sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mamã come!

Se há coisa que me chateia e que evito, é deitar comida fora. Por isso, sempre que o meu filho deixa comida no prato eu acabo por a comer (em vez de me servir mais a mim). É óbvio que o puto já topou e agora à refeição podem acontecer estas duas situações:
Ele já está na mesa e lembramos-nos que não lavou as mãos. O pai pega nele, leva-o e ele, de dedo em riste, diz: "mamã, não mexe", que é como quem diz, eu sei que tu comes a minha comida por isso está quieta.
Já está satisfeito e não quer mais, vira-se para mim e "mamã come" ou então informa o papá que "a mamã come". É bonito não é? Eu sinto-me sempre uma papa restos, esfomeada.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Frenético

Não sei se foi do calor ou do facto de ter cá a tia (parece-me mais esta segunda hipótese) mas o meu filho hoje esteve tão frenético, que eu estou aqui como se me tivesse passado um tractor por cima. Ufa!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O meu menino

Já há algum tempo que nada escrevo sobre o meu menino. É-me difícil fazê-lo em meia dúzia de frases, a evolução acontece todos os dias, há sempre algo de novo, seja uma expressão do rosto ou do corpo, seja uma palavra, seja uma atitude que lhe molda a personalidade. Sim, já lhe distingo traços de personalidade. Mas começando, continua a brincar ao faz de conta de uma forma que me fascina. Gosto de o ver nas suas brincadeiras com os bonecos, "está a chover, vamos para casa" e transporta o seu boneco para a casa de legos (construída pelo pai). "Socorro estou no ar, ajuda" enquanto deixa o boneco suspenso no ar, lol. É um espectáculo!! Adora cantar, tanto canta musicas conhecidas, como as inventa, com letras, a maior parte das vezes imperceptíveis, mas acompanhadas sempre por expressões e gestos. Ontem ao jantar começou a cantar e de repente percebeu-se "papá come o arrooooooooz", fartei-me de rir, é um verdadeiro artista. Já chegámos à fase de ver os filmes 50000 vezes, conheço os diálogos e as sequências de cor do "À procura do Nemo" ou da "Idade do Gelo". Tem uma óptima, diria mesmo, prodigiosa memória e uma capacidade de associação extraordinária. Uma das suas toalhas de banho é verde, da mesma cor da que usou na praia, no ano passado. Um dia destes, após o banho, ao ver a toalha verde aos pés começou a dizer "estou na paia" enquanto batia com os pés. Ontem, mais uma vez após o banho, colocou os pés sobre dois peluches, e começou a gritar neve. À primeira não compreendi, mas ao ver-lhe os gestos, e reparando que estava sob um protector de cama de cor branca, percebi que estava a esquiar (não faço a mais leva ideia de onde foi buscar isto).
É um miúdo cauteloso, parece-me que tem alguma noção de perigo, pede colo quando vê muitos carros, não tem muito o hábito de se afastar de nós quando andamos na rua e percebe que se cair de um local alto de pode magoar.
Tenho que admitir que o meu filho não é muito de birras é mais e amuos, quando contrariado, pede a chucha e o leão (o seu amigo) e faz ar de "menino abandonado".
Por fim, dizem que é um pacifista, segundo a educadora os outros meninos batem-lhe, tiram-lhe os brinquedos, puxam-lhe os cabelos e ele...nada, não bate em ninguém. Dizem-me que isso não é bom, o pai anda todo preocupado porque o miúdo não se defende. Eu acho, se calhar erradamente, que não me devo preocupar com isso.
Fico por aqui, embora houvesse muito mais a dizer. É o meu menino e eu adoro-o, tal como ele é.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Podia dar-me para pior

Não, desta vez a minha ausência não se deve a excesso de trabalho (se bem que ele se está a acumular). A minha ausência é por culpa da vaga de Grey que anda por esta blogosfera, que me fez andar a sacar episódios da 5ª temporada e da qual não consigo "desgrudar". Agora se me dão licença vou ver mais uns episódios que ainda só vou no 14.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mais um desabafo

Já presumia que educar um filho não seria fácil, mas a realidade tem-me demonstrado que é bem mais complicado do que julgava. E não estou a falar das doenças, nem das noites mal dormidas, nem das birras. Falo das angustias que me assolam do medo de não estar a proceder bem, dos receios de poder não estar a contribuir para que o meu filho cresça confiante, com amor próprio, capaz de enfrentar este mundo cada vez mais agreste. Esta noite acordou aos gritos, eram gritos aflitivos, parece-me que terá tido um pesadelo, falava-me de um "sinhor" que estava à porta do quarto. Tentei acalmá-lo, fiquei com ele quase até que voltasse a adormecer, pois estava nitidamente em vigília. Quando saí do quarto ainda gritou por mim, mas logo adormeceu. Deitei-me com uma angustia enorme, será que devia ter ficado com ele até ter a certeza que já estava a dormir? será que deveria te-lo levado para a minha cama? Não terá ele ficado com a sensação de abandono?
O infantário é outra tortura para mim. Questiono-me sempre se ele será feliz lá. De manhã diz-me sempre que "na que escoua" , mas depois ao final do dia é um tormento para o trazer para casa. Parece-me francamente que este infantário é bem melhor que o anterior. No início denotava-se alguma desorganização, fruto, julgo eu, de estar a funcionar pela primeira vez. Agora parece-me que estão a encontrar um rumo, apesar de alguns aspectos denunciarem algum amadorismo. Mas dizia eu, que o infantário é uma tortura para mim, e é mesmo. Há dias em que quando o vou buscar, ouço a educadora dele aos berros com os miúdos e isso incomoda-me. Digo para mim mesma que é natural que ele tenha que lhes levantar a voz de vez em quando. Eu também o faço aqui em casa. Mas a verdade é que presumir que ela lhes levanta a voz é uma coisa, assistir é outra.
Comparando esta educadora com a anterior (do outro colégio), posso dizer que não tem comparação. A anterior era tremendamente formal, diria até que distante, media bem o que dizia aos pais, e acabava por não estabelecer qualquer relação com as crianças. E o meu filho era a prova disso, conhecia bem a auxiliar mas não reagia à educadora.
A actual é o contrário, parece-me que aquilo que ela é, é o que demonstra. Fala mais alto com os miúdos e fá-lo independentemente de estarem ou não pais presentes no colégio.
Este discurso todo vem a propósito do que aconteceu hoje quando deixei o meu filho. Ao abrir a porta ouço mais uns berros e um miúdo a chorar. Constato, ao chegar à sala de acolhimento que é o filho da minha vizinha. Está sentado no chão, chora desconsoladamente e ninguém está com ele, ninguém o está a confortar, chora abandonado. Engoli em seco, não fui capaz e perguntar o que se passava com o V. (por isso estou aqui a recriminar-me), deixei o João e saí. Imaginar o meu filho naquela situação, não me sai da cabeça. Claro que posso pensar que se calhar ele portou-se mal, bateu nalgum menino, ou outra coisa do género, mas... ok dormi mal, estou cansada, estou stressada com o que tenho para fazer e não estou a ter discernimento. O que acham?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ai que isto tem que mudar

No Sábado decidiu experimentar todos os sapatos que tenho numa sapateira no meu quarto. Claro que experimentou e espalhou tudo pelo chão. Perante tamanha confusão o pai perguntou-lhe: Quem é que desarrumou isto tudo?
Ele - Foi o João
Pai - Pois foi! E agora quem é que vai arrumar?
Ele - A mamã.
O meu lado mais feminista não gostou mesmo nada desta resposta.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Doçuras

A dia não começou nada bem. O meu pimpolho tem um sério problema de adição com tudo o que é doce, sejam bolos, compotas, chocolates, xaropes, ou seja, tudo o que tenha açúcar ele adora. Obviamente que eu evito o mais que posso que ele consuma estes alimentos, mas infelizmente na escolinha tal não acontece, como eu acho que deveria. Há sempre umas bolachas, uns bolos das festas de aniversário (é rara a semana em que não há um aniversário), é o pão com compota ao lanche, etc, etc. Hoje pela manhã queria porque queria, "pão torrada com doxe", respondi-lhe que não tinha, foi uma choradeira, com lágrimas grossas pelo meio, um verdadeiro drama!!! Tive que pegar nele, sentá-lo no meu colo e dar-lhe a minha torrada com manteiga. Aliás, ultimamente deixou de comer pela própria mão, tenho que ser eu a dar-lhe o que, para quem tinha tanta autonomia nesse aspecto, me deixa um pouco surpreendida. Ando um pouco preocupada, anda a comer pouco e já noto que está mais magro, mas não tem mais sintomas de doença. Vamos ver como é que o dia acaba.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Últimas

Precisam-se de boas ondas por aqui. O meu marido anda deprimido, preocupado, angustiado, cheio de pensamentos negativos. Por consequência (ou talvez não) sinto o meu filho mais parado, tristonho, a comer muito mal. Eu ando aqui a tentar gerir isto tudo sem saber muito bem o que fazer. Quero acreditar que este comportamento do meu menino terá a ver com o nascimento dos últimos molares, mas não sei...
Ontem fiquei a saber quais as actividades que estão incluídas na colónia de férias organizada pela escola do meu filho. De entre outras actividades, estão previstas duas idas à praia. Apesar de ainda faltar um mês, já estou tão preocupada que a minha vontade é dizer que não, que ele não vai. Boas ondas precisam-se, definitivamente.