quinta-feira, 31 de maio de 2012

Filmes

Sempre gostei de cinema. Há uns anos atrás acompanhava todas as estreias, seguia aquilo que os realizadores de quem mais gostava iam fazendo e procurava ver muitos filmes. Curiosamente não via os filmes nas salas de cinema, esperava que saíssem em vídeo ou que passassem na televisão. Atualmente ando completamente desatualizada, vejo muito menos cinema e já não sei quem anda a fazer o quê. Ontem vi uma reportagem na TV sobre o ultimo filme do David Cronenberg, e ocorreu-me que este realizador está na lista daqueles, cujos filmes dificilmente voltarei a ver. Passo a explicar: como referi, gosto de cinema e contrariamente ao que muita gente diz, não vejo cinema só para me divertir. Gosto de filmes que me ponham a pensar, gosto de filmes que ficam a pairar na minha cabeça durante um longo tempo. Também gosto de filmes de ação ou de comédias românticas, mas prefiro aqueles a estes. No entanto, há pelo menos três realizadores cujos filmes deixei de ver, não porque não tenham qualidade, muito pelo contrário, mas porque os últimos filmes que vi deles, me perturbaram tanto que me sinto incapaz de me confrontar novamente com as sensações que me provocaram. Falo do David Cronenberg, do David Linch e do Lars Von Trier.

O corte com o primeiro deu-se com o perturbador Crash. O ultimo do David Linch que vi foi o Lost Highway, ando para ver o Mulholland Drive há uma série de tempo mas ainda não tive coragem. Por fim, o Lars Von Trier para mim, o mais perturbador de sempre. Vi o Europa e adorei, seguiu-se o Breaking de Waves, este vi-o no cinema e foi um valente murro no estômago. Ver o Dancer in The Dark foi uma espécie de tortura. Mas a gota de água foi o Dogville, depois deste, jurei que nunca mais veria um filme deste realizador e apesar de alguma curiosidade, sinto-me completamente incapaz de o fazer. Se em relação aos outros eu ainda dou o benefício da dúvida e um dia destes tentarei ver um filme, em relação ao Lars Von Trier, só se for obrigada.


3 comentários:

  1. Pela tua ordem de ideias é melhor não veres o Mulholland Drive...lol. Ainda hoje penso no raio do filme e que não lhe encontro lógica nenhuma... detestei. Valeu pela minha lindinha a Naomi Watts (love her), de resto não gostei. O Dancer in the Dark, ameiiii, sou mega fã da Bjork (há muitos anos) e já o vi várias vezes, mas sim, é muito forte. Os outros não os vi... mas estou cheia de curiosidade para ver este ultimo do cronenberg, a ideia partiu do Paulo Branco (o que me deixa de pé muuuiiito atrás), mas precisamente por ter um português envolvido e o lindinho do twilight dou o beneficio da duvida e vou vê-lo.

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  2. O lars Von Trier tem uma história que repete em todos os filmes, pelo menos, os que vi, qualquer coisa do preço que se paga pelo amor, da punição que tens de sofrer pela felicidade e da redenção que esse sofrimento traz. Qualquer coisa de muito católico e muito perturbador.

    Gostei do Lost Highway, mas do Mulholland Drive, nem tanto. Sem sentido, o bizarro pelo bizarro, se aquilo tem lógica ou pelo menos um sentimento, deve ser mesmo o de baralhar ou de ir ao encontro de uma estética que a mim não interessa.

    Beijinhos

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  3. Eu acrescento o Quentin Tarantino. Desde que fui mãe, sobretudo, todos estes filmes me perturbam de uma forma muito violenta.

    Beijos

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