sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ponto da Situação

Na passada quinta feira tive a segunda consulta pós internamento. Segundo o médico e de acordo com o RX a fractura mantém-se na mesma, mas nada de alarmes. Muito descanso, muita paciência e quanto a fazer seja o que for, o melhor é mandar. O descanso tem ocorrido, estou a tornar-me perita em mandar, mas agora a paciência é que é pior. Estou a ficar sem ela, hoje então, estou sem nenhuma, e só me apetece disparatar para todos os lados. Só de pensar que ainda faltam dois meses...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ainda a propósito

Ando boquiaberta com os comentários que pululam por esta net fora em relação à morte de Amy Winehouse. Quem me dera a mim ter assim tantas certezas sobre a vida e a melhor forma de a viver. As pessoas não são todas iguais, algumas pura e simplesmente não se conseguem encaixar neste mundo, e vivem atormentadas a tentar encontra o seu espaço. Umas resistem outras não. E depois, é por isso que merecem morrer?

domingo, 24 de julho de 2011

Amy


Diria que é um fim anunciado, mas tenho mesmo muita pena. Uma voz portentosa e só deixou dois álbuns.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu já devia saber

A dor na perna já acalmou, e assim sinto-me mais aliviada. Desconfio que o facto de ter andado na net a ler sobre fracturas na coluna não ajudou nada. O poder da mente é lixado!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Por cá

Depois de, quase três semanas, andar a deambular pela casa, o meu marido levou-me ao Ikea para que pudesse experimentar poltronas onde me sentisse minimamente confortável e onde pudesse estar ao computador. Já cá está, acompanhada por uma mesa para o portátil. Agora que já vou conseguindo, por curtos períodos de tempo, navegar pela internet, sinto-me um pouco mais normal. Os meus dias passam vagarosamente, alterno a posição de sentada com a de deitada, e de vez em quando lá vou deambulando da sala para a cozinha, da cozinha, para a sala e destas para os quartos. Emocionante, portanto.
Já passaram três semanas desde que estou por casa e a mim parecem-me meses. Ando tentada a colar um calendário na parede e ir riscando os dias que vão passando, qual presidiária. Já li dois livros, e já incumbi o homem cá de casa de me comprar mais. Já vi quase todas as séries e filmes que tinha gravados na box . As dores melhoraram, embora nos últimos dias tenha andado um pouco atrapalhada (e também preocupada) com uma dor, que teima em não desaparecer, ao nível da perna esquerda. A possibilidade de uma cirurgia assusta-me, mas na próxima quarta feira terei consulta e vou concerteza, ter boas notícias.
O meu filho, tal como esperava, tem reagido bem à situação. Sabe que não posso fazer grandes movimentos e lá vai adaptando as suas brincadeiras à minha incapacidade. Agora ajuda-me a por a armadura (que é como ele designa o colete que uso) e é o braço direito do pai no controle às "asneiras" que eventualmente vou fazendo. Sempre que me vê a fazer movimentos que ele acha que não devo fazer, vai logo a correr contar ao pai :). É um menino muito especial, este meu filho.
Agora, lá vou eu colocar-me na horizontal mais um bocadinho. Desconfio que à conta deste infortúnio, este espaço vai estar menos vetado ao abandono.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Da vida

Um dia estamos bem, noutro nem por isso. Num dia andamos a remoer, com receio de podermos não ter trabalho, noutro não temos trabalho, pura e simplesmente porque não podemos trabalhar. Num dia perdemos tempo a pensar que ir para a praia duas semanas é demais, que nos vamos fartar, que se calhar é gastar dinheiro a mais, noutro não vamos nem um dia, porque não podemos. Dizemos tanta vezes que de nada serve remoermos sobre o que não temos controlo, sobre o que desconhecemos, que não devemos sofrer por antecipação, mas continuamos sempre a fazê-lo. Até que um dia as circunstâncias da vida nos prova que isso é mesmo verdade. Há duas semanas dei uma queda estúpida e evitável (como todos os acidentes, aliás). O resultado foi uma fractura na coluna. Agora esperam-me três longos meses de recuperação.  Se quiser ser pessimista, digo que ando com um colete (uma ortótese) que me condiciona os movimentos, que dependo dos outros para praticamente tudo, que não posso conduzir, não posso trabalhar, que me é difícil estar ao computador, que não posso dar banho ao meu filho, não o posso vestir e que pouco posso brincar com ele. Se quiser ser optimista digo que tive sorte, escapei a uma operação (por enquanto e espero que para sempre) e não houve danos neurológicos. E é assim a vida.