quarta-feira, 22 de abril de 2009

Só a mim

Eu não tenho cão, e não o tenho por opção. Ultimamente temos equacionado a possibilidade de arranjarmos um para o meu filho, que tanto gosta deles. Mas dizia eu, não tenho cão e não tenho nada contra a que as outras pessoas tenham, obviamente. A minha vizinha tem duas filhas pré adolescentes, é divorciada e vive sozinha com elas. Sai de casa às 8h da manhã e chega por volta das 20h30, 21h. Entretanto as miúdas vão para a escola, regressam a casa e andam a deambular por aí. Trazem os restantes vizinhos para casa e fazem uns Karaokes , insultam-se uma à outra e assim passam os dias. Escusado será dizer que a minha qualidade de vida desceu a pique desde que vieram para cá morar. Anteontem estava eu pronta para deitar o João, quando começo a ouvir um cão a ganir. O meu filho faz uma expressão de terror puro e começa a dizer que tem medo do cão. Tocam a campainha, são as miúdas, pedem desculpa, a mãe arranjou-lhes um cão mas como não o quer em casa, o bicho vai ficar na varanda e provavelmente irá fazer barulho. Respondo que o me preocupa é o sono do meu filho, pois ele parece estar assustado, mas que já se iria ver. Dormi 4 horas, o João chorou, chorou e não dormia se eu saísse do quarto. Esta situação é completamente atípica, o meu filho acorda de vez em quando ao meio da noite a chorar, eu vou ter com ele, dou-lhe a xuxa, ou colo e ele fica na cama sossegado e volta a adormecer. Não foi isso que aconteceu. Ontem à noite quando o deitei o cão estava lá novamente a ganir, o meu filho chora, não quer que eu saia do quarto e isto prolonga-se por uma hora. Fico furiosa, desde muito pequenino que deito o meu menino e saio do quarto com ele de olhos abertos. Finalmente adormece, e eu saio de casa e vou falar com a minha vizinha, para que ele encontre uma alternativa. Fica furiosa comigo, diz-me que na noite anterior acordou com o choro do meu filho e não com o cão. Sou honesta com ela, também acordei com o choro do meu filho, mas a verdade é que quando ia ao quarto dele ouvia claramente o cão a ganir. Explico-lhe o óbvio, eu sou adulta, tenho capacidade para ultrapassar as situações, mas o meu filho não é, e sou eu que tenho que o proteger. Quando chegou do infantário levei-o à varanda para que ele visse o cão, expliquei-lhe que ele chorava porque estava sozinho e tinha frio, mas infelizmente não serviu de nada. Agora estou aqui, aborrecida a questionar-me se procedi bem, se não fui precipitada, se devia ter esperado mais uns dias...

4 comentários:

  1. ai... olha, os cães choram na adaptação a casa nos 1os tempos. Sempre. Quer durmam na cozinha, na varanda, whatever. Geralmente a coisa passa com a adaptação. Qd adoptei a minha, por causa disso, deixei-a dormir no quarto connosco na 1ª noite. E, mesmo assim, ela chorou e acordava de hora a hora´, só acalmando com festas. No dia seguinte, acabei por deixá-la na cozinha. Felizmente, ela era pequenina e os vizinhos nunca a ouviram chorar. Mas nós ouviamos. Ao fim de uma ou duas semanas, já estava na boa. Só chorava de manhã para lhe abrirmos a porta.
    Em relação ao creme: lê isto
    http://www.mulherbeleza.com.br/pele/creme-de-baba-de-caracol-combate-estrias-acne-manchas/
    Se funcionar, posto lá no blog (ando a pôr todos os dias a fazer se faz efeito). Pode parecer nojento, mas a mim não me enoja nada. E já sinto a pele mais lisa. Vamos ver se as rugas desaparecem mesmo.

    beijo

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  2. Nós também tivémos um cão do vizinho a ganir. Por altura do Natal. É complicado gerir isso das vizinhanças...

    Cristina

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  3. Eu não sei como reagiria... Mas ter um filho cheio de medo é razão para fazer qualquer um agir.

    Beijos

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  4. acho que fizeste bem em tomar uma atitude.

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