quinta-feira, 19 de julho de 2012

A irritação é tanta que nem sei que título dar a isto a não ser post longo e com muita raiva

Quando matriculei o meu filho na escola primária fi-lo consciente e convita de que era efetivamente o melhor para ele. Quem aqui me acompanha, sabe das preocupações que manifestei em relação ao fato de ele poder não estar preparado para tamanha mudança. Mas repito, no dia em que entreguei os papeis eu estava ciente do meu ato e este foi devidamente refletido e discutido por mim e pelo meu marido.  Se assim não fosse nem teria oficializado a matrícula.
Portanto quando o matriculei não foi "naquela" do vamos ver o que acontece, se tiver vaga, óptimo, se não tiver também não faz mal. A decisão resultou, e volto a destacar, de muita reflexão do que seria melhor e claramente que, ficar na infantário onde está, sem os amigos que o acompanharam e a repetir os mesmos temas, não nos pareceu que fosse o melhor para ele.
Quando matriculei o meu filho sabia (embora tenha tido conhecimento tardiamente) que ele era um condicionado, isto é , por fazer 6 anos após o dia 15 de Setembro, apenas ingressaria na escola (pública) se tivesse vaga.
Agora do que não estava nada à espera era da situação que hoje me surgiu e que aqui vou  relatar. Por volta das 16h recebo um telefonema de uma professora do agrupamento escolar cá da terrinha a informar-me que o João não tem vaga no 1ºano e que tem duas, ou melhor, três hipóteses à escolha: O João tem uma vaga numa turma do ano numa das escolas, e tem outra vaga numa turma do ano da outra escola. A 3ª hipótese, a melhor segundo a tal professora, é a de ficar na pré. E atenção, o João seria o único menino nessas turmas, nestas condições. Assim que ouvi as duas primeiras, instintivamente referi que estava fora de questão, mas como o meu marido não estava comigo e como precisava de me acalmar, pedi que me deixasse pensar.
E pensei, e pensei tanto que estou completamente chocada com isto. Mas que merda de país é este, que tem uma lei que condiciona a entrada dos miúdos na escola, com o argumento da idade e ao mesmo tempo permite que essas mesmas crianças muito novinhas e imaturas ingressem em turmas com alunos de faixas etárias mais altas? Alguém que me explique, porque eu não percebo.
Uma coisa sei, esta proposta não foi feita de boa fé, e senti claramente que do outro lado apenas me propuseram isto, porque estavam convitos de que eu recusaria. Aliás, a senhora fez questão de me informar que os outros meninos que estavam na situação do João, os pais tinham decidido mantê-los na pré, assim como fez questão de destacar que o meu filho era o mais novo dos inscritos e que era um "anjinho" muito pequenino para ir para a escola. Pois bem, como eu continuo convita que ingressar na escola é o melhor para o meu filho (perante as alternativas que disponho) e como acho que é de uma irresponsabilidade fazerem o que me estão a propor, eu vou aceitar. Amanhã vou falar com a tal Professora e vou questioná-la sobre os termos em que uma treta destas funciona, porque eu parto do princípio que se me propõem um projeto pedagógico destes é porque sabem o que estão fazer e estão preparados para os problemas que uma situação destas levanta (conjugação de conteúdos, integração da criança, etc, etc. etc.).
E não, eu não vou colocar o meu filho numa turma do 3º nem do 4º anos, irei arranjar outra solução. Mas agora também quero ver o que é vão fazer quando amanhã, eu lhes disser que sim, que aceito a vaga do 3º ano, mas que elas são RESPONSÁVEIS por garantir que o meu filho vai ter uma boa aprendizagem, uma boa integração e que não será prejudicado por ter 6 anos e ser o único do 1º ano numa turma do 3º. Porque se me propõem isto é porque acham que é viável. Se acham que não, que ele é muito pequenino e vai ficar desintegrado e blá, blá, blá, então que não me tivesse dado à escolha. Diziam que não havia vaga e ponto final, não se falava mais no assunto, Agora isto...  Estou possessa.

5 comentários:

  1. ando tudo estúpido, só pode! dasse

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  2. Hmmm...isso não faz sentido. Oss pais dos condicionais que se juntem (uma vez que há mais) e exijam que se abra uma turma. Há 3 anos lá na escola aconteceu isso, havia vários meninos que não tinham vaga e os pais juntaram-se e foram falar com a direção. Provavelmente estão a dizer aos outros pais todos o que te disseram a ti e assim ficam com o assunto arrumado sem se chatearem muito. Mexam-se.

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    1. Sofia, eu contestei. Na quinta liguei à professora e, não sei como ( ou se calhar sei) ela, antes de lhe dizer que aceitava o 3 ano, voltou a resumir as hipóteses que tinha e acrescentou mais uma: afinal há uma vaga numa turma do 2 ano. Isto é tudo muito mau Sofia, mas se não te importas vou enviar- te um email, pode ser?

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  3. conheço de casos de turmas com mais do que um nivel por sala em algumas escolas, mas isso acontece em meios pquenos, com poucas crianças para faserem uma turma de cada ano...
    mas não faço ideia de como trabalha o prof de 1º ciclo essa situação!
    :(

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