segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os filhos e o casamento

Numa das revistas que compro vinha um artigo sobre o fim dos casamentos após o nascimento de um filho. Ultimamente tem vindo a publico alguns casos de "figuras publicas" cujos relacionamentos finalizaram pouco tempo depois do nascimento dos filhos. Tenho duas amigas que foram mães mais ou menos ma mesma altura que eu, e que se encontram numa fase bem complicada nos seus relacionamentos. Confesso que não fico surpreendida, não é fácil a adaptação a um novo ser que passa a ser totalmente dependente de nós. A vida muda radicalmente, as prioridades são outras, perde-se intimidade, o espaço para o diálogo diminui e muitas vezes desaparece. Superar estas dificuldades passa, a meu ver, por um esforço de ambas as partes para que se encontre um equilíbrio, através da ajuda mútua e do envolvimento dos dois na vida do bebé, e claro da existência de amor, muito amor.
Nunca aqui referi, pois há coisas que, por tanto me custarem, prefiro fingir que nunca aconteceram, mas na minha passagem de ano, ao soar das doze badaladas eu e o meu marido acordávamos os termos da nossa separação. Felizmente não avançou e hoje julgo, apesar de por vezes ainda existirem alguns conflitos, que ambos encontrámos um equilíbrio. Queremos muito ser felizes, e ao lado do nosso filho que nos preenche a vida de muito amor. Não sei se chega, mas por enquanto é o suficiente.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Era o que me faltava

Agora o jovem cá de casa deu para embirrar com as indumentarias que a sua mamã lhe veste. Não quer as calças que lhe visto, mas sim as "outas", o casaco tem que ser sempre o mesmo (uma espécie de parka que a minha mana lhe ofereceu), "não que" os sapatos mas os "ten". As minhas manhãs tem sido uma animação, comigo à beira de um ataque de nervos. Mas o pior não é ele implicar com a roupa dele, o pior é que ele tem implicado com a minha!! Hoje vesti um casaco de malha, mas quando me olhei ao espelho achei que o que ficava bem era um casaco de ganga. Assim, fui o buscar o dito e vesti-o, e não é que o jovem desatou numa gritaria porque queria que mantivesse o "outo"? A coisa foi de tal maneira que para eu não me atrasar (ainda mais) troquei novamente de casaco. Já há dois dias decidiu implicar com um lenço que estava a usar. Mas será que vou ter que passar a vestir o que sua excelência acha que devo?

Psst meninas, apesar de não comentar tenho lido tudo. O tempo não tem dado para tudo!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Várias

Na sexta feira lá fui com o meu filho à pediatra, ainda tinha pus no ouvido pelo que fica a antibiótico durante 10 dias. No fim de semana esteve bem melhor, sempre bem disposto apenas com algumas birras porque só quer ir para a rua. Ontem teve uma crise de paizite aguda, era papá para tudo, acho que está muito mimalho este meu filho.

Em relação à escolinha, nem sei bem como explicar o que tenho pensado... O meu filho está nitidamente mais feliz por lá, nota-se em muitos pormenores: sai de lá mais calmo do que quando regressava do anterior, em que o sentia mais tenso. Quando o vou buscar não fica calado e apático, interage comigo, querendo mostrar-me os brinquedos com que brincou, o espaço, os bonecos. Na sexta feira ainda resistiu para vir embora, queria ficar por lá comigo a brincar mais um bocadinho. Hoje, apesar de ser segunda feira não ficou a chorar. Tenho pensado. que ao longo do ano que passou mais do que uma vez me questionei se ele estaria bem no anterior colégio, mas convenci-me sempre que as atitudes dela teriam a ver com o facto de sentir a nossa falta, de preferir ficar connosco. Isto de escolher um colégio não é assim tão linear, e realmente temos que estar atentos aos sinais.

Não sei se repararam mas o meu pimpolho no Sábado completou 21 meses, estamos quase nos dois anos!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Afinal as birras tinham razão de ser

Hoje quando o tirei da cama reparei que tinha muito pus a sair do ouvido direito. Já tinha lido que isso significava que uma otite tinha "rebentado" e julgava eu que a infecção tinha passado. Liguei à pediatra e afinal não é bem assim, receitou-lhe um antibiótico, e sexta feira quer vê-lo. Coitadinho do meu filho, como pode andar ele bem disposto, com 4 dentes a romper, expectoração que nunca mais acaba e agora isto!
A boa nova é que esta semana ainda não ficou um dia a chorar na escolinha.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mais uma vez

Tenho andado ausente daqui. Desta vez o motivo prende-se com o deficiente serviço net que possuo, com constantes quebras de ligação. O meu filhote esteve doentinho no fim de semana, começou na quinta com alguma febre que se foi mantendo até Sábado. Ontem já não teve febre, começou a comer melhor mas continua muito irritadiço, que é como quem diz, birrento. Em relação ao novo colégio, hoje, pela primeira vez, não ficou a chorar quando o deixei, só espero que assim continue. Da minha parte confesso que estou satisfeita com a mudança, nota-se alguma desorganização que, obviamente, tem a ver com a muito recente abertura. Mas acredito que aos poucos e poucos tudo se vai "encarreirar". Na semana passada realizou-se uma reunião gerais de pais, e aqui, não há diferenças entre o outro colégio, mais uma vez denotei que existe uma intolerância enorme em relação às opiniões contrárias e que toda gente quer que a sua opinião prevaleça em relação às outras. Não foi uma reunião agradável, mas enfim...

Agora um desabafo: hoje o final do dia foi péssimo, confesso que fiquei triste. O meu filho fez birras desde que o fui buscar até que o deitei. Começou à saída da escola, não queria aquele carro (o meu marido trouxe o dele e nos últimos dias andei com ele), queria o "outo". Foi uma trabalheira para o conseguir sentar na cadeira!! No percurso até casa começou a gritar porque queria "achinha" (bolachinha). Chegados a casa, assim que lhe pus a sopa à frente, começou a gritar "na quer", tentei por-lhe a bata e mais uma vez gritaria. Desisti da sopa, e dou-lhe o prato principal, "na quer". Começa-me a pedir "aninho" (danoninho), respondo-lhe que só depois de comer o prato, mais gritaria e "que xair" (quer sair da cadeira de refeições"). Já cansada, tiro-o da cadeira, e ele volta a pedir-me "achinha, recuso e o resultado é uma valente birra com direito a queda no chão. Para ir para o banho mais uma birra, quando o tirei do banho, birra e estalada na mamã.
Pelo meio atirou com brinquedos ao chão com força, atirou com os puzzles ao chão e ainda tentou fazer pontaria com as peças a ver se acertava na mamã. Sinceramente acho que esteve assim porque o pai não estava. Desconfio começa a sentir cada vez mais as ausências do pai e se calhar "culpa-me delas". Ou então estava só cansadinho e amanhã é um novo dia. Mas que fiquei triste, lá isso fiquei, nem sequer brincámos!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estou um barril

À conta das cervejinhas, das caipirinhas, dos geladinhos e afins estou 2,5 Kg mais gorda. Agora vai ser preciso um ano para os abater. E quero eu deixar de fumar!!!

Já está melhor!!

Por motivos profissionais hoje fui buscar o João mais tarde. Quando cheguei era o último (não era assim tão tarde, os meninos é que são poucos), estava todo animado a saltar para a piscina das bolas. Para o tirar de lá tive que ameaçar que ia embora, lol. De manhã já foi mais pacífico, ainda chorou mas muito menos.
Eu cá ando stressada com tanto trabalho e tão pouco tempo para o fazer. Há dias em que me apetece atirar tudo para o ar e mudar de vida.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Rituais

Este meu filho é um poço de surpresa, agora tem um novo ritual ao deitar que é no mínimo, estranho? hilariante? nem sei.
Após o banho temos a sessão da bomba (o pulmicort), primeiro a mamã, depois o papá, a seguir o leão e finalmente o João. A seguir vem a "estóia", lida em conjunto pela mamã e pelo papá. Finalmente chega o momento de o levar para o quarto, se até agora era sempre eu que o deitava, ultimamente tem pedido o pai. Assim, quando o pai está é ele que o deita, quando não está (as férias já acabaram e as ausências do papá já começaram) sou eu. Mal o colocamos na cama, senta-se de imediato (agarrado ao seu leão, pois claro) e pede água. Lá vamos nós buscar o copo de água que ele... recusa. A seguir pergunta pela mamã (ou pelo papá, se for eu a deitá-lo), respondemos que o papá, ou a mamã, não vêm pois já se despediram dele e que ele tem que se deitar e dormir. E agora vem o momento estranho? hilariante? não sei! Levanta uma mão (faz o gesto de "vai-te embora" e grita "xai"!!! Dou-lhe um beijo (à força,lol) afasto-me da cama em direcção à porta e ele deita-se. Se acordar ao meio da noite (esta semana tem acontecido, não sei se devido à nova experiência na escola) a cena repete-se, primeiro pede colo, eu pego nele ele aconchega a cabeça no ombro e assim ficamos. Quando já está "satisfeito" faz o gesto para que eu o coloque na cama e depois manda-me embora, "xai"!!! Já viram isto??!!!

Hoje

Começou a chorar assim que o tirei do carro. Se isto continua assim, na segunda começa logo à saída de casa. Estou que não posso com isto tudo!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nova Etapa

O meu filho iniciou ontem uma nova etapa, entrou para uma escola nova que por sua vez abriu as suas portas pela primeira vez. Foi um risco que corremos, eu sei, não é uma escola da qual tenhamos referência, pelo que acabou por ser mais ou menos um tiro no escuro. Mas por enquanto ainda não estou arrependida, o espaço é lindo, tem uma quinta pedagógica associada, está muito bem decorado, sempre na perspectiva do bem estar das crianças. Têm sem dúvida uma ideia para aquilo que pretendem do colégio, já têm experiência uma vez que possuem outras escolas. Mas acima de tudo têm um entusiasmo muito grande naquilo que estão a fazer, sente-se uma vontade imensa de que tudo corra bem e que, tanto os pais como as crianças, se sintam satisfeitos. Todos estes motivos e obviamente a redução monetária de 130 euros, levaram-nos a arriscar por esta nova escola.
Tal como já esperava o João ontem chorou muito quando o deixei, gritou por mim. Vim para casa com aquele som na cabeça "mamã", "mamã", "mia mamã"... como isto custa. Ao final do dia encontrei-o de leão na mão (não o largou o dia todo, segundo me disseram), correu para os meus braços e mostrou-me alguns brinquedos com que, provavelmente, brincou durante o dia. Disseram-me que a manhã foi complicada, mas que da parte da tarde se divertiu.
Hoje, e apesar de se ter dirigido para a porta de casa assim que lhe dei a mochila, ainda gritou mais do que ontem. Estavam no recreio, fiquei a observa-lo de fora, a educadora tentava debater-se com o choro e os gritos dele. Vim-me embora, mais uma vez com esta angustia que não me larga. Espero que passe, espero que se divirta, espero que se sinta feliz por lá.

Esta fase está a ser deliciosa, a linguagem desenvolve-se a uma grande velocidade e como consequência sinto que já comunicamos e é absolutamente mágico.

De resto cá ando, muito cansada, tenho pela frente meses de tanto trabalho que só de pensar fico assustada. Mas sinto-me diferente, não sei bem expressar em quê, este mês de férias foi tão diferente do ano passado... Sinto o coração cheio, aconchegado.... sou mãe.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mais serena

Correu melhor do que esperava. Amanhã conto tudo, porque agora estou a cair de sono (à conta de uma noite muito mal dormida).