segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Então e como vai isso por aí?

Dadas as circunstâncias, vai bem. O banho é complicado, pois é preciso proteger o braço. Agora tenho que o vestir e calçar, mas de resto, estamo-nos a aguentar bem.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O que pode acontecer em 4 horas

Domingo, por volta das 16h30 horas, o meu filho cai de um baloiço. Queixa-se do pulso e a coisa parece mesmo feia. Às 17h30 estamos no hospital, é feita uma radiografia ao braço e cerca das 18 horas ficamos a saber que fraturou o rádio. Às 18h30 somos informados que o osso para além de fraturado, está deslocado e que tem que ser operado. Às 20h00 entra para o bloco operatório.
Correu tudo bem, está de braço ao peito e assim estará entre 4 a 6 semanas. Hoje já foi à escola e eu estou aqui com o coração nas mãos, com muito medo do que possa acontecer por lá.
Obviamente, envelheci mais uns anitos estes dias.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ainda a letra - ideias precisam-se

O meu filho tem uma letra muito feia, é um fato. Na reunião que tive com a professora na semana passada o tema veio à baila. Que ele continuava com a letra muito irregular e que ela este ano não podia perder tempo em ajuda-lo pois a matéria é muito extensa. Teria que ser eu em casa a trabalhar com ele. Não tem sido tarefa fácil, comprei-lhe um caderno de duas linhas para treinar a letra, fui à net e saquei uma série de exercícios para que desenvolva a motricidade fina, mas mesmo assim os resultados não são os melhores. Ele continua a não pegar bem no lápis, usa-o completamente da vertical e isso não ajuda nada. Quando tento que incline mais o lápis a letra ainda sai pior. Reparo que quando escreve os números começa de baixo para cima (assim como com algumas letras), chamo-o a atenção para isso, ele corrige, mas já está tão habituado que, sem se aperceber, volta ao mesmo. Nesta altura já não sei o que fazer para o ajudar. Tento não valorizar muito, mas preocupa-me as repercussões desta má letra, pois em alguns casos não consigo mesmo ler o que escreveu e em contexto de exame (ximámen já pareço a professora dele, sempre obcecada com o exame do 4º ano) isso pode dar maus resultados. Alguém tem aí alguma fórmula mágica, ou não mágica, que me possa ajudar?

Bicharada

Isto de viver no campo é muito lindo, mas depois... depois há a bicharada, de todos os tipos e feitios que me entra pela casa e que me deixa em histeria. Fui à varanda estender roupa e só por ter aberto a porta entraram-me três moscas para casa. Três moscas em pleno mês de novembro. Ontem, enquanto fazia umas arrumações vejo em cima de um sofá que tenho num dos quartos, um gafanhoto gigante. Já para não falar nas aranhas, nas "maria cafés" e nas lagartixas que abundam por estes lados.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A saga da primária (continuação)

Numa semana tudo mudou. Na quinta-feira da semana dos acontecimentos que relatei no post anterior a representante dos pais abordou este assunto com a mãe de uma menina da sala, que é também professora no agrupamento. A senhora, solidária com a sua classe, foi de imediato contar à professora e esta, enviou uma mensagem à representante dos pais no sentido de falar com ela. Encontraram-se à hora de almoço e a conversa não foi propriamente simpática. A senhora foi reativa, reafirmou que eles eram os piores, que sim, que lhes tinha dito isso na sala de aula, que não percebia porque é que dizíamos que ela os desmotivava...e que os pais iriam ter uma surpresa com as avaliações pois todos estamos a desvalorizar o 3º ano. Basicamente, defendeu-se atacando. Nesse mesmo dia encontrei a tal mãe que é professora, abordou-me e questionou-me se eu já tinha falado diretamente com a professora. Respondi-lhe que não e que estava convicta que aquele assunto teria que ser levantado forçosamente numa reunião de pais. A senhora não gostou nada e mais uma vez deve ter contato a professora e, julgo eu, tendo em conta os acontecimentos que lhe sucederam, tê-la-á aconselhado.
Na segunda feira a professora pediu uma reunião com a representante dos pais, onde se encheu de desculpas, assumiu que se excedia e que iria modificar a sua atitude. Nesse mesmo dia contatou-me telefonicamente para agendarmos uma reunião no sentido de "esclarecer uns assuntos, que eu gosto de tudo muito bem esclarecido". Na quinta feira lá fui. Pediu muitas desculpas, que tinha feito um exame de consciência e que realmente por vezes se excedia. Que não se tinha apercebido que o que dizia incomodava "uns 4 ou 5 meninos". Que sempre usou a técnica de "espicaçar" os meninos e que costuma resultar, assim como este ano, dando o exemplo, imaginem de quem?, da filha da tal professora do agrupamento (não acredito em coincidências). Expus o meu ponto de vista, discordei com o método do espicaçar e com o fato de "só 4 ou 5" se sentirem afetados. Abordei, muito subtilmente, a questão da humilhação pública que ela tanto gosta de fazer e alertei-a de que não quero surpresas no final do período. Que ela tem a uma caderneta e se achar que o João está a baixar o rendimento, só tem que me informar.
Enfim, os acontecimentos não seguiram o rumo que eu pretendia, isto é, reunião geral de pais, mas a ver vamos como as coisas correm a partir daqui. Tal como referi à professora, vou continuar atenta, pois esse é o meu papel como mãe e encarregada de educação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A saga da primária (post muito longo)


Ando tão chateada com isto que nem sinto vontade de aqui desabafar. Na quarta-feira passada, já pronto para dormir, começou a pedir-me para mudar de escola. Apanhada de surpresa, perguntei-lhe porquê e a resposta foi "odeio a minha professora". Lá me foi dizendo (entre choro e com muita, mas mesmo muito raiva), que ela está sempre zangada, sempre a gritar com eles que, por tudo e por nada, escreve nos livros e nas fichas que fazem, recados, como "falta de atenção", a "letra está muito feia", etc. etc. Disse-me que ela estava sempre a gozar com eles e que isso o chateava bastante. Contou-me ainda que nesse dia tinha dito que eles eram a pior turma do 3º ano da escola e que eram 25 bebés que por ali andavam. Enfim, fiquei para morrer mas, lá tentei menorizar e desvalorizar o melhor que podia. Expliquei-lhe que mudar de escola poderia não ser a melhor opção e que a professora, que ele anteriormente tanto gostava, poderia estar com algum problema e que não andaria bem. Dormi mal nessa noite (como nas seguintes, diga-se...) a pensar nisto tudo e em como resolver. No dia seguinte à hora de almoço, perguntei-lhe se ainda "odiava" a professora, respondeu-me que não, mas que continuava a querer mudar de escola, e acrescentou "vê lá tu mamã que ela hoje disse que até tinha vergonha de ser nossa professora." Francamente isto passou o limite do razoável e comecei a engendrar um plano: não vou falar com ela diretamente pois sei que, como já o fez noutra ocasião, vai negar e afirmar que o que disse foi descontextualizado. No fim de tudo ela acalma um bocadinho, mas passado pouco tempo volta novamente à carga. Contatei a representante dos pais e expus o que se passava, fiz o mesmo com outros pais a fim de saber qual a perceção que tinham do que se passava na sala de aula. Excetuando a representante dos pais, cuja filha já lhe tinha passado algumas informações que iam de encontro às do João, os restantes pais mostraram algum espanto e todos referiam que os filhos não lhe contavam nada disso. De início fiquei surpreendida mas depois pensei que, na verdade eu, sem querer, levei-o questionar algumas das coisas que ele me contava que a professora dizia e fazia. Lembro-me que ele chegava ao carro e dizia mamã, "hoje aconteceu uma coisa tão engraçada na escola" e normalmente a coisa engraçada era a professora ter gozado com algum menino e todos se terem rido muito. Isto aconteceu até ele me ter contado que a história engraçada era a professora ter dito a uma menina (a melhor aluna da sala) que ela não devia ter cortado o cabelo pois desde aí tinha ficado sem inteligência. Nesse dia não me contive e disse ao meu filho que não tinha achado graça nenhuma ao que ele me tinha contado, que o que a professora tinha feito era ter gozado com a miúda. Perguntei-lhe como se sentiria se a situação tivesse passado com ele e sei que nesse dia o deixei a pensar nisso. Acreditem que, após estes últimos acontecimentos, por milésimos de segundos, ainda ma recriminei por naquele dia, não ter ficado calada. Mas na verdade não me arrependo, porque o que me incomodou não foi tanto o conteúdo das  "histórias engraçadas" mas ver o meu filho a achar graça às mesmas, a aceitar aquele comportamento da senhora como aceitável e normal. E julgo que é essa a diferença entre o meu filho e os outros meninos que não contam nada aos pais.
Mais há para contar mas como este post já vai muito longo, refiro apenas que não vou ficar de braços cruzados e que a minha ideia é expor esta situação na reunião de pais. E como esta só se realiza após as férias do Natal, vou tentar pedir uma reunião extraordinária.