segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Coisas aparentemente sem importância

Até agora, meio do dia, aquilo que mais me chama a atenção (para além das saudades do meu filho e desde silêncio) é a ausência das crianças e dos adultos. Ainda ninguém bateu à porta ou tocou à campainha e ainda ninguém telefonou. Contraditoriamente ao que aqui tinha referido, sobre a maravilhosa infância do meu filho, repleta de autonomia e liberdade, confesso que estava farta, muito farta.
Cansada de ter crianças em casa, farta de o ter tanto tempo na rua, mas sobretudo cansada do convívio forçado com as mães das outras crianças. Chamem-me snob, mas a verdade é que sempre fui seletiva nas pessoas com quem convivo. Falo com toda a gente, sou educada e cordial, agora convívio à séria, não é com todos. E, sem me aperceber já andava a conviver em almoços e lanchinhos (sempre com as crianças, claro), com pessoas que não me dizem nada, ou melhor, até me dizem coisas que não aprecio. Aquilo que começou por ser um convívio casual por força do relacionamento dos nossos filhos, começou aos poucos a ser uma intromissão na minha vida, nas minhas rotinas e naquilo que tanto prezo, a minha privacidade. Para além disso e apesar de serem crianças nem todas são do meu agrado. Muitos palavrões muitas atitudes parvas e muita brejeirice (da parte dos adultos, idem). Momentos houve, tal a ausência do meu filho, em que senti que ele não estava a ser educado por mim (nós) mas pelos outros que nos rodeiam e nem sempre com grandes resultados.  Por tudo isto este começo e este afastamento (assim o espero) é para mim é uma bênção.

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