terça-feira, 26 de maio de 2015

Viva viva ou talvez não (da saga o meu filho na primária)

Esta semana decorrem os últimos testes deste ano letivo. Estou tão, mas tão feliz!!!! Mas... mas.. Mariah, para quê tanta festa? daqui a 4 meses começa o 4ºano, estás ver, 4º ano, aquele  que, até ver, tem uns exames, aquele que antecede o 5º,  que vai implicar uma mudança de escola...
Pois, pensando bem, estou só aliviada. E é isto.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Da vida

Devo andar com os níveis de serotonina em baixo. Ando numa fase lixada da vida. Tudo me chateia, tudo me importuna e nada me satisfaz. Tenho a cabeça a mil, com pensamentos em loop e a pergunta de sempre "o que é que eu vou fazer com a minha vida?". A resposta é urgente, é agora ou nunca. Não posso continuar neste limbo, neste, um passo para frente e dois para trás. Digo a mim própria que posso mudar, ainda estou a tempo de mudar, não tenho aquilo a que chamam de carreira. Sempre que estou prestes a alcançar algo, alguma coisa acontece que trava o caminho que estou a seguir. Digo a mim própria que são sinais, "está atenta aos sinais", e eu fico atenta mas não decifro nada de nada.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Da Blogosfera

Já ando para escrever este post há uma catrefada de tempo, mas fui adiando, não me fossem chamar invejosa e coisas afins (que é o que neste mundo da blogosfera se chama às vozes discordantes). Mas hoje pensei, "ora bolas Mariah, quase ninguém aqui vem, o espaço é teu e um pouco de má língua de vez em quando não faz mal nenhum". Sendo assim cá vai: abrir os blogues Cocó na Fralda e Dias de Uma Princesa é de um desgosto tão grande que até dói... Aquilo já não me diz nada e, para quem como eu, já as lia há uns aninhos é dececionante.

Sobre o novo acordo ortográfico

Há dois anos que, no âmbito do meu trabalho, tive que adotar o novo acordo ortográfico. Inicialmente fazia correr os relatórios no Lince que automaticamente faz as correções. Posteriormente o corretor do word foi sublinhado o que está mal e eu fui corrigindo e, sem me aperceber, fui adotando gradualmente a nova escrita. Resultado, escrevo uma "misturada" pegada, algumas vezes com o novo acordo, outras na forma antiga.  Há ainda muitas alterações que não conheço, apesar das explicações do meu filho e quer-me parecer que continuarei assim, a escrever numa mescla de novo e antigo acordo ortográfico.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Da saga o meu filho na primária

Na sexta feira chegou a casa muito feliz, tinha acabado de receber o seu primeiro excelente numa ficha de matemática. Andou a mostrar a ficha, que trouxe para casa para eu assinar, todo orgulhoso.
À noite contou-me que apesar de feliz pela nota, algo o tinha deixado triste, perguntei-lhe o que era e ele ainda que hesitante, lá me contou. Segundo ele, a professora quando lhe deu a ficha, virou a cara (deduzo que não olhou para ele) e que a expressão dela era de quem estava a pensar, e agora vou citar o meu menino "é pá não queria nada que este fosse o melhor da turma nesta ficha". A minha primeira reação foi de silêncio absoluto, fiquei sem saber o que lhe dizer. Acho espantosa esta sensibilidade do meu filho, a sério... Quando finalmente me recompus, lá lhe disse que ele poderia estar a interpretar mal a expressão da professora, que ela de certeza que estava contente pela nota, que se calhar ela naquele momento estava a pensar noutra coisa, mas ele foi irredutível: tinha a certeza do que estava a pensar.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Da saga o meu filho na primária

Faltam cinco semanas para o ano letivo acabar. Ainda bem. Tenho em casa um puto que, notoriamente, está farto, cansado, desmotivado e com muito mau feitio. Fazer os trabalhos é um frete e tenho que estar sempre em cima para a coisa ser feita. Quando vem almoçar a casa, o regresso ao período da tarde é sempre feito em esforço. Pergunta-me inúmeras vezes se o posso tirar das AEC. Ontem quando soube que, contrariamente ao ano passado em que nos dias do exame do 4º ano não teve aulas, este ano ainda tinha à tarde, foi uma choradeira pegada.
Eu, se por um lado o percebo, por outro fico preocupada com este desinteresse.

Mau começo de dia

Acordei de neura, apetecia-me ficar a dormir mais umas horas.
Zanguei-me a sério com o meu filho que, a 15 minutos do toque ainda não estava vestido por se ter distraído com um jogo do Tablet.
Não fiz a minha caminhada do dia por nenhum motivo em particular (chama-se preguiça).
Estou há duas horas a tentar começar um trabalho que, quer queira quer não, vou ter que o fazer e até agora nem uma linha escrevi.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Objeto do demo

Ontem o meu final de dia foi animado à conta deste objeto do demo.
Diz que esteve mais de 20 minutos a tentar fazer uma circunferência e não foi capaz. Lá trouxe o dito para casa a fim de treinar. Foi um drama minha gente, um dramalhão. A verdade é que ele não se ajeita mesmo. Ai aquelas mãos, aquelas mãos...

domingo, 3 de maio de 2015

Do dia da mãe (impróprio a almas mais sensíveis)

Sempre tive a mania das modernices, nunca fui de ir atrás do rebanho. Fugi sempre a sete pés do que a maioria gosta e aprova e se todos gostavam de preto eu escolhia o branco. A esta  distância e por culpa da puta da idade e da sua (por vezes) lucidez, apercebo-me agora que nem sempre foi o mais acertado. Senão vejamos:
A minha mãe é costureira e eu, com a mania que isso não me tornava numa mulher moderna, sempre recusei aprender costura. Hoje lamento, tenho ali uma máquina perdida sem saber o que fazer com ela. Nem uma bainha sei fazer e a falta que por vezes me faz esse conhecimento...
Achei sempre que o meu marido casou comigo e não com a minha família por isso, nunca fomentei o convívio entre todos. Hoje em dia, pouco ou nada se encontram (natal e pouco mais) e claro que lamento esse afastamento, acho que os meus pais gostariam de ter uma família mais convencional e que esta situação os entristece.
Durante anos e o meu marido achávamos que isto de ter filhos não era para nós. Modernaços como éramos convencemos-nos que nunca daríamos bons pais e que isto dos filhos nos tirava a liberdade. Tretas, tretas e mais tretas. Quando descobrimos que afinal até poderia ser bom, eu já tinha perto de 35 anos. Hoje, ambos lamentamos a nossa decisão tardia, pois um segundo filho seria muito bem vindo.
Dia dos namorados, festas de aniversários, dias da mãe e do pai são umas tretas pegadas pois todos os dias deveriam ser dias da mãe e do pai e dos avós e os aniversários são dias como os outros e o que interessa é que estamos cá e todos e juntos e blá, blá blá, wiskas saquetas. Estes dias passam iguais aos outros, sem grandes acontecimentos (um jantar mais elaborado, por vezes), não há cá jantares ou almoços fora, não há cá prendas ("compra uma coisa de que gostes e usa o meu cartão") nem surpresas, nem dias inesquecíveis que ficam na memória.
Por isso é que hoje, dia da mãe, igual ao de ontem (tirando as prendas maravilhosas feitas pelo meu filho e os abraços com que ele já me presenteou) eu afirmo: a mania da diferença é uma grande treta.

Feliz dia da mãe para todos!