sábado, 20 de dezembro de 2014

8

O meu menino completa 8 anos. Hoje temos festa caseira, que ontem foi um dia muito longo. Já não está de braço ao peito por isso, vamos festejar em grande.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Da vida

Há uns tempos atrás sei que choquei as pessoas com o que escrevi aqui e aqui. Não vou dizer que mudei radicalmente de ideias, mas percebi que as certezas absolutas são uma treta pegada. Ontem o meu pai esteve o dia todo no hospital com uma anemia grave (mesmo muito grave) resultante de uma úlcera no duodeno que decidiu "rebentar". Teve que levar três transfusões de sangue e submeter-se a uma catrafada de exames a fim de descobrirem de onde vinha tamanha hemorragia. Tudo acabou em bem, às 10 da noite deram-lhe alta, mas foi um susto enorme. À distancia dos 300 km que nos separam senti o chão a fugir-me dos pés e descobri que aquela aparente indiferença em relação a ele não passa disso, aparente. Não estou preparada para isto, não estou mesmo. Odeio a puta da idade, ter 43 anos não é só ter mais rugas e mais cabelos brancos, é ter mais dores no corpo e na alma, é ter os que mais amamos com quase 75 anos e tudo o que daí advém: as dores, as doenças, o corpo a mirrar, os irmãos e cunhados (dos meus pais) a morrerem numa cadência assustadora. Não estou preparada para isto...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sonhos

Esta noite sonhei que tinha vertigens, encontrava-me num elevador panorâmico e que, à medida que subia (quase até ao céu), entrava em pânico. Lembro-me de sentir as mãos cravadas num corrimão e de sentir um medo nunca antes sentido. No momento seguinte encontrava-me num passadiço de uma barragem e mais uma vez um medo aterrador de cair por ali a baixo. Qual será o significado?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Assim vai a vida

Desinspirada e sem disposição para escritas. Ando com mais trabalho e sempre que assim é, desligo-me daqui. O puto continua de braço ao peito e assim continuará mais duas semanas. Na consulta pós operatória pudemos ver os dois parafusos a sair do pulso (rico filho ia desmaiando, coitadito).  A data para a retirada do arsenal (ligadura, parafusos e tala) é dia 19, véspera de aniversário dele. Será com anestesia (mais uma) mas, segundo o médico, vai ser coisa pouca e muito rápida. Com todos estes acontecimentos não pensei em festas, estou sem ideias e não sei o que organizar. Dada a proximidade da data, e a intervenção na véspera, o mais certo é fazer qualquer coisa aqui por casa (onde me vou meter...). De resto está um frio que não se pode, ando com insónias, ainda não comprei todas as prendas de Natal e, para variar, sinto-me cansada.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Então e como vai isso por aí?

Dadas as circunstâncias, vai bem. O banho é complicado, pois é preciso proteger o braço. Agora tenho que o vestir e calçar, mas de resto, estamo-nos a aguentar bem.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O que pode acontecer em 4 horas

Domingo, por volta das 16h30 horas, o meu filho cai de um baloiço. Queixa-se do pulso e a coisa parece mesmo feia. Às 17h30 estamos no hospital, é feita uma radiografia ao braço e cerca das 18 horas ficamos a saber que fraturou o rádio. Às 18h30 somos informados que o osso para além de fraturado, está deslocado e que tem que ser operado. Às 20h00 entra para o bloco operatório.
Correu tudo bem, está de braço ao peito e assim estará entre 4 a 6 semanas. Hoje já foi à escola e eu estou aqui com o coração nas mãos, com muito medo do que possa acontecer por lá.
Obviamente, envelheci mais uns anitos estes dias.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ainda a letra - ideias precisam-se

O meu filho tem uma letra muito feia, é um fato. Na reunião que tive com a professora na semana passada o tema veio à baila. Que ele continuava com a letra muito irregular e que ela este ano não podia perder tempo em ajuda-lo pois a matéria é muito extensa. Teria que ser eu em casa a trabalhar com ele. Não tem sido tarefa fácil, comprei-lhe um caderno de duas linhas para treinar a letra, fui à net e saquei uma série de exercícios para que desenvolva a motricidade fina, mas mesmo assim os resultados não são os melhores. Ele continua a não pegar bem no lápis, usa-o completamente da vertical e isso não ajuda nada. Quando tento que incline mais o lápis a letra ainda sai pior. Reparo que quando escreve os números começa de baixo para cima (assim como com algumas letras), chamo-o a atenção para isso, ele corrige, mas já está tão habituado que, sem se aperceber, volta ao mesmo. Nesta altura já não sei o que fazer para o ajudar. Tento não valorizar muito, mas preocupa-me as repercussões desta má letra, pois em alguns casos não consigo mesmo ler o que escreveu e em contexto de exame (ximámen já pareço a professora dele, sempre obcecada com o exame do 4º ano) isso pode dar maus resultados. Alguém tem aí alguma fórmula mágica, ou não mágica, que me possa ajudar?

Bicharada

Isto de viver no campo é muito lindo, mas depois... depois há a bicharada, de todos os tipos e feitios que me entra pela casa e que me deixa em histeria. Fui à varanda estender roupa e só por ter aberto a porta entraram-me três moscas para casa. Três moscas em pleno mês de novembro. Ontem, enquanto fazia umas arrumações vejo em cima de um sofá que tenho num dos quartos, um gafanhoto gigante. Já para não falar nas aranhas, nas "maria cafés" e nas lagartixas que abundam por estes lados.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A saga da primária (continuação)

Numa semana tudo mudou. Na quinta-feira da semana dos acontecimentos que relatei no post anterior a representante dos pais abordou este assunto com a mãe de uma menina da sala, que é também professora no agrupamento. A senhora, solidária com a sua classe, foi de imediato contar à professora e esta, enviou uma mensagem à representante dos pais no sentido de falar com ela. Encontraram-se à hora de almoço e a conversa não foi propriamente simpática. A senhora foi reativa, reafirmou que eles eram os piores, que sim, que lhes tinha dito isso na sala de aula, que não percebia porque é que dizíamos que ela os desmotivava...e que os pais iriam ter uma surpresa com as avaliações pois todos estamos a desvalorizar o 3º ano. Basicamente, defendeu-se atacando. Nesse mesmo dia encontrei a tal mãe que é professora, abordou-me e questionou-me se eu já tinha falado diretamente com a professora. Respondi-lhe que não e que estava convicta que aquele assunto teria que ser levantado forçosamente numa reunião de pais. A senhora não gostou nada e mais uma vez deve ter contato a professora e, julgo eu, tendo em conta os acontecimentos que lhe sucederam, tê-la-á aconselhado.
Na segunda feira a professora pediu uma reunião com a representante dos pais, onde se encheu de desculpas, assumiu que se excedia e que iria modificar a sua atitude. Nesse mesmo dia contatou-me telefonicamente para agendarmos uma reunião no sentido de "esclarecer uns assuntos, que eu gosto de tudo muito bem esclarecido". Na quinta feira lá fui. Pediu muitas desculpas, que tinha feito um exame de consciência e que realmente por vezes se excedia. Que não se tinha apercebido que o que dizia incomodava "uns 4 ou 5 meninos". Que sempre usou a técnica de "espicaçar" os meninos e que costuma resultar, assim como este ano, dando o exemplo, imaginem de quem?, da filha da tal professora do agrupamento (não acredito em coincidências). Expus o meu ponto de vista, discordei com o método do espicaçar e com o fato de "só 4 ou 5" se sentirem afetados. Abordei, muito subtilmente, a questão da humilhação pública que ela tanto gosta de fazer e alertei-a de que não quero surpresas no final do período. Que ela tem a uma caderneta e se achar que o João está a baixar o rendimento, só tem que me informar.
Enfim, os acontecimentos não seguiram o rumo que eu pretendia, isto é, reunião geral de pais, mas a ver vamos como as coisas correm a partir daqui. Tal como referi à professora, vou continuar atenta, pois esse é o meu papel como mãe e encarregada de educação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A saga da primária (post muito longo)


Ando tão chateada com isto que nem sinto vontade de aqui desabafar. Na quarta-feira passada, já pronto para dormir, começou a pedir-me para mudar de escola. Apanhada de surpresa, perguntei-lhe porquê e a resposta foi "odeio a minha professora". Lá me foi dizendo (entre choro e com muita, mas mesmo muito raiva), que ela está sempre zangada, sempre a gritar com eles que, por tudo e por nada, escreve nos livros e nas fichas que fazem, recados, como "falta de atenção", a "letra está muito feia", etc. etc. Disse-me que ela estava sempre a gozar com eles e que isso o chateava bastante. Contou-me ainda que nesse dia tinha dito que eles eram a pior turma do 3º ano da escola e que eram 25 bebés que por ali andavam. Enfim, fiquei para morrer mas, lá tentei menorizar e desvalorizar o melhor que podia. Expliquei-lhe que mudar de escola poderia não ser a melhor opção e que a professora, que ele anteriormente tanto gostava, poderia estar com algum problema e que não andaria bem. Dormi mal nessa noite (como nas seguintes, diga-se...) a pensar nisto tudo e em como resolver. No dia seguinte à hora de almoço, perguntei-lhe se ainda "odiava" a professora, respondeu-me que não, mas que continuava a querer mudar de escola, e acrescentou "vê lá tu mamã que ela hoje disse que até tinha vergonha de ser nossa professora." Francamente isto passou o limite do razoável e comecei a engendrar um plano: não vou falar com ela diretamente pois sei que, como já o fez noutra ocasião, vai negar e afirmar que o que disse foi descontextualizado. No fim de tudo ela acalma um bocadinho, mas passado pouco tempo volta novamente à carga. Contatei a representante dos pais e expus o que se passava, fiz o mesmo com outros pais a fim de saber qual a perceção que tinham do que se passava na sala de aula. Excetuando a representante dos pais, cuja filha já lhe tinha passado algumas informações que iam de encontro às do João, os restantes pais mostraram algum espanto e todos referiam que os filhos não lhe contavam nada disso. De início fiquei surpreendida mas depois pensei que, na verdade eu, sem querer, levei-o questionar algumas das coisas que ele me contava que a professora dizia e fazia. Lembro-me que ele chegava ao carro e dizia mamã, "hoje aconteceu uma coisa tão engraçada na escola" e normalmente a coisa engraçada era a professora ter gozado com algum menino e todos se terem rido muito. Isto aconteceu até ele me ter contado que a história engraçada era a professora ter dito a uma menina (a melhor aluna da sala) que ela não devia ter cortado o cabelo pois desde aí tinha ficado sem inteligência. Nesse dia não me contive e disse ao meu filho que não tinha achado graça nenhuma ao que ele me tinha contado, que o que a professora tinha feito era ter gozado com a miúda. Perguntei-lhe como se sentiria se a situação tivesse passado com ele e sei que nesse dia o deixei a pensar nisso. Acreditem que, após estes últimos acontecimentos, por milésimos de segundos, ainda ma recriminei por naquele dia, não ter ficado calada. Mas na verdade não me arrependo, porque o que me incomodou não foi tanto o conteúdo das  "histórias engraçadas" mas ver o meu filho a achar graça às mesmas, a aceitar aquele comportamento da senhora como aceitável e normal. E julgo que é essa a diferença entre o meu filho e os outros meninos que não contam nada aos pais.
Mais há para contar mas como este post já vai muito longo, refiro apenas que não vou ficar de braços cruzados e que a minha ideia é expor esta situação na reunião de pais. E como esta só se realiza após as férias do Natal, vou tentar pedir uma reunião extraordinária.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

É o país que temos

Para pagar a enorme divida à segurança social, estabeleci um plano de pagamento, plano esse que irei pagar (caso não ganhe o euro milhões) nos próximos cinco anos. Todos os meses tenho uma quantia certa (mais os juros) e todos os meses não sei como pagar essa quantia. E perguntam vocês, como não sabes? então não te mandam um papelucho para casa com os dados do pagamento? Não minha gente, não me mandam, enviaram no primeiro mês e a partir daí népias. Todos os meses tenho que ligar para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social  a solicitar os dados para que possa efetuar o pagamento. Isto bule-me com os nervos de uma maneira....

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Fim de semana #6

Passado na terrinha, a matar saudades dos avós. Tão bom!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TPC #3

Vamos lá ver se eu me explico. O puto traz trabalho TODOS os dias exceto um dia da semana que, por regra, é à quinta feira (é amanhã, é amanhã, iupi, iupi,urra,urra). O puto sai da escola às 17h30, por volta das 17h45 estamos em casa, comer e não comer (o raio do miúdo vem sempre com fome) são 18h30. Mas o puto vem (naturalmente) cansado e, invariavelmente, ou quer ir para o parque, onde os amigos se encontram a divertir ou fica grudado a ver televisão. E aqui começa o drama. Eu procuro que ele despache os trabalhos, naquela cena muito minha de, primeiro o trabalho e só depois a diversão. Ele nunca está para aí virado e é um constante "só mais um bocadinho" que me exaspera. Começo a ver as horas a passar, o banho por tomar, o jantar por fazer e os trabalhos por acabar e ... passo-me. Começam os gritos e os choros e ... enfim conseguem imaginar o cenário.
No primeiro ano a coisa levou-se, no segundo ano a coisa piorou um bocadito, mas este ano descambou e eu estou tão, mas tão cansada.

TPC # 2 (quer parecer que o tema se vai tornar recorrente)

Quando vou buscar o meu filho à escola a primeira pergunta que lhe faço não é se o dia lhe correu bem, mas sim (com ar mais alucinado/desesperado que conseguem imaginar): tens muitos trabalhos de casa?

TPC #1 (post escrito ontem mas que me esqueci de publicar)

Abaixo os TPC e mais quem os inventou. Os TPC só originam problemas. Os TPC destroem qualquer harmonia familiar.  Os TPC fazem-me levantar a voz mais vezes do que devia e gostaria. Os TPC estão a levar-me à lou-cu-ra.
Pronto já desabafei, estou melhor.

Criticar

Por vezes, quando me ponho de fora e olho para a minha vida, critico-me. Critico as opções que tomei e que tomo. Critico o fato de estar sempre calada e nunca protestar, de meter para dentro, num buraco escondido tudo que me insatisfaz/irrita/perturba. Critico a passividade, o deixar andar, o não me quero chatear, o está tudo bem. Critico o desperdício de vida que a minha existência constitui. Mas como referi no início, isto acontece só às vezes, nas outras vezes, está tudo bem.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Posturas

Como sabem trabalho a partir de casa. Inevitavelmente trabalho muitas vezes com o meu filho em casa. As solicitações dele são tantas, que dou por mim ao computador, sentada na cadeira, com as pernas de lado, pronta para me levantar. Reparo que já mantenho esta postura mesmo quando ele não está. As minhas costas queixam-se muito.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ouvido hoje num supermercado perto de si

Aqui na santa terrinha abriu um supermercado (mais mini que super, diga-se em abono da verdade) com produtos do Sr. Belmiro. Hoje fui lá fazer umas compritas que tinha em falta. Estou na caixa pronta para pagar e à minha frente está uma senhora com um talão de desconto. A empregada (colaboradora, quero dizer) que está a registar não consegue passar o talão e chama por um colega, este pergunta-lhe não sei o quê e sai dali e a colaboradora sai-se com esta preciosidade em voz alta "eu sei lá, eu não sei isso" e a seguir em voz baixa olhando para o clientes em volta "quem deve saber é a chefe de loja que escolheste, agora desenmerda-te". Que bonito... se há coisa que me tira do sério são empregados de loja deste tipo, dos que falam entre dentes dos patrões, das condições de trabalho que têm e dos que falam com a colega ao lado da vida, ao mesmo tempo que atendem os clientes. Mas esta gente não tem formação?

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

TPC

Ontem "encheu" quatro páginas A5 com uma cópia e ainda trazia indicações que era preciso "estudar, estudar e estudar" (palavras da prof.). Claro que fez a cópia e não estudou, não houve tempo para isso. Enfim...

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Fim de Semana #5 (com bolinha que eu às vezes sou mesmo distraída)

No passado sábado, dia de ramboia fomos novamente à baixa. Passeávamos na Rua Augusta quando passamos em frente ao Museu do Design e da Moda. O João quis entrar e, depois de confirmar que era gratuito, lá fomos. Gostei bastante das exposições, em particular do André Saraiva. Estávamos nós às voltas quando vejo um boneco do Mickey, o João aproxima-se e eu, saco logo do telemóvel para a foto da praxe. Só mais tarde, quando em casa revi as fotos e as mostrei ao meu marido é que reparei no pequeno... grande detalhe. Não havia necessidade de ser tão despassarada.



Tristeza

Telefonar a uma amiga de longa data, ela não atender, enviar um SMS e de volta não ter resposta ( e já lá vão 4 dias), é coisa para me deixar muito triste.

Mau humor

Acordar de manhã, tomar um duche, de seguida colocar-me em cima da balança e ver de novo um 6, é coisinha para me deixar de mau humor um dia inteiro. Lá vou ter que fechar a boca.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Recomeçou a ramboia

No passado sábado recomeçaram as aulas de teatro e recomeçaram os sábados de ramboia. Sabendo que iriam acontecer concertos gratuitos por Lisboa, no âmbito do dia da música, lá fomos. Assistimos ao concerto que ocorreu na Praça do teatro são Carlos e ainda fizemos uma perninha no atelier destinado aos mais pequeninos no museu do Chiado. Sábado há mais.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Assim é complicado

Uma mulher chega a meio de setembro e compra uns botins na Primark (sim, eu faço compras na Primark e ainda não me arrependi). Uma mulher fica contente porque dois dias depois da compra, chega a chuva e já pode calçar os botins. Uma mulher tem o verniz das unhas dos pés uma vergonha, e já que está chuva, que se lixe, tira-se o verniz e fica assim. Passado uma semana ou duas chega o calor (mas que calor) e uma mulher fica assim sem saber o que vestir e o que calçar. Só ralações.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Blogue

De há uns tempos para cá que tenho um exercício, nisto do blogue. Sempre que começa um mês, vou ao histórico e leio o que escrevi nesse mês nos anos anteriores (e já lá vão sete). Gosto de me relembrar dessas fases, do que fazia, sobre o que pensava e qual o meu estado de espírito. Assim como gosto de ler os comentários que me deixavam. Enfim, acabo por recordar momentos que já passaram. Umas vezes sorrio, outras fico surpreendida, por vezes envergonhada, mas também emocionada. Apercebo-me do quanto isto da blogosfera mudou, da partilha e da troca de experiências que se perdeu. Questiono-me sobre onde andarão e como estarão as pessoas que me liam e que comentavam por aqui, e que acabaram por "desaparecer" destas lides. Apesar de todas as mudanças, continuo a gostar disto dos blogues e enquanto assim for, por cá andarei.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ontem

Ontem fui levar o João, buscar o João, levar o João, buscar o João, levar o João buscar o João (três vezes, portanto).
Ontem aspirei a casa, lavei o chão, mudei os lençóis.
Ontem lavei uma máquina de roupa, estendi-a, apanhei-a, dobrei-a muito bem (este é o meu método para não engomar) e arrumei-a toda.
Ontem fiz sopa, fiz o almoço e o jantar.
Ontem adiantei o trabalho que tem que ser entregue até domingo.
E foi isto.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A saga está de volta ( e ainda só passaram duas semanas)

Começo por referir que moro no campo e que nos meses de setembro e outubro circulam pelo caminho que liga a minha casa à escola, muitos tratores. Se se dá o caso de apanhar algum na hora de ir para a escola, é certo que nos atrasamos. Os estafermos andam a vinte à hora e não dá para os ultrapassar (curvas e contracurvas). Foi o que sucedeu ontem e hoje. E claro que a minha cria chegou atrasada. Mas atenção, cinco a seis minutos no máximo. E o que é que sucedeu? Segundo o meu filho, assim que entrou na sala a professora informou-o que tinha perdido 5 minutos da aula e de seguida fez uma representação do que ela achou que foi o motivo. Pois que ele tinha estado a despedir-se da mãe aos beijos e abraços e com muitos acenos também. Tudo isto, contou-me ele, acompanhado de gestos, e com a "colaboração" de uma colega da sala, com quem a professora "contracenou". Definitivamente a senhora é mal formada e está mais que visto que, a começarmos assim, isto promete.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Há coisas que me enervam

Esta história das famílias numerosas mexe-me um bocado dos nervos. Há uns anos atrás eram os pobres que tinham muitos filhos, hoje em dia são os ricos. Quando eram os pobres propagava-se o planeamento familiar, incentivava-se a terem menos filhos. Agora que são os ricos, só se fala de apoios, benefícios fiscais e descontos. Enerva-me pronto.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mini autonomia

Estas férias marcaram algumas mudanças por aqui. Refiro-me ao meu filho (que no resto é vira o disco e toca o mesmo). Aqui onde moramos formou-se um grupo de miúdos, todos à volta da mesma idade que, este verão, decidiram andar de bicicleta. Detalhe: quer os mais miúdos, quer os mais graúdos já não usam as chamadas rodinhas. E aqui entra o drama, o horror e a tragédia. Os miúdos vinham cá chamar o João e, apesar de o incentivarmos a ir, recusava sempre. Só passado uns dias é que eu (dahh) percebi que a recusa se devia a ele ainda ter as famosas rodinhas. O pai retirou-as e lá começamos as aulas de bicicleta. Escusado será dizer que, com as nossas indicações, a coisa estava difícil e que, assim do nada e sem estarmos à espera, nos apareceu à frente a andar de bicicleta e, note-se o detalhe, só com uma mão....Foi para ele uma felicidade enorme e este passo trouxe a reboque outra mudança, o miúdo vai para o parque jogar a bola e brincar com os amigos sozinho (calma, o parque é dentro do condomínio). Sai de casa, pega na bicicleta e lá vai ele. Antes teve que ter uma pequena formaçãozinha, não pode entrar na casa de ninguém e se os miúdos começarem a fazer disparates (brincadeiras parvas, como eu lhe chamo) ele tem que virar costas e voltar para casa. E assim caminhamos a passos pequenos para a sua autonomia (buááááá´).

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Papoila (ou Violeta)

Eu queria aqui contar que ouvi o Pedro Santana Lopes na Correio da Manha TV a dissertar sobre o fenómeno da papoila e das filas para comprar bilhetes para o espetáculo da papoila, mas depois vocês ficavam a pensar que sou uma espetadora assídua daquele canal e lá se ia a minha reputação.

Mas papoila é lindo, o que eu me ri (claro que o jornalista acabou por o corrigir)!

Matemática

Ontem o meu filho trouxe uma ficha de matemática para acabar de fazer. Quando olhei para aquilo ia tendo uma síncope. Relacionava-se com pontos equidistantes e simetrias. Demorei a entrar naquilo (e sim tive que recorrer à ajuda do pai, que não se encontrava cá, benditas novas tecnologias, skypes e afins) e à noite dei uma vista de olho no resto do livro. Acabei por compreender porque que é que os putos acabam por fugir a sete pés da matemática. Note-se que eu gosto muito de matemática.
É uma pena e irá de certeza ter consequências para o país. Analisando as entradas ao ensino superior verifica-se que as áreas de ciências, engenharias e afins (excetuando as habituais medicinas, enfermagens, farmácias, etc) ficaram muito aquém de preencherem as vagas de acesso, contrariamente às outras áreas. Muitos referem que tem a ver com a falta de emprego mas se formos analisar com atenção, o que as distingue é o fato da matemática não ser a disciplina obrigatória para o acesso aos cursos. Devia dar que pensar.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vou contar um segredo (muito baixinho não venha aí a proteção de menores ou outra entidade do género que eu agora não estou a ver bem qual)

Apesar de logo no início de Julho ter comprado um daqueles livros de preparação para a escola (qualquer coisa como "eu vou para o 3º ano"), o meu filho, estas férias não fez rigorosamente nada, nem uma ficha, nem uma cópia, nem uma conta, nada. Bem, leu uns livros, umas histórias e um jornal de uma seita qualquer que encontrou num parque infantil (e como isto dava um belo post, a ver vamos se me lembro). Já não é mau, pois não? ou será que eu mereço umas belas chicotadas?

Primeiro dia

Ontem, assim que acordou começou a choramingar, que tinha sono, que ia adormecer na escola enfim, uma série de argumentos numa tentativa (vã) de me demover a levá-lo. Á medida que o tempo foi passando lá se acalmou (e conformou) e foi sem dramas que entrámos na escola. Nós, e mais cinquenta mil pais e crianças (como eu detesto estas confusões dos primeiros dias de escola). Ao fim do dia, quando o fui buscar contou-me que tinha sido um bom dia de escola. Assim está bem.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Recomeçar

Vamos lá então retomar isto, que já esteve parado demasiado tempo. Sempre que ocorrem estas paragens questiono a continuação, o que tenho eu a dizer depois de tanto tempo? mas não, não quero abandonar, pelo que cá estou eu. Já não estou de férias, felizmente vou tendo trabalho, mas a incerteza é mais que muita. O meu filho ainda está de férias e estes últimos dias têm sido uma animação pegada. Está notoriamente a "queimar os últimos cartuchos". Não está com grande vontade de retomar a escola, mas contra fatos não há argumentos e na segunda lá estará. Eu, confesso, que apesar de precisar de o ter ocupado (o trabalho atrasa-se um bocadinho) também não estou com grande vontade de retomar as rotinas escolares. Mas enfim, só custam os primeiros dias, depois entra-se em velocidade cruzeiro, pelo menos, assim o espero.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

E por falar em leituras

Os livros que me têm acompanhado no último ano. Já vou a meio do 3º volume.



Breves

Estou desde segunda numa espécie de férias. O trabalho que tinha em mão foi entregue e, se tudo correr bem, em setembro terei mais. Está tudo ainda muito difuso e confuso, mas a luz ao fundo do túnel continua lá.
Sabe-me bem este não fazer nada, ou melhor, este não pensar em nada. Vendo bem, já não estava assim desde 2011. Ainda não fiz nada de relevante, nem piscina, nem praia, nem grandes passeios, mas também o tempo não tem ajudado. Prova desde verão estranho, é ter o meu filho com ranho e tosse, há mais de uma semana.
Não tenho grandes planos para este mês, espero acabar o livro que estou a ler e começar outro, quero descansar, destralhar umas coisas aqui por casa e, se possível, ir à praia (tenho mesmo saudades). Irei ainda à terrinha passar uns dias, e assim se passará este mês.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Estou possessa (que é para não dizer um palavrão)

Tal como aqui referi, em Maio encerrei a atividade. Na altura, e como o interface da AT deixou, fechei com data de 31 de Março, longe de imaginar que estava a entrar em incumprimento e que dai adviria uma coima. Coima essa que chegou, via ctt, no dia 5 de junho. O valor foi de 37,50 euros. Fiquei chateada, é certo, mas vi o outro lado da questão: mais vale uma coima de 37.50 do que pagar mais três meses à SS (140 euros). O único problema é que nesse mês as finanças aqui por casa estavam mesmo um caos e 37 euros faziam diferença. Fiz as contas aos dias e paguei no dia 23 de Junho, data em que o marido recebeu o vencimento. Esta quarta abro o email e lá estava mais uma notificação via ctt. Abri, e qual não é o meu espanto quando vejo que é outra coima sobre o mesmo tema (fecho da atividade) e no valor de......300 euros. Ontem reuni a papelada e lá fui à repartição das finanças aqui da terra. Moral da história, paguei dentro de 15 dias úteis e não dentro de 15 dias como estava na notificação. Juro que não reparei nos 15 dias (não úteis), parti do princípio que eram úteis e assim fiz as contas. Como é que posso aqui expressar a minha indignação, naquilo que eu considero ser um roubo descarado à minha carteira? eu tenho uma coima de 300 euros, não são 30, nem 50, nem 100, são 300 euros, porque em vez de ter pago no dia 20 (data limite dos 15 dias), paguei e repito, PAGUEI, três dias depois. Sai daquela repartição completamente revoltada, com aquela sensação estranha de ser maltratada pelos meus, por aqueles que me deviam proteger, não sei se me consigo fazer entender? Falo muitas vezes que este país é uma treta, que devíamos emigrar, mas ontem senti mesmo que sair daqui é a coisa mais sensata que alguém de bem, pode e deve fazer, porque este pais já não serve a ninguém, a não ser aos corruptos, desonestos e xicos espertos que por ai andam.

terça-feira, 22 de julho de 2014

National Geografic (não tendo mais assunto...)

Noticias BBC Vida Selvagem:
Ao terceiro dia o gato da vizinhança entrou-me em casa e "cagou-me" o quarto todo.
O cão até está calado o dia todo mas à noite ladra como se estivesse possuído.
O cocó feito pelo cão nestes três dias ainda lá está, rodeado de moscas, como se quer (visão da minha varanda).
Haja paciência!!!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vizinhança

Após 11 meses de descanso depois da saída das minhas vizinhas, eis que a casa foi novamente ocupada. E então Mariah que tal a nova vizinhança? Ainda só posso dizer que o pack veio completo, pai, mãe, filho (aparentemente, da idade do meu), bebé, cão e gato. Aguardo a chegada do periquito e quiçá, do hamster.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sinto-lhe a falta

Sei que o que vou escrever pode ser injusto para as mães que trabalham fora de casa e só conseguem no máximo 3 semanas seguidas de férias, mas hoje, no decorrer da quarta semana de colónia do meu filho, acho que já basta, preciso de o ter perto de mim, 24 horas, dias e dias seguidos. Ontem dei por mim a pensar que já é demais, está "longe" de mim desde setembro do ano passado, mês do início das aulas (fora as pausas para férias). No fim desta semana acaba a colónia, que inicialmente começou por ser de duas semanas, depois mais uma, e por fim, a pedido dele, acabou por ser de quatro. A partir de sábado ficará em casa connosco até ao início das aulas. Sinto-lhe mesmo a falta, de acordarmos sem despertador, tomarmos o pequeno almoço nas calmas, aninharmos-mos no sofá a ver televisão até o pai acordar, de irmos à praia e à piscina quando nos apetecer, em suma, de estarmos em família. Vou ter trabalho de certeza, mas nada que a play station ou a tia não ajudem. Vão ser quase dois meses, sei que irei ter momentos em que vou desejar o início da escola e a retoma das rotinas, mas também sei que preciso muito de o ter pertinho de mim.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sou sou eu a achar os quadros de mérito uma parvoíce?

Ontem fui ao site da escola do meu filho a fim de confirmar os livros que serão adotados no próximo ano letivo, quando me deparei com um link que me conduzia ao chamado quadro de mérito. Cliquei e fiquei parva, não porque o meu filho não constava dele (snif snif), mas porque um dos item que é avaliado é o das "atitudes e valores". Ora se eu já achava esta história dos quadros de mérito uma treta pegada agora ainda acho mais. Avaliar e acima de tudo, premiar, atitudes e valores, francamente é estúpido demais.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Da (falta) educação

Neste ano letivo acabei por não ir nenhuma vez à escolinha onde o meu filho andou. No 1º ano ia lá todos os dias pois ao não ter as AEC acabei por inscreve-lo no ATL. Este ano, teve AEC e só lá ía almoçar algumas vezes por semana. Agora que está na colónia, retomei as minhas idas diárias lá e o que constato? O que na altura já constatava, a dificuldade que alguns pais têm em cumprimentar os outros quando se cruzam, ou à entrada ou à saída. Se há coisa que me irrita é ter um "bom dia" ou uma "boa tarde" sem resposta. Mas o que me tira realmente do sério é não ter um "bom dia de resposta" e não ter um "obrigada" ao estar, educadamente, a segurar a porta porque alguém vem mesmo atrás de mim (aconteceu hoje). Custa assim tanto?

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Balanço após três semanas de colónia no ATL

O meu filho tem chegado a casa irreconhecível, parado, cansado e mais calado. Adormece, no máximo, em cinco minutos. Concluo assim, que a escola não cansa rigorosamente nada.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Hoje

estive para deixar aqui um post sobre a apreensão com que hoje deixei o meu filho no ATL, sabendo que andaria de autocarro e estaria numa piscina. Mas depois desisti. Uma volta na blogosfera e sentimentos contraditórios se apoderaram de mim. Li post sentidos sobre a tremenda dor de se perder um filho, mas perguntei-me sempre do porquê deste destaque se todos os dias no mundo, mães e pais ficam sem os filhos. Obviamente que a resposta é por se tratar de uma figura conhecida. Tudo bem. Eu pessoalmente não me sinto confortável em escrever um post sobre o assunto nem nos termos em que pensei. À medida que o dia foi passando foram aparecendo post de condenação aos que foram escritos em homenagem. Referem aqueles que esta mediatização faz com que todos comentemos o que se passou sem termos em conta os sentimentos de quem está a passar pelas situações. Que são situações demasiado pessoais para todos estarmos a comentar. Concordo com esta perspetiva, mas a pergunta que eu deixo é, a ser assim (e eu acho que assim é que deveria ser), para que foi aquela abertura do jornal da TVI de ontem?

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mãe sofre

Manhãs típicas de uma família "normal": Ó João despacha-te senão a mãe vai chegar atrasada ao trabalho!!!
Manhãs típicas cá em casa: " mamã, já são 8h30, despacha-te senão chego atrasado à escola!!!"
Agora que é o ATL a coisa anda mais calminha, porque em tempo de aulas é marcação cerrada, chega até a enganar-me nas horas (diz que é mais tarde do que é realmente), só para eu me despachar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Das coisas boas da vida

Acho que já tinha referido que nós (casal) somos assim  a modos que uns bichos do mato. Raramente convivemos com outras pessoas (mais ele do que eu) e raramente recebemos pessoas em casa. Duas amigas minhas muito queridas autoconvidaram-se (termo delas) para virem jantar cá a casa. E ontem cá estiveram e foi tão, mas tão agradável. Quer-me parecer que este foi o pontapé de saída para outras ramboias cá por casa.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Percebes que andas mesmo mal de dinheiro

Quando nos últimos dias, as páginas mais visitadas na internet são a Autoridade Tributária e a CGD.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Teatro

No sábado foi a apresentação da peça do final do curso de teatro que o meu filho frequentou. Tal como a professora referiu antes do espetáculo, este curso não teve como objetivo a formação de atores, mas mais de os ajudar a serem atores da vida. Inscrevi o meu filho neste curso por achar que seria uma mais valia no sentido de o ajudar nos problemas de autoestima que ele foi revelando. No fim, o balanço foi mais que positivo. Claro que os problemas de autoestima não ficaram completamente resolvidos, mas o meu filho foi feliz. Não houve uma única vez que me dissesse que não queria ir, foi todas as semanas, com temporal, com febre, com frio, com indisposição, com cansaço, mas foi sempre. O espetáculo correu muito bem, adorei vê-lo (obviamente!) e acho que esteve como peixe dentro de água. E no fim, ficámos de boca aberta quando da plateia ouvimos de outros familiares (que não sabiam que éramos os pais dele) dizerem que o meu filho tinha sido o melhor. Não sei, não consigo fazer essa avaliação, o que me deixou assim, com uma lágrima ao canto do olho, foi ver a expressão de felicidade estampada no rosto dele.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Fim do Ano

Hoje é o último dia de escola. Vai passar para o 3º ano (longo suspiro). Este ano não há festarola com os pais, pelo que vai lá passar o dia todo. Eu, que me queixo sempre das festas, este ano fiquei tristinha, afinal até queria ramboia.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dele

Apanhei-o pensativo, com um ar tristonho e perguntei-lhe o que tinha. A resposta foi esta, assim, tal e qual:
Estou a pensar que faltam dois dias para as férias que depois vou para o terceiro ano e isso quer dizer que estamos a ficar mais velhos... (!!!!)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Quanto menos se tem, mais no tiram

Tenho uma conta na CGD há mais de 20 anos. Quando comprámos a casa abrimos outra conta noutro banco onde o meu marido tem o ordenado domiciliado. Tudo o que recebo dos meus trabalho vai normalmente para a conta da caixa. Ora nos últimos meses, dada a minha situação, essa conta tem estado com muito pouco dinheiro e o que tem acontecido deste então? pois que desde Janeiro o banco já me cobrou, de despesas de manutenção, cerca de 28 euros e, a manter-se o saldo assim, no mês que vem serão mais 18 euros. Se juntar a isso a recente aplicação de taxas por cada transferência interbancária que efetuo a partir do netbanking, não me resta outra alternativa que fechar a conta. Chulos pá!!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

E cá estamos de novo (vou tentar ser educada)

Ontem quando o fui buscar à escola disse-me que estava triste,  a professora tinha-se zangado com ele por errar sempre a mesma palavra e que tinha que a escrever 50 vezes. Como não vi nada no caderno achei que teria sido uma ameaça e que ela não esperava que o puto fizesse aquele trabalho. Enganei-me, hoje informou-me que, por não ter feito ontem, teria que fazer, não 50 vezes, mas 100!!! Mas a mulher passa-se? qual a pedagogia desta merda? (não consegui ser educada). Mas pior, o puto começou a choramingar e o que fez a excelentíssima professora? pois que remedou-o (segundo ele, tirou a língua de fora) e disse-lhe "vá chora, chora bebé". O que é que me apetece agora? falar com ela? Não. Mandar-lhe um recado? Não. Dar-lhe um par de estalos? siiiiiim. Se ela me aparecesse à frente espetava-lhe, na hora, com um murro nas trombas. A isto eu chamo humilhação, e se há coisa que abomino é humilhação pública. Estou fora de mim, acreditem, porque esta mulher está a tentar (e não tarda a conseguir) que o meu filho deixe de gostar da escola. Vou respirar fundo e acalmar-me.

Começo a ficar preocupada

Há já algum tempo que noto que ao escrever vou "comendo" palavras. Na minha cabeça as frases saem certinhas, mas depois quando as passo para "o papel" ficam incompletas. Noto isso aqui no blogue mas também no meu trabalho. Nada disto seria preocupante não fosse dar-se o caso de eu reler o que escrevo e não me aperceber da falta das palavras. Um exemplo claro é o título deste post, que hoje corrigi. Passei por ele n vezes li-o e só hoje apercebi que faltava a palavra "vida". Estranho, muito estranho...

7

Imperdoável, eu que gosto tanto de datas e simpatizo com o número 7, esqueci-me de aqui assinalar que no dia 31 de Maio este blogue completou 7 anos de existência.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fechei a atividade

E parece que despertei o monstro adormecido. A notificação da dívida da segurança social chegou hoje.

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias III

Vislumbra-se uma luz ao fundo do túnel. Torçam por mim!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Caso de estudo

Ultimamente o meu filho pergunta-me porque não lhe dou um mano, ou uma mana, que ele já me esclareceu que ficaria feliz em ambas as situações. Fico sem resposta, falo-lhe na minha coluna, na minha idade mas sempre muito esquiva. Ele fica triste, zangado e continua a insistir. Eu fico obviamente triste. Penso muitas vezes no quão só ele ficará quando eu e o pai desaparecermos. A minha irmã não tem filhos, nem os terá, e os sobrinhos do meu marido estão, de certo modo afastados(pela distancia e pela diferença de idades). Gostava de ter mais filhos, disso não tenho dúvidas, mas como em tudo na minha vida, deixei passar a oportunidade, fugi de mim mesma, fugi daquilo que sou e do que sinto, e de repente, e volto a repetir, como em tudo na minha vida, já é tarde demais. Tem sido assim a minha existência, uma negação constante ao que eu sou, e ao que eu quero e um permanente "agora já não é possível". Eu acho que dava um excelente caso de estudo no tema "do que não deve fazer se quiser ser feliz".

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Do meu filho

Há uns dias, durante o percurso da escola até casa, o meu filho teve uma conversa comigo que me deixou pasmada (que é para não dizer inchada de orgulho). Dizia-me ele que alguns amigos mentiam muito e, segundo ele, o faziam para se "fazerem de maiores". Pedi-lhe para especificar melhor e ele lá me explicou que sempre que ele dizia que tinha um determinado invizimal o D. respondia-lhe sempre que também tinha essa carta e que até possuía a evolução completa (linguagem de colecionadores de cartas invizimal). Contou-me que nesse dia o tinha apanhado na mentira e que tinha sido muito fácil.  "Inventei um nome invizimal, e ele disse logo que tinha a evolução completa."
Aparentemente nada disto tem importância, mas para mim teve muito significado, naquele momento apercebi-me que o meu filho, este ser ainda tão pequenino, já vai compreendendo o que motiva os outros nos seus comportamentos e acho que essa perceção é muito importante para ele, agora e no futuro.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Escrita

Gostava de usar este espaço para tirar cá para fora todos os fantasmas que me assolam. Gostava que ele servisse de escape, que eu chegasse aqui, e com meia dúzia de fases deitasse cá para fora aquilo que não consigo, ou não quero, ou não posso, ou não devo, verbalizar. Mas não me é fácil. A minha escrita é crua, demasiado direta, como aquela que utilizo nos relatórios que elaboro no exercício da minha profissão e não sei escrever de outro modo. Escrever assim sobre sentimentos é perigoso e expor-me-ia mais do que quero e devo, pelo que me remeto ao silêncio, remoendo tudo o que tenho cá dentro.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias II

Onze anos depois, encerrei a minha atividade. Agora tenho que pensar no que vou fazer a seguir.

Esquecimentos

Hoje espera-me um final de dia jeitoso. Ontem os TPC eram do Caderno de Atividades de Língua Portuguesa mas assim que abro a mochila descubro que o mesmo ficou na escola. Um drama, minhas amigas, um drama. Virou a mochila de pernas para o ar, não estaria eu a ver mal, "panicou" e só sossegou quando me viu escrever um recado à professora. Por isso, logo, não serão só os trabalhos de hoje mas também os de ontem.  Paciência, muita paciência.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias I

Estou sem receber há meses mas, porque sou parva e porque fiquei na expetativa de que me pagassem, mantive a atividade aberta. Mantendo a atividade aberta tenho que pagar segurança social todos os meses, coisa que não faço desde Novembro, lá está, porque não tenho dinheiro para o fazer. Pelo que estou sem trabalho, sem dinheiro e com (mais) uma dívida à SS que não estou a ver bem com me vou livrar dela. Portanto acho que o passo seguinte é mesmo fechar a atividade. Alguém por acaso sabe que consequências advêm de este ato, isto é, fico isenta de pagar as próximas prestações da SS ou não é bem assim?  E se me surgir outro trabalho posso reabrir a atividade sem problemas, ou é um cabo de trabalhos? Tenho que esclarecer isto o mais rápido possível.

Vamos lá ver se eu arrumo as ideias

Nesta altura posso considerar que me encontro sem trabalho. Considero isso porque nada tenho para fazer. Encontro-me sem trabalho mas ainda não fui dispensada oficialmente. Mas atendendo que tenho uma avença (nada escrito, é um fato) mensal e que não recebo um cêntimo desde Novembro do ano passado (minto, recebi em fevereiro para pagar o IVA de um recibo que passei do qual não vi um tusto), acho que realmente estou desempregada. Ainda trabalhei até Abril passado, conclui um trabalho de alguma dimensão mas, findo o mês achei que continuar a fazer fosse o que fosse sem estar a receber, nem ter perspetivas disso, não era lá muito inteligente. A modos que, considero que estou sem trabalho.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mais valia estar calada

Hoje deixei dois comentários, um na Tella e o outro na Raquel, a dizer que a loucura das pulseiras de plástico ainda não tinha chegado cá a casa. Pois não tinha, não tinha até hoje. Assim que chegou da escola, informou-me que também gostava de ter uma pulseira "daquelas que todos os meninos têm".

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O jardim que não o é

A minha maison tem um pequeno quintal. Não, quintal não, que é à pobre, tem um pequeno jardim, assim está melhor. Há quase oito anos que o dito está ao abandono. Começámos por ter um relvado mas, por falta de manutenção, rapidamente deixou de o ser. Por isso, há sensivelmente 7 anos que temos um bocado de terra cheia de ervas daninhas, pois todas as ideias que temos para o espaço custam dinheiro e, como já se percebeu, dinheiro é coisa que não abunda por estes lados. De maneira que, temos um garden sim senhora, mas não usufruímos dele. Mas todos os anos, por esta altura, lá vou eu feita dona de casa perfeita arrancar as ervas daninhas e outras porcarias que, por culpa das chuvas, vão aparecendo. Hoje foi o dia. Resultado, dores violentas nas costas, calos nas mãos e este triste espetáculo:

O vasinho já teve umas flores lindas vindas do jardim da minha mãe (esse sim, um belíssimo jardim) mas houve alguém que não fez os furos por baixo e as flores, obviamente morreram afogadas.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A minha vida social é mesmo miserável

A minha mana não tem conta no facebook, porque não acha piada, porque é puro exibicionismo e porque não tem paciência para estas coisas. Recentemente fiquei amiga de duas amigas dela. Eis que descubro que a minha mana não tem facebook, mas tem mais fotos dela publicadas do que eu.

Eu aturo cada uma....

Entre outras coisas, tive que prescindir da mulher a dias. Agora a limpeza é feita por mim, que tenho bom corpinho (tirando a coluna, mas enfim...) e, a bem dizer, a coisa nem tem corrido mal (é um chavão, mas ninguém limpa a nossa casa, melhor do que nós, eu confirmo). A senhora que vinha cá, faz limpezas noutras casas aqui à volta, nomeadamente na casa em frente à minha. Hoje, depois de eu ter estado a limpar a porta de entrada recebo o seguinte sms: "fiquei muito triste por vê-la a limpar a porta". Ainda não respondi, faltam-me as palavras (educadas, por sinal).

segunda-feira, 5 de maio de 2014

E no dia da mãe

Recebi um diploma:



A reter:
Sou magra (rico filho da mamã)
Sou chata (rico filho da mamã ainda não viste nada)
Sou rápida e irrequieta (mamã versão Speedy Gongalez)
Sim, a letra continua...como dizer... irregular.

Vidinha de remediada

A situação financeira desta família está tão má, que este ano, contrariamente aos outros em que deixo para o último dia, decidi entregar a declaração do IRS logo no início do prazo a ver se o reembolso chega depressinha. Ontem juntei a papelada, fiz as contas e hoje preenchi a declaração. Estou há duas horas a tentar submeter a dita mas o site da AT não está a funcionar. Incompetentes!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Está um crescido

Aqui onde moro existem dois parques infantis e áreas de lazer para a criançada. Apesar de isto ser "fechado" sempre me insurgi com os pais que deixavam as suas crias irem sozinhas brincar para os parques, pois a verdade é que não conhecemos a maioria das pessoas que aqui habitam. Mas ontem, depois de muitos pedidos (muitos mesmo), lá deixei o meu filho ir com o vizinho para o parque. Fiquei à espreita pela janela da cozinha, sempre no controlo, mas para ele foi uma felicidade.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A vida não para I

E o que fizeste tu Mariah nos últimos, quase, dois meses que passaram?
Pois que trabalhei muito. Praguejei muito. Empobreci e endividei-me mais. Ainda continuo sem receber um tostão do meu trabalho. Praguejei muito. Mandei muitos currículos. Limpei a casa tive que dispensar a mulher a dias, claro. Praguejei muito. Fui à santa terrinha visitar a família e engordei! Praguejei muito. Passeei muito com o meu filho e, entre outros locais, visitámos o arco da Rua Augusta, o Castelo de São Jorge, caro cumó raio, bebemos um café no Hard Rock, caro cumó raio e neste fim de semana fomos à exposição da Lego, cara cumó raio, tendo em conta o que era.
Agora as fotos:
Arco da Rua Augusta

Castelo de São Jorge

Castelo de São Jorge

Hard Rock Café

Casa da Avó
Exposição Lego

terça-feira, 29 de abril de 2014

A vida não pára

Como diz a musica abaixo, a vida não para. Não deixa de ser contraditório que por um lado eu sinta que a minha se encontra parada, em compasso de espera, mas que por outro eu me surpreenda que o calendário me indique que estamos quase a meio do ano. Chateia-me levar a vida desta forma, ao sabor do vento, com os dias sempre iguais. Condeno-me por não aproveitar cada momento como se fosse o último. Sinto que me encontro numa altura de viragem na minha vida, o problema é não saber para lado é que me devo virar.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paciência

Venho só limpar as teias de aranha que por aqui se formaram. Não abandonei o blogue, não tenho tido vontade de escrever, é só isso. Quando a vida anda para trás, quando se olha para frente e pouca luz se vê, quando os dias passam e parece que não saímos do mesmo sítio, tipo hamster na sua gaiola, pouco ou nada há para contar.

sexta-feira, 7 de março de 2014

43

Dei por mim a pensar se não estaria na idade de me reformar do blogue. Arrumar as chuteiras e partir para outra. Leio diversos blogues e lembro-me de muitos, hoje faço 24 anos, hoje faço 35 anos, hoje faço 33 anos, hoje faço 29 anos e por aí fora, agora hoje faço 43 anos, na na, não me lembro de ver. Pelo que presumo que sou um dinossauro nestas andanças e que porventura haverá limite de idade. Vou pensar no assunto, até lá, fiquem a saber que hoje faço 43 anos!!! Ui que até dói escrever este número.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Das coisas parvas que nos acontecem (e de como ontem ía dando um murro a alguém)

O meu filho lindo tem o chamado pé chato (como eu gosto desta expressão) e por ser assim, caminha com os pés para dentro. É um problema que dura há muito tempo e nada do que fomos fazendo atenuou, muito pelo contrário, ele está cada dia pior. Pois que decidimos resolver a questão de outro modo e ontem foi o dia de mandar fazer umas palmilhas a ver se a coisa melhora. Lá fomos, eu e ele, aproveitando a pausa do Carnaval, à uma ortopédica que fica ali para os lados do Rato. E já que estava sol aproveitámos e fomos passear até ao Príncipe Real. Entrámos numa papelaria/tabacaria que fica MESMO EM FRENTE AO JARDIM, ALI AO LADO DA CGD, estão a ver? Enquanto eu fazia a minha compra, filho lindo ficou a ver postais, encontrou um que gostou e veio-me mostrar. Enquanto eu pagava ele estava ao meu lado e, sei agora, que "escondia" outro postal, alusivo ao meu aniversário,  para que eu visse assim que acabasse a compra. Ora estava eu a pagar quando se aproxima a senhora da tabacaria, tira o postal das mãos do meu filho e já de costas, resmunga um "ele estava a esconder". Eu, sem reação e ainda a tentar perceber o que se estava a passar, apenas disse "não estava nada!" a mulher insistiu que sim, que estava a ver bem. Filho lindo, quase a chorar, explicou-me que tinha o postal para me mostrar, pois tinha "uma mamã que fazia anos". Saí de dali o mais rápido possível antes que espetasse um murro na cara da mulher (fiquei mesmo desorientada) e jurei nunca mais lá entrar. Como não dei um murro a ninguém e como ainda fervo cada vez que penso na cena, deixo o apelo: não entrem na tabacaria que fica MESMO EM FRENTE AO JARDIM DO PRÍNCIPE REAL, ALI AO LADO DA CGD. Ah, já me sinto melhor.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval

Hoje a caminho da escola fui dizendo ao João aquilo que achava que íamos ver no desfile de Carnaval. Comecei por dizer que seriam 350 homens aranhas, 256 super homens, 654 princesas, 122 sevilhanas, 354 toureiros, 245 ninjas, e por aí fora. Ele também foi dando ideias e, assim que nos aproximámos do portão olhámos um para o outro e nem dissemos nada, os nossos palpites estavam certos. No desfile apercebo-me que decidiu partilhar com a colega do lado o nosso exercício matinal e assim que me aproximei deles começaram os dois a nomear-me os disfarces mais originais, como por exemplo, um menino disfarçado de galo de Barcelos (que estava o máximo, diga-se). E assim passámos o desfile a ver não os "cromos" repetidos mas os exemplares únicos.
Disfarçado de polícia super herói ou lá o que era...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Rir para não chorar

Quando tudo já anda a correr mal eis que tudo... começa a piorar. O carro do homem cá de casa está com uma avaria cuja reparação ronda os 600 euros (se correr bem, porque se correr mal, poderá ser ainda mais). Pareço uma louca, porque desde que ouvi a boa nova e sempre que penso no assunto, desato-me a rir sem parar. Para quando um pouquito de paz, hum universo? para quando?

A uma semana de fazer anos

Lembro-me de quando era pequena de fazer as contas para saber que idade teria no ano 2000. Era assim um ano emblemático, longínquo e sabe-se lá o porquê, eu constatava fascinada que teria 29 anos. Lembro-me de me questionar de como estaria e de como seria nessa idade. Devia ter muitos sonhos, eu sempre fui uma sonhadora. Aos 29 fiquei desempregada. Casei no primeiro dia da primavera e filhos não faziam parte dos meus planos. Aos 29 detetaram-me um carcinoma (em estado avançado) no colo do útero e pensei que podia morrer.
Morava numa zona lindíssima à beira mar e pouco ou nada aproveitava desse local. Aos 29 entrei numa depressão profunda, uma saída injusta e inesperada de um emprego que eu adorava, deixou-me numa tristeza sem fim. Cansada de me ver assim recorri a uma psicóloga e iniciei uma psicoterapia que se prolongou por muitos (demasiados) anos. Aos 29 ainda tinha sonhos, mas sonhava de um modo diferente, já sem aquela esperança e aquela inocência de quando somos crianças em que tudo parece possível.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Disgrafia

Sem saber bem como ajudar o meu filhote na saga da caligrafia eis que vou ao Google e faço uma pesquisa. Vou parar de imediato a uma denominada dificuldade de aprendizagem específica que é a Disgrafia. Começo a ler sobre o assunto e acho que o meu filho se encaixa perfeitamente nas características que lhe são inerentes: letra mal desenhada, deficiente ligação entre letras, má postura, forma deficiente de segurar os lápis... enfim, não sou psicóloga, mas lendo o que li e vendo o meu filho, parece-me que que há qualquer coisa. Para já vou tentar em casa fazer alguns exercícios que fui buscar à net. Já falei com a professora para que substitua os reforços negativos que a têm acompanhado por outros mais positivos e a ver vamos o que consigo. Se houver por aí alguém que saiba mais sobre o assunto, que partilhe aqui comigo, se faz favor.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Agora sou eu

Estou com uma brutal faringite e se digo brutal é porque é mesmo má. Engolir a saliva é um tormento, comer uma missão impossível e falar é mesmo muito difícil. Já estou a antibiótico e antinflamatório a ver se passa depressa.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Não me lembro de um título

Isto de viver (ou será mais conviver) é muito cansativo. Não sei se é por estar tanto tempo sozinha, se é da idade, mas cada vez tenho menos paciência para as pessoas. E, não sei se o defeito é meu, mas ultimamente as conversas que tenho com outras pessoas são de um imenso e infindável monólogo. Falam, falam e não ouvem o que digo, nota-se que enquanto falo o(a) meu interlocutor já está a pensar no que me vai dizer a seguir. Antes ainda tentava, falava por cima, repetia o que tinha dito, mas depois reparei que era mesmo muito cansativo e que as palavras (minhas e dos outros) se atropelavam umas nas outras.  Agora ouço mais do que falo, sou uma fantástica ouvinte, disso não há dúvidas.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Fartinha desta chuva

Ontem assim que saí de casa avistei uma mancha de óleo no chão vinda do meu carro. Uma enxurrada de vernáculos de seguida e lá vou eu para a oficina (a rezar a todos os santinhos para que a despesa não fosse alta). Afinal era só um parafuso, ou lá o que era, mal apertado. E pronto, isto foi o mais emocionante que se passou esta semana (isto e p... da chuva que não me deixa secar a roupa).

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Philip Seymour Hoffman

Há uns bons anos atrás quando o filme Magnólia estreou nos cinemas fui ver. Como acontecia muitas vezes, fui sozinha. Adorei o filme e não descansei enquanto não convenci o meu marido a ir ver também. E já que ele foi, eu fui com ele. Depois foi a minha mana, falei tanto do filme que ela lá foi também e... eu com ela. Sempre que passou na televisão, ah e tal eu já vi, oh mas deixa-me lá ver esta cena que é muito gira... Resumindo acho que já vi o filme umas boas 8 vezes. Gosto do filme pelo argumento, pela realização, pela banda sonora mas sobretudo pelas fabulosas interpretações. Na altura destacava-se o Tom Cruise, sem dúvida num registo completamente diferente e sem dúvida uma das melhores interpretações dele. Mas quem me encheu as medidas, quem me deixou boquiaberta foi o Philip Seymour Hoffman. A partir daí passei a seguir o que foi fazendo (nomeadamente nos filmes do Paul Thomas Anderson) e nunca me desiludiu. Tenho muita pena de não o voltar a ver no cinema.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Nem me reconheço

Anda por aí (é mais aqui na blogosfera) uma onda de positivismo e alimentação saudável e detox e bagas gogi e sementes de linhaça e exercício físico (principalmente corridas) que me anda a cansar. Anda-me a cansar mas também me desperta a curiosidade, pelo que dei por mim a pesquisar sobre os assuntos. E se algumas coisas eu chuto para o lado, como começar a correr por exemplo (é que nem pensar, para além da minha coluna não permitir) há outras que eu pondero experimentar. Resultado: ontem comecei o dia com o sumo de laranja com um bocadito de gengibre e sumo de limão e ao meio da manhã bebi um sumo com maça, cenoura, espinafres e kiwi. Que dizer?... bebeu-se, contrariamente ao que pensava não detestei, mas isso de ficar saciada é que não. Que bem que soube a minha carcaça com requeijão logo a seguir.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O admirável mundo novo da escola primária

Identifiquei-me totalmente com este post. A entrada na escola primária trouxe questões que até aí não se colocavam,  que se prendem com a (não) autonomia do meu filho na realização de determinadas tarefas. Lembro-me de, no infantário, a educadora me "dar na cabeça" por o João ainda não saber abrir o botão das calças e por ainda precisar que lhe limpassem o rabito. Que ele ia para a escola e depois não tinha ninguém para o ajudar, que isso era importante para a autonomia dele, etc etc etc. Confesso que encolhi os ombros e pensei qualquer coisa como, "logo se vê". Claro que chegámos à escola e apercebi-me que não era só o botão das calças, eram os atacadores, eram os pacotes de sumo ou de leite, eram as embalagens de bolachas ou bolinhos fechados. Enfim, um cem número de novas situações para as quais eu não estava (e ele também não) preparada. E o que fiz eu? Ensinei-o intensivamente nestas e noutras tarefas? Não, não o fiz. Ainda tentei que ele se ajeitasse com os botões mas foi "sol de pouca dura". Como acho que estas coisas acontecem com o tempo sem forçar e sem dramas, optei pelo caminho mais fácil: os sapatos não têm atacadores, são de velcro e siga. As calças ou são de elástico ou, sendo folgadas, consegue perfeitamente baixa-las sem necessitar de desapertar o botão. Inicialmente mandava-lhe os pacotes dos lanches semi abertos, agora como já os consegue abrir, lá está ele acabam por aprender, já vão fechados. E assim temos andado. Lembro-me que a única vez que lhe mandei uns ténis de atacadores ele apareceu-me com eles soltos e, segundo me disse, andou assim todo dia. Perguntei-lhe porque não pediu ajuda e embora não tenha sido explícito, deu para perceber que teve vergonha. Vergonha não de pedir ajuda mas de mostrar que ainda precisava de ajuda. Desde esse dia que deixei-me de tretas e facilito-lhe a vida.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mais um desabafo, que eu bem preciso e faz bem à alma (da saga: o meu filho na escola)

Já tinha desconfiado, mas julguei sempre que estava a fazer grandes filmes e que estaria a ser injusta. Desvalorizei. Há uns dias encontrei uma mãe de um menino da sala do meu filho e estivemos a conversar. Perguntei-lhe como se estava a dar o filho com a esta professora(como no ano passado ficou retido no segundo ano, foi integrado na turma do João). E o que eu ouvi da senhora veio ao encontro das minhas suspeitas. A professora quando os pais manifestam algum desagrado/preocupação/reclamação junto dela, durante algum tempo, "toma os miúdos de ponta".
No final do período passado tive que falar com a professora devido a uma situação de um colega da turma do meu filho que sempre que era contrariado, chamava o irmão mais velho e os amigos para "arrearem" nele. Ora, assim que ouvi miúdo mais velho, passei-me e EDUCADAMENTE falei com a professora. À primeira tudo bem, à segunda tudo bem, mas na terceira abordagem já senti alguma hostilidade por parte da professora, uma espécie de "lá vem esta outra vez chatear".
Nos dias que se seguiram a estes, sucederam-se algumas situações que levaram à minha desconfiança mas, como acima referi, desvalorizei julgando que estava a ser injusta. Ora bem, o João, que até aí estava na fila da frente (por usar óculos), passou para a última fila da sala. Fiquei intrigada mas, como sei que ela os vai mudando de lugar com alguma frequência, tudo bem, vamos ver como corre. A seguir veio um comentário da caderneta a propósito de um comportamento do meu filho que, na minha opinião não tinha grande sentido. Respondi ao recado, da forma mais assertiva possível, falei com ele e a coisa passou. Mas o que realmente me deixou a pulga atrás da orelha foram as informações que chegavam do meu filho: "a professora anda a zangar-se muito comigo", " eu acho que ela já não gosta de mim", "como a minha letra é feia a professora está mais má para mim". Durante alguns dias o puto foi-se queixando. Entretanto chegaram as férias e não mais pensei no assunto.
Esta semana voltámos ao mesmo. Na segunda enquanto jantávamos informou-nos (a choramingar) que ia chumbar o ano (isto é pedagógico???) porque tinha a letra muito feia. Tinha sido a professora que lhe tinha dito. Escusado será dizer que fiquei furiosa (não manifestei a minha fúria perante ele, obviamente).
Ontem disse-me que a professora se tinha zangado com  ele porque não tinha feito todos os trabalhos de casa. Como ele faltou na sexta feira, trouxe uma carrada de trabalhos: os que não fez na sexta durante as aulas, os que ela enviou para o fim de semana e os de segunda. Como habitualmente fazemos quando falta à escola, na segunda ele fez uma grande parte e, deliberadamente, deixámos o restante para fazer durante a semana. Por isso, a que propósito é que ela se foi zangar com o miúdo?
Ontem à hora de almoço, informou-me que a professora "detestava" o lápis que lhe tinha comprado. Bem aqui saltou-me a tampa, são lápis n.º 2 de uma outra marca. Como ele gasta/perde lápis a uma velocidade estonteante, comprei-lhe 10. Agora a mulher detesta-os!! E, mais uma vez, esta semana tem-se queixado que a professora já não gosta dele, que está sempre a zangar-se com ele, que lhe disse que ele e o C. estavam a piorar, que tinha que trabalhar mais depressa...
Enfim este post já vai longo e eu agora estou num dilema: por um lado acho que devo ir ter uma conversinha com ela, tentar perceber o que se passa, mas por outro lado, tenho receio que ainda vá piorar mais a situação. Honestamente, odeio estas coisas, esta "discriminação" sem sentido. Nestas idades (como em todas, aliás) é tão importante que os miúdos se sintam integrados, que sejam tratados da mesma maneira, que não sintam que uns são mais bonitos que os outros. Tenho que pensar muito bem.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Resumo

Filho ficou doente na quinta-feira. Uma pequena gripe, com alguma febre. Na sexta faltou à escola.
Fim de semana mais caseiro, embora no sábado tenhamos ido ao curso de teatro.
A semana que passou e esta que está a começar, sou mãe solteira. O pai tem estado mais tempo fora em trabalho.
Neura, muita neura por aqui. Situações pendentes que não há meio de serem resolvidas.
Continuo sem receber, as minhas dívidas acumulam-se.
Parti a chave da caixa do correio, metade ficou na fechadura. É a segunda vez que me acontece.
As minhas madeixas estão amarelas e odeio-as profundamente. Ando sempre com o cabelo apanhado a ver se as escondo.
Só de pensar na quantidade de trabalho de casa que filho vai trazer hoje, por ter faltado na sexta, até tremo. Avizinha-se um belo fim de dia.
É oficial, filho lindo já conhece todos os palavrões. Abençoada escola.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Hoje, dia em que o marido recebe, estou particularmente agreste

Cada vez que oiço ou leio coisas como "temos que ver o lado bom da crise" só me apetece começar à estalada. Mas qual é esse lado, que eu não consigo vislumbrar? Só se for comer menos carne, pois está mais que visto que carne a mais faz mal à saúde.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Do meu filho

Como já aqui referi a minha irmã está a sobreviver ao desgosto que sofreu no ano passado. Retomou lentamente a vida dela. Em Junho deixou a nossa casa e rumou novamente para a casa onde antes foi feliz, para a casa que está cheia de recordações e cheiros (ainda anda por lá o cheiro do perfume dele). Continua a aparecer por cá, continua a dormir algumas noites aqui, mas a casa dela é a casa dela. Olhando em retrospetiva, e apesar de ter consciência que, quer eu quer o meu marido, lhe demos muita e muita força, reconheço que não fomos nós os únicos responsáveis pela sua "recuperação". Quem, no meio desta tempestade lhe deu mais alento, foi sem dúvida o meu filho. No início, quando tudo aconteceu ele, ou por não perceber o que se passava, ou por ver claramente que a tia não estava bem, afastou-se. Evitava estar com ela, por vezes era rude. Eu não altura não percebia, e ficava triste pela aparente falta de empatia que ele demonstrava. Acabámos por lhe contar o que tinha sucedido (obviamente que não falámos em suicídio) e com o tempo ele voltou a aproximar-se da tia. Foi com ele que ela voltou a sorrir, foi com ele que ela voltou a rir. Ele não evita falar do T. com a tia, mas protege-a naquilo que ele considera que  que pode trazer-lhe tristeza, como quando está a ver fotos do meu telemóvel com a  minha irmã e sabe que a seguinte tem o T, ele sair imediatamente da visualização. Na época festiva que passou falou muito dele, lembrava-se que tínhamos estado juntos no Natal e na passagem de ano e dedicou muito tempo à tia. Quando por vezes me zango com ele ou quando me questiono sobre a educação que lhe estou a dar, lembro-me disto e fico mais descansada. Afinal, não devo estar a fazer um mau trabalho.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Preciso de sol

Por mais que tente a minha disposição não muda. Tento ver as situações pelo copo quase cheio mas caio sempre no copo quase vazio. Acho que hoje em dia é preciso ser-se muito otimista para conseguir ver o lado bom das coisas. Tudo é incerto, o que hoje é verdade amanhã já não o é. Olho para o meu filho e questiono-me sobre o futuro que o espera. E não gosto do que vejo. Tenho muito medo... Quase a fazer 43 anos, tudo me parece sem sentido. Já não sonho, deixei de ter objetivos e de planear seja o que for. Sinto que pouco está nas minhas mãos. Sinto que por mais que faça pouco ou nada irei alterar. Preciso de sol.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Para memória futura

Ontem ao jantar o pai do João imitou-o num mau comportamento, naquela do vê lá se gostas. É então que o meu filho se sai com esta preciosidade: mas quem é aqui o adulto? És tu, é o adulto que ensina a criança, não é a criança que ensina o adulto... Ora toma, que é para aprenderes!

2013

Este ano reparei que muitos bloguers fizeram como que, um resumo de 2013. Eu, imitinha do pior, e porque na minha idade a memoria já não dá para tudo, vou fazer o mesmo, correndo o risco de ficar desapontada com o resultado, mas cá vai.

Em 2013 privei de perto com a morte e com o sofrimento que lhe está associado. Pensei muito na morte.
Confirmei que, contrariamente ao que julgava, nós nunca sabemos o que vai na cabeça das pessoas.
Ajudei e apoiei a minha irmã em tudo o que podia e estava ao meu alcance.
Passeei muito com o meu filho, fomos ao teatro, ao cinema, a muitos parques e a locais de Lisboa que ele ainda não conhecia.
Em 2013 não tive férias. Apesar disso, descobri uma praia maravilhosa. Este ano lá estarei novamente.
Tal como em 2011 e em 2012, sofri na pele a crise, estive e ainda estou, muitos meses sem receber.
Em 2013 jantei fora de casa uma vez.
Em 2013 aderi ao gelinho.
Fiz madeixas o que me mudou o visual ainda não sei se gosto.
Quase sete anos depois de ter adquirido a minha bimby, o ano que passou foi aquele em que mais uso lhe dei. Experimentei receitas novas e bimbei sem parar.
Comecei a dar uso à máquina de costura que o meu marido me deu em 2011 shame on me, mas pouco ou nada sei fazer.
Evitei fazer fretes a pessoas abusadoras mas ainda tenho muito que aprender.
Pensei em deixar de fumar TODOS os dias mas não fui capaz de parar.
Questionei-me sobre o meu futuro profissional e que alternativas é que tenho a isto infelizmente ainda não tenho respostas.
Conclui a minha segunda licenciatura.
Zanguei-me muitas vezes com o meu filho. Amei e mimei muito o meu filho.
Desapontei-me com o meu marido. Confirmei muitas vezes que, apesar de tudo, ele é o tal.
Chorei menos do que precisava.
Li pouco, mas mais do que em 2012.
E foi isto.

Passagem de ano

Sobre a passagem do ano, confesso que celebrei o fim de 2013, que a bem dizer, não me deixa saudades nenhumas. Como habitualmente, abracei o meu filho, o meu marido e a minha irmã. Não pedi nada, não comi passas, não subi para cima de uma cadeira, não vesti nenhuma peça azul, não faço ideia se estava com o pé direito ou o esquerdo. Bem vindo 2014, que me tragas coisas boas que eu bem preciso e mereço.