segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A saga da primária (continuação)

Numa semana tudo mudou. Na quinta-feira da semana dos acontecimentos que relatei no post anterior a representante dos pais abordou este assunto com a mãe de uma menina da sala, que é também professora no agrupamento. A senhora, solidária com a sua classe, foi de imediato contar à professora e esta, enviou uma mensagem à representante dos pais no sentido de falar com ela. Encontraram-se à hora de almoço e a conversa não foi propriamente simpática. A senhora foi reativa, reafirmou que eles eram os piores, que sim, que lhes tinha dito isso na sala de aula, que não percebia porque é que dizíamos que ela os desmotivava...e que os pais iriam ter uma surpresa com as avaliações pois todos estamos a desvalorizar o 3º ano. Basicamente, defendeu-se atacando. Nesse mesmo dia encontrei a tal mãe que é professora, abordou-me e questionou-me se eu já tinha falado diretamente com a professora. Respondi-lhe que não e que estava convicta que aquele assunto teria que ser levantado forçosamente numa reunião de pais. A senhora não gostou nada e mais uma vez deve ter contato a professora e, julgo eu, tendo em conta os acontecimentos que lhe sucederam, tê-la-á aconselhado.
Na segunda feira a professora pediu uma reunião com a representante dos pais, onde se encheu de desculpas, assumiu que se excedia e que iria modificar a sua atitude. Nesse mesmo dia contatou-me telefonicamente para agendarmos uma reunião no sentido de "esclarecer uns assuntos, que eu gosto de tudo muito bem esclarecido". Na quinta feira lá fui. Pediu muitas desculpas, que tinha feito um exame de consciência e que realmente por vezes se excedia. Que não se tinha apercebido que o que dizia incomodava "uns 4 ou 5 meninos". Que sempre usou a técnica de "espicaçar" os meninos e que costuma resultar, assim como este ano, dando o exemplo, imaginem de quem?, da filha da tal professora do agrupamento (não acredito em coincidências). Expus o meu ponto de vista, discordei com o método do espicaçar e com o fato de "só 4 ou 5" se sentirem afetados. Abordei, muito subtilmente, a questão da humilhação pública que ela tanto gosta de fazer e alertei-a de que não quero surpresas no final do período. Que ela tem a uma caderneta e se achar que o João está a baixar o rendimento, só tem que me informar.
Enfim, os acontecimentos não seguiram o rumo que eu pretendia, isto é, reunião geral de pais, mas a ver vamos como as coisas correm a partir daqui. Tal como referi à professora, vou continuar atenta, pois esse é o meu papel como mãe e encarregada de educação.

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