quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A necessidade aguça o engenho

Lá diz o ditado e é uma grande verdade. Ainda me lembro de ir às compras com a minha mãe e ficar envergonhadíssima sempre que ela dizia" então, e não faz uma atençãozinha?". Para mim pedir desconto era inconcebível, se as coisas tinham um preço era para pagar e pronto. Mais tarde percebi, que muitas lojas já contavam com aquela frase e havia como que, uma margem de manobra para baixar os preços. Apesar disso nunca tive o hábito de "regatear". Até hoje. Estou a tornar-me uma especialista em poupança. Esta semana já consegui reduzir o serviço da MEO em 10,5 euros/mês, reduzir a prestação do carro em 100 euros/mês (aqui foi apenas alargar o prazo com a mesma taxa de juro) e estou prestes a conseguir uma redução nos seguros de vida associados ao empréstimo da casa. Está mais que visto que o passo seguinte vai ser "olhe não me faz aí uma atençãozinha?". Nem se ria ou se chore com isto tudo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mais do mesmo

Sobrevivi à intensa semana de trabalho que tive. Confesso que julguei que a minha coluna não iria permitir tal correria mas, apesar de difícil, fui capaz. E sim, paguei para trabalhar, pois claramente as despesas foram superiores ao que vou ganhar. Enfim... Não há dúvida que tenho que questionar a minha vida profissional, com o que se avizinha em termos de impostos, trabalhar a recibos verdes, é insustentável. Mas agora pergunto, o que vou fazer? Tenho 41 anos, sempre trabalhei na área a recibos verdes, o trabalho na minha área não abunda, as empresas estão receosas... Não sei bem que volta dar a isto.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Da blogosfera

Acho que nestes anos de blogue, nunca aqui critiquei diretamente o que fui lendo por essa blogosfera fora. Cada um escreve o que quer, e eu se não gostar, passo para outro. Há por aí blogues que eu vou lendo, mesmo considerando que a maioria do conteúdo é uma grande porcaria. Sou masoquista, só pode. Mas adiante. Dizia eu que nunca fiz referência no meu blogue a post de outros, nunca o fiz, mas hoje é o dia. Como é que é possível alguém escrever isto e pior, achar que tem toda a razão.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ao ponto a que se chega

Para a semana vou estar em trabalho externo (isto é, fora de casa). Acontece que, pelas minhas contas, não tenho dinheiro nem para encher o depósito do carro, nem para comer nesses dias. Pela primeira vez na minha vida profissional estou na situação de por um lado, precisar de trabalhar, mas por outro lado, não ter dinheiro para trabalhar. Isto é mesmo tramado.

Adenda: tenho uma solução, não pago a segurança social este mês. Está feito, isto é só boas notícas.

Da coluna

Ontem fui finalmente à consulta de neurocirugia, um ano após a cirurgia. Fiz o raio x que, de acordo com o médico, está feio, muito feio. A vértebra ficou mesmo em muito mau estado, mas pouco ou nada há a fazer. Não irá melhorar mas também não vai piorar. Conselho: nada de impatos e muita natação. Segundo o médico, a minha defesa será sempre a minha forma física. Ou seja, tenho que ter muito cuidado. Podia ser pior.

Dos dias

Inicio a sessão do bloguer vezes sem conta, clico em "nova mensagem" e nada. Nada tenho para escrever. O nada impera na minha vida, o nada, o vazio, a solidão, a desorientação, a descrença, o abismo, a loucura...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Escola versus infantário II

Como consequência de não o ir buscar à sala, já se esqueceu três vezes do casaco e ontem perdeu a lancheira.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eu sei que não sou a única

Ando desanimada com tudo. O mês de Setembro foi para esquecer: a escola do meu filho, a relação com a vizinhança (uma brutal perda de qualidade de vida), o trabalho e claro, a nossa situação financeira. Levo uma vida cada vez mais estúpida e limitada. Não compro nada para mim há meses. Não saio de casa a não ser para ir às compras, trabalhar e levar o meu filho à escola. Encher o depósito do meu carro, mais do que uma vez por mês, faz muita diferença. Acumular portagens faz toda a diferença. Jantar fora, mesmo que no MacDonalds, faz toda a diferença. Ir ao cinema em família faz toda a diferença. Comprar livros, faz toda a diferença. Gastar 65 euros numa Ressonância Magnética à coluna (que já devia ter sido feita há 15 dias) faz toda a diferença. E eu pergunto, que sentido é que isto faz? Mas afinal trabalha-se anos e anos para se chegar a isto? Abro o FB e proliferam mensagens de contestação e eu sinto, cada vez mais, uma total indiferença. Leio blogs com sugestões de poupança e o que sinto é um profundo desprezo por aquelas sugestões. Estou farta, mesmo muito farta disto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Escola versus infantário

Já aqui referi que me preocupa o fato do meu filho poder não estar preparado para ingressar na primária, mas a verdade é que ocultei que eu, eu é que não estava preparada para tantas mudanças. Senão vejamos:
1- A entrega na escola, já não é feita na sala diretamente à educadora. Agora, deixo-o ao portão e ele lá vai à vidinha dele. Portanto acabaram-se os recadinhos do "olhe ele dormiu pouco, comeu pouco, tossiu muito durante a noite, não o deixe apanhar sol", etc., etc., etc.
2- E no final do dia a cena repete-se. Lá fico eu no portão, e nada de converseta com a professora. Portanto acabaram-se "o João esteve bem? tossiu muito? comeu tudo? e ainda, "olhe mãe, ele hoje bateu ou levou porrada, choramingou e fez uma birra", etc. etc. etc. Nesta altura as informações que tenho vêm diretamente do meu filho e é quando ele está voltado para me contar.
3- Depois vem a relação com os colegas. Um dia destes contou-me que o C. lhe tinha cuspido e eu, mal habituada, pergunto-lhe "e então contaste à professora? e ela? ao que ele respondeu: "ela disse que não quer queixinhas". Ops, pois é, agora não há queixinhas, "pois olha filho da próxima vez, cospe-lhe também, ou dá-lhe um pontapé nas canelas que aí dói! " Oh God, o que ando a dizer!!!
4- Por fim os TPC, ai os TPC. Os primeiros foram pacíficos, escrever o primeiro e segundo nome dele, foi canja (expressão do próprio). Agora os segundo, em que tinha escrever 7 vezes (e em letra minúscula), foi o drama, o horror a tragédia. E porque ía demorar muito tempo, e porque não era capaz, e estava cansado, choro, gritos... enfim, dei por mim a pensar "parece-me que vais voltar mais um aninho para o infantário, que eu não estou prepara para isto".

Com o tempo a coisa acalmou e lá vai fazendo os TPC. Estas são algumas das diferenças que, em duas semanas, já me saltaram à vista. Outras mais virão, de certeza.