sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O que vale é que é sexta feira

Os meus dias passam todos iguais, com muito trabalho e pouco lazer. Passo o tempo numa corrida desenfreada para cumprir horários e concluir trabalhos que estão em atraso. E para quê? para pagar contas e mais contas, a mensalidade do infantário, a prestação da casa, a do carro, etc, etc. Dou-me conta que nesta altura estou, como nunca quis estar: a trabalhar para pagar contas. Aproxima-se o meu aniversário e como sempre fico assim: tremendamente negativa em relação a tudo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Há coisas que me irritam mesmo

Hoje ouvi o seguinte: " Não passo recibo, se passar cobro 30 euros, não passando cobro 15, prefiro ajudar as pessoas que ajudar o estado." Hello, mas afinal o estado não somos todos nós?

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Asfixia

Com a caneta na mão, debruçada sobre um papel em branco, chorava de desespero. Tinha voltado a acontecer... Inexplicavelmente, tudo o que tinha para escrever desaparecia da sua cabeça, não recordava sequer uma palavra. Sempre fora assim, longas histórias, livros inteiros, palavras a rimar, belas metáforas e nem um registo. O mesmo se passava quando tentava contar, abria a boca e .... nada. Tudo se resumia ao pensamento, como se algo a impedisse de partilhar o que a sua imaginação criava. Teme um dia asfixiar, que o seu corpo não suporte tantas palavras e comece lentamente a sufocar.... Pousou a caneta, encostou a cabeça sobre mesa, fechou os olhos e fez um poema....

Adenda: post escrito no dia 21 de Outubro de 2003 num blog que criei na altura (constituído por 3 posts, lol), cujas senhas de acesso não me recordo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Ando

Com muito trabalho a ocupar-me todo o tempo. Quando engravidei fiquei muito preocupada pois achava que, sendo profissional liberal deixaria de ter trabalho. Enganei-me redondamente, o trabalho foi surgindo e agora tenho que me desdobrar em mil para conseguir dar vazão a tudo. Como resultado, o cansaço é mais que muito e o tempo livre para as coisas que me dão prazer é nulo. Sinto-me um balão prestes a explodir...

Acabei por ir com o João à ginástica respiratória e só posso dizer que lamento não o ter levado há três semanas atrás. Não é fácil de assistir, no primeiro dia quase que entrei em pânico e foi por muito pouco que não o agarrei e fugi de lá. Mas ele está francamente melhor e não percebo o porquê dos pediatras não encaminharem os bebés para esta terapia, sabendo-se que os resultados são bons. Há dias em conversa com uma prima que mora em França, fiquei a saber que por lá os pediatras, assim que um bebé começa a ficar com tosse encaminham-no logo para um terapeuta, e só depois, caso não se verifiquem melhorias, é que passam para os medicamentos. Não há dúvida que neste país há a "cultura" do medicamento, quer por parte dos médicos, sempre prontos a receitar, quer por parte dos pacientes, que não vêm com bons olhos os médicos que não receitam medicamentos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Do meu lindo filho

Como já estou cansada de escrever sobre doenças (malditas!) hoje vou dedicar este post ao meu filho.
Continua só com 6 dentes, 4 em cima e 2 em baixo (mas o sorriso é lindo!!)
Tagarela muito mas não diz quase nada: mamã, papá, papa, nana (banana) e pouco mais.
Está um verdadeiro dançarino, sempre a dar ao pé.
Já come praticamente sozinho, quer a sopa, quer o prato principal, quer os iogurtes, quer a fruta. É muito autónomo este meu filho!! Que ele comia o prato principal sozinho já eu sabia, umas vezes com a mão, outras com a colher, lá marchava, agora a sopa é que foi uma surpresa. Na semana passada é que me disseram no infantário que o João já comia a sopa sem ajuda. Estava explicado o porquê das valentes birras em casa sempre que eu lha tentava dar. É claro que não vou aqui descrever o estado em que fica a minha cozinha, mas enfim...
A nível motor é que este menino me deixa perplexa e... à beira de um ataque de nervos. Agora já não anda, corre. Não pára um segundo sempre de um lado para o outro. Mas este fim-de-semana descobriu mais uma proeza e não pára de treinar, que é subir para cima do sofá e dos cadeirões. Se subir até o faz com toda a destreza, descer é que é mais complicado, por isso hoje se não morri do coração duvido que algum dia isso aconteça.
As suas brincadeiras favoritas são abrir gavetas, fechar gavetas, abrir armários, fechar armários, tirar coisas das gavetas, colocar outras, colocar objectos (de todo o tipo) no tambor da máquina, deitar objectos (de todo o tipo) no balde do lixo da casa de banho e outras habilidades do género tais como tirar o cartão da power box, mudar de canal com o comando, etc, etc,. Como podem calcular, não posso tirar os olhos dele, um segundo sequer.
Está a ficar crescido este meu filho, é o que é.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A melhorar

É como vejo o meu filho. Na sexta fui com ele à pediatra, o diagnóstico foi infecção respiratória, receitou-lhe nebulizações com atrovent e ventilan de 4 em 4 horas, actifed de 8 em 8 horas e celestone, tudo isto durante 3 dias. A partir daí passa a tomar Zyrtec até ir à consulta dos 15 meses para, segundo a médica, prevenir novas infecções. Não fez febre estes dias, a tosse praticamente passou, assim como a ranhoca, mas acho que ainda está com a respiração muito acelerada. Apesar de ter autorização para ir amanhã para o infantário, decidi que fica em casa comigo. Assim completo o tratamento dos 3 dias e fico mais descansada. Disseram-me que agora seria benéfico que fizesse ginástica respiratória, não perguntei à pediatra (e já lhe liguei tantas vezes estes dias, que não me apetecia estar novamente a incomodá-la), alguém tem uma opinião que me possa dar.
Apesar de tudo, o meu pequenino continua activo e não parece nada estar doente. Hoje esteve impossível de aturar, mas segundo o que estive a ler na net, poderá ser efeitos do celestone. O fim de semana passou e eu não dei por nada, que venha o próximo e de preferência sem doenças.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Está

Com uma infecção respiratória alta, mas felizmente estamos em casa. Estou a precisar de dormir, por isso deixo os detalhes para amanhã. Obrigado a todas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Continua

Com muita tosse e parece-me que está com dificuldades respiratórias. Vai ser visto logo pela pediatra, e esperemos que não tenha que ir novamente ao hospital.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Outra vez, NÂO

Hoje acordou com muita tosse, ranhoca e muitos espirros. Deixei-o no infantário e fiquei o resto do dia acompanhada por uma angustia sem fim. É sempre assim, se sinto o meu filho doente fico numa inquietação enorme e francamente triste. Quando o fui buscar avisaram-me que tinha tido muita tosse e que parecia muito constipado, apesar de não ter febre. Atendendo a que ainda nem há 3 semanas que esteve internado, a minha preocupação é enorme. Falei com a pediatra, recomendou-me nebulizações com ventilan e actifed, e para lhe ligar novamente amanhã de manhã. Eu só peço que passe rápido.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Equívocos

Hoje fui ao cabeleireiro dar um corte no cabelo e disfarçar os cabelos brancos que, cada vez mais, teimam em aparecer. Andava há dias com imensa vontade de mudar a minha imagem e foi portanto com muita satisfação que lá entrei. Quando saí, reparei que afinal continuava tudo na mesma, apenas me encontrava com menos uns centímetros de cabelo. Quando é que eu aprendo que não é mudando o exterior que vou alterar o que tenho cá dentro? Desconfio que a resposta é nunca.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Fica aqui

Registado que é para ver se não me esqueço. NUNCA, mas NUNCA mais me vou preocupar, enervar, desesperar, etc,etc, etc por o meu filho não querer comer. O miúdo anda "esganado", não pára de comer, passa o dia a pedir "papa". Desconfio que hoje, tudo somadinho, comeu mais do que eu.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Apresento-vos


O melhor amigo do meu João. São absolutamente inseparáveis, principamente para dormir (ou pelo menos eram, tendo em conta o post anterior, lol).

Alguém

Por favor, me sabe explicar o que é que se passa? O meu filho, praticamente desde os dois meses, que adormece sozinho, sem embalos, sem festas, nada. O ritual é sempre o mesmo, banho, leitinho, beijinhos, carinhos, festas e depois cama, junta-se o seu boneco favorito (são inseparáveis) e está pronto para dormir. Em relação às sestas a coisa já não era tão linear, havia sempre umas resistências, mas acabava por ser pacífico. Acontece que há três noites que assim que o deito na cama e me afasto, desata numa berraria assustadora e só se cala quando eu me aproximo. Tento acalmá-lo com umas festinhas, mas sempre que me afasto os berros retomam mais altos que os anteriores. A coisa tem durado mais de uma hora o que me tem deixado extenuada. Ando aqui às voltas a tentar perceber o que mudou, será que se assustou com alguma coisa, ter-se-á magoado na cama, francamente não sei, e isto está a deixar-me confusa e preocupada.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Peço desculpa

Pelo post anterior, tão politicamente incorrecto, mas estou doente. Tenho febre, dói-me o corpo todo, sinto um cansaço enorme, um simples movimento põe-me logo a arfar, enfim estou imprópria para consumo. Mas não é só, o marido foi hoje trabalhar e só regressa sexta-feira, amanhã o meu lindinho iria, quase três semanas depois, novamente para o infantário. E digo iria porquê? Porque já não vai, está com uma conjuntivite (eu não tenho a certeza mas julgo que não pode ir). E sabem que mais, amanhã tenho duas consultas marcadas, uma de dermatologia e outra de otorrino (ando com umas dores num ouvido que não me agradam nada) e, como o meu lindinho fica em casa, já não vou. Tinha reservado a tarde de amanhá para pôr o trabalho em dia, senão não tarda muito estou a pedir dinheiro para comer mas, como é obvio, já não vou fazer nada.
Não preciso dizer mais nada, pois não?

Dizem

Que o amor de uma mãe pelos filhos é incondicional e eu concordo. Mas hoje gostaria de impor algumas condições:
Gostaria que não estivesse sempre a pedir-me colo (tenho as costas tão doridas mas tão doridas, que mal consigo andar),
gostaria que não estivesse sempre a pedir coisas que não lhe posso dar, por serem perigosas,
gostaria que não fizesse birras por não lhe pegar ao colo e por não lhe dar as coisas perigosas que pede.
gostaria que não fizesse birras para comer,
gostaria que não fizesse birras para dormir (adormece sozinho desde os 2 meses mas há três noites que berra a plenos pulmões quando o deito).

Hoje estou fisicamente e psicologicamente de rastos, é o que é.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Uma maravilha



Colocar soro fisiológico nas narinas do meu pequenino sempre foi uma tarefa árdua. O puto grita, esperneia, enfim, é mesmo complicado. Na semana passada numa ida às compras, deparei-me com esta novidade da Jonhoson's e decidi comprar. Hoje ao ver o João com alguma ranhoca experimentei e, qual não é o meu espanto quando vejo o meu filhote às gargalhadas sempre que lhe colocava o soro. Não sei se o facto de o papá e eu termos colocado à frente dele não terá ajudado, mas que aplicar soro no nariz do meu filho é mais fácil, disso não há dúvidas.





sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Do meu filho

Escrever da estadia no hospital sem abordar o meu filho é uma falha. Ele foi absolutamente extraordinário durante o tempo que esteva internado. Chorou quando foi picado, é certo, mas acho que eu chorei muito mais. Fiquei apavorada com receio que ele retirasse agulha e tivesse que ser picado mais vezes, mas tal nunca aconteceu. Fiquei surpreendida com a capacidade de adaptação que ele demonstrou, passado pouco tempo a tala já fazia parte do seu corpo e tinha que viver com ela. Emocionei-me quando ele fez a "pitinha" e bateu palmas, assim como estava. Dormiu todas as noites sem interrupções (com excepção da noite em que o pai ficou lá), aceitou os tratamentos e as medições sem grandes choros ou protestos. Assim que começou a sentir-se melhor, começou a ficar mais birrento, mais impaciente e apenas o conseguia acalmar levando-o para a sala dos brinquedos, de onde ele nunca queria sair.
Nessa semana fui surpreendida com uns "nãos" acompanhados de um dedo em riste e de uns "papa", sempre que via comidinha.
Tenho um orgulho muito grande deste meu menino.

Da Estadia II

Já pouco há a acrescentar ao meu relato anterior, apenas gostava de aqui deixar mais algumas situações que presenciei. Para meu grande azar ao meio da tarde de terça fiquei sem bateria no telemóvel, logo incontactável. Sabia que a minha irmã iria aparecer, mas não pude comunicar mais com ela. Nesta altura as mães que estavam comigo na SO tinham bebés mais pequenos do que o meu filho, logo não era possível que elas olhassem pelo João enquanto eu me ausentava. Por volta das 18 horas comecei a ficar inquieta por a minha mana não aparecer, tinha vontade de ir à casa de banho, pedi às auxiliares que por favor ficassem com o meu filho por alguns minutos, mas nenhuma delas tinha disponibilidade. Mais uma vez desorientei-me, deixei o meu filho a dormir e foi pedir a uma auxiliar que me deixasse fazer um telefonema, expliquei-lhe que esperava a minha irmã, que ela provavelmente andava à minha procura, que há 24 horas que não via ninguém da família e que estava a precisar. A resposta que ela me deu é absolutamente inacreditável: "desculpe que lhe diga, mas acho muito estranho que a senhora esteja aqui há 24 horas, que saibam que aqui está e que ninguém tenha vindo". Fiquei aparvalhada e apenas lhe respondi que ela não me conhecia e portanto nada sabia da minha vida (não me dei ao trabalho de lhe explicar que tenho pais e sogros longe, que o marido trabalha fora, que a minha irmã é professora e que hoje em dia para eles faltarem é quase preciso pedir um requerimento ao presidente da república). Lá fez a chamada e claro, a minha irmã estava na sala de espera porque não a deixavam entrar!!!! Na enfermaria fui, de um modo geral, bem tratada quer pelas enfermeiras quer pelas auxiliares. Não há duvida que há um problema de meios nos nossos hospitais, que muitas vezes se reflecte na forma como os profissionais tratam os doentes.

De tudo o que assisti o que me fez mais confusão foi a desconfiança de todas as pessoas naquele hospital, como se todos os doentes fossem uns sacanas sempre prontos a mentir para serem bem tratados. Fez-me confusão a sobranceria dos médicos, em relação às pessoas que na sua maioria se encontram fragilizadas. Para terminar este relato que já está demasiado longo, reparei que praticamente eram só as mães que estavam com os filhos e, se eu inicialmente julgava que era por opção, fui me apercebendo pelos desabafos de algumas delas que não era uma questão de preferência, pura e simplesmente os maridos não tinham disponibilidade (vontade) para as ajudar. Pensava que as coisas estavam diferentes, mas pelos vistos estou enganada.