, me vai avisar. Sendo assim o que é que eu faço? Não vou dizer ao miúdo "faz na fralda que não faz mal", não vá ele ficar confuso. Fazer na areia não me parece nada bem. Levar um penico, também não. Aceitam-se sugestões, please!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Últimas

A minha querida mãe esteve por cá esta semana a matar as saudades do neto e das filhas. Acabou de sair... é a vida.
O meu filho, depois de uns dias complicados devido à obstipação provocada, julgo eu, pelo antibiótico ( e provavelmente, pelo desfralde) tem estado bem.
Quanto ao desfralde, o balanço é francamente positivo. Não há acidentes de chichi desde o passado Sábado. Pede para ir ao bacio sempre que tem vontade e tem acordado todos as noites para fazer chichi. No Domingo dormiu a sesta sem fralda e, para grande surpresa minha, acordou seco. Aliás, as poucas fraldas que lhe coloco estão sempre secas, quer de dia, quer de noite. Um dia destes arrisco uma noite. O cocó é que tem sido pior, não pede, e tem feito nas cuecas. Vamos com calma.
Eu cá ando atarefada de modo a deixar o mínimo de trabalho por fazer antes das férias. Mas não está fácil, ando cansada. Após a "mijadinha" nocturna do João, tenho dificuldades em adormecer, já não estava habituada a acordar ao meio da noite, TODAS as noites.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mais uma pérola da Lili

Não resisto a colocar esta maravilhosa frase da inenarrável Lili Caneças. Está na Visão desta semana, não sei em que contexto foi dita, nem onde, mas cada vez que a leio, solto uma gargalhada. Prontas? Cá vai:

" Conheci o Paul Mcartney, tinha eu 19 anos - mas era só um dos Beatles e eu aspirava a mais do que isso".

Não é um espectáculo?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Viver no campo

Viver no campo é bom, ouço os passarinhos, o barulho das cigarras, o ar é muito mais puro, tenho visto umas borboletas lindas (como já há muito não via) etc, etc, etc. Mas depois há o outro lado: basta abrir a porta da varanda e a casa fica cheia de moscas. Hoje já matei 4 e ando aqui às voltas de uma que não me larga. Odeio este mosquedo!! As melgas, essas p..., ficam para outro post.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Últimas

O meu mal era sono, muito sono. Depois de uma noite mais ou menos bem dormida (após duas noites de insónia), acordei mais bem disposta.
E assim como quem não quer a coisa, o João está com uma otite. No Domingo à noite parecia estar com febre, media-a e marcou 37,6º que ainda não é propriamente febre. Ontem ligaram-me do infantário a avisar que o ouvido direito estava cheio de pus. Como não teve febre, nem nunca se queixou de dores, fiquei surpreendida.
O desfralde está correr bem na escola e mal em casa.
Tenho andado um pouco alheada desta história da gripe A, mas as ultimas notícias e as novas directrizes da escola para prevenir a sua ocorrência, deixaram-se um pouco apreensiva.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Nota-se

assim muito que eu hoje estou a modos que tristita e a precisar de mimos? Três postas numa manhã, num blogue que está moribundo, é obra.

Amor infinito

Às vezes pergunto-me até onde vai este amor que sinto pelo meu filho. Não é definível nem quantificável, não se compara a mais nada e cresce de forma exponencial. As segundas feiras são cada vez mais dolorosas devido à separação. Há dias, como o de hoje, que gostava de o ter novamente na minha barriga.

Palmada

Ontem, pela primeira vez, dei uma palmada no meu filho. Estávamos no banho, assim que eu fechei a torneira ele, como habitualmente, abriu-a. Adverti-o mais do que uma vez para não o fazer, mas não ligou e, num impulso, dei-lhe uma palmada no rabo. Não foi com força mas ele ficou tremendamente ofendido. Hoje. cada vez que me lembro da carinha dele de espanto pelo que eu tinha feito, tenho vontade de chorar. Não fiquei bem, mesmo nada bem. Não sou fundamentalista contra a palmada, mas até ontem tentei encontrar sempre alternativas à mesma, e acho que me saí bem. A verdade é que, ou é dos meus olhos, ou eu não vejo maldade nas atitudes do meu filho, mesmo naquelas que me deixam os cabelos em pé. Enervo-me quando prolonga a hora de se ir deitar e pede mais uma história, mas sei que o que ele quer é ficar mais tempo connosco. O mesmo se passa em relação à sesta. Enerva-me quando ele se recusa a por fralda, mas sei que para ele é uma brincadeira que tem comigo. Enerva-me que não queira comer a sopa, mas já percebi que é uma forma de se afirmar e com algum jeito acaba por a comer toda e ainda se vangloria com o facto, lol. Enerva-me que faça umas valentes birras aquando do regresso a casa após uma ida ao parque, ou uma visita à casa do seu amigo vizinho, mas percebo que ele estava divertido e gostava de continuar.
Ontem, o que ele queria era continuar a encher os cubos de água e despejá-los, eu, o que queria era despachar o banho rapidamente. É por isso que fiquei triste e é por isso que tenho vontade de chorar, sempre que me lembro da sua carinha de espanto pelo o que eu tinha feito.

Outras vidas

Decorrente da minha vida profissional, acabo por conviver com algumas realidades de trabalho, quase sempre na perspectiva de quem trabalha. Na semana que passou, e num só dia, presenciei dois acontecimentos que me marcaram, um pela negativa e outro pela positiva. Foram situações que me deixaram a pensar. O primeiro caso é o de uma empresa situada próxima de Lisboa, que por questões estratégicas se fundiu com outra que se localiza a cerca de 70 km do antigo local. Quem lá trabalha irá, a partir do próximo mês, ver a sua vida (profissional e pessoal) dar uma volta de 180º, a custo da manutenção do seu posto de trabalho e da sua sobrevivência. São trabalhos pouco qualificados, a maioria dos trabalhadores encontra-se na empresa há mais de 30 anos, e a verdade é que nesta altura dificilmente arranjariam outro emprego. Para quem "manda" é um pequeno sacrifício que se pede aos trabalhadores, irão ter melhores condições de trabalho e a empresa disponibilizará transporte próprio para as deslocações. E para os trabalhadores, quais são as consequências? Estes, terão que passar a acordar às 6 da manhã, alguns até mais cedo, apanharão um transporte até ao local onde o da empresa os irá recolher e farão um percurso de cerca de uma hora. Ao final do dia o cenário repetir-se-á. De que se queixam eles? As cerca de 3 horas a mais em deslocações serão 3 horas a menos com as famílias. Encontrei as pessoas muito desmotivadas, apreensivas, revoltadas, mas ao mesmo tempo encurraladas: tem que sustentar as suas famílias e a alternativa é o desemprego. Encontrei mães sem saber o que fazer com os filhos, pois os infantários abrem por volta das 7 da manhã, e a essa hora já estarão a caminho do trabalho. O Código de Trabalho permite isto, a menos que se consiga provar que a mudança acarreta prejuízos graves. Pois...

A outra situação aconteceu numa outra empresa que eu já conheço há 5 anos. Nessa empresa trabalha uma senhora que, por vários motivos, sempre me chamou a atenção: nunca a vi sorrir em circunstância alguma (mesmo em contexto de formação), arrastava-se pelos espaços, com os ombros e os braços descaídos. A sua pele era baça, o rosto sempre fechado, tinha um cabelo muito fino e demasiado comprido, que na maioria das vezes lhe tapava parte da cara.
Na semana passada, revia-a. Encontrava-se noutro posto de trabalho, o anterior funcionário tinha-se reformado e ela foi destacada para lá. É um trabalho igualmente pouco qualificado mas de grande responsabilidade. Não a reconheci de imediato, estava completamente diferente. A transformação era tanta que tive que confirmar que aquela senhora era tal que eu conhecia. Cortou o cabelo, no rosto agora descoberto, descobri-lhe feições bonitas. Vi-a sorrir. Remodelou o local de trabalho, atribui-lhe uma ordem que até aí não existia e senti-lhe o orgulho quando lhe elogiei o facto. Saí de lá com a alma reconfortada. Moral da história: as pessoas, por vezes, apenas precisam de ser valorizadas para se sentirem melhor.