Ida ao Osteopata

Tal como já aqui tinha referido, fui com o Z. a um osteopata. Desde muito pequeno que ele tinha tendência para inclinar a cabeça para um lado, notando-se mais quando estava no ovo (ele começou a andar no ovo mais ou menos aos dois meses, porque até aí tinha a alcofa). Cheguei até a comprar uma almofadinha para colocar à volta do pescoço, para que ele andasse mais direito.

Essa inclinação manteve-se, mas como ele ainda não segurava bem a cabeça, nós achámos que iria ao lugar. A verdade é que tal não aconteceu e agora que ele sustenta bem a cabeça, tornou-se ainda mais evidente. Como esta situação foi menorizada pelo pediatra, decidimos pedir uma segunda opinião a outra médica, que nos recomendou de imediato fisioterapia. No dia da consulta levámos o Z. a conhecer a minha médica que me acompanhou na gravidez e que já é minha médica há cerca de 14 anos. Quando ela viu o Z. aconselhou-nos um osteopata conhecido dela e da sua confiança. Confesso que não tenho uma opinião formada sobre as chamadas medicinas alternativas, mas acredito sinceramente que a medicina convencional não tem respostas para tudo. Quantas pessoas não ouvimos dizer que se sentiram melhor nas suas doenças, através destas práticas?

Como achei interessante e como me pareceu bastante credível, deixo aqui o relato de como se passou.
Contrariamente ao que eu estava à espera o Z. portou-se lindamente (está naquela fase em que desata a chorar quando estranhos se aproximam), simpatizou de imediato com o Sr., o que tornou tudo mais fácil. O osteopata começou por me colocar várias questões, a algumas eu soube responder, a outras nem tanto. Assim, perguntou-me se o Z. tinha bolsado muito (não foi o caso), se tinha tendência para mamar mais numa mama (amamentei pouco tempo, mas recordo-me que isso acontecia), se havia posições que ele preferia mais, como estar ao colo num dos braços (eu respondi-lhe que desde muito pequeno ele sempre preferiu estar em pé, isto é, na posição vertical, eu sempre me queixei de ter um bebé que não gostava de estar deitado nos meus braços), se ele chorou muito (e de que maneira!!!), se ao dormir manifestava preferência por um lado (é verdade sim senhora) e se às vezes, quando o deitava ele abanava a cabeça de um lado para o outro (muitas vezes e que confusão me fazia). Depois observou o Z. e disse-me que ele tinha um torcicolo, que a cabeça inclinada vinha daí, que se tivesse lá levado o meu filho pouco tempo depois de ele nascer a correcção teria sido muito mais fácil. Aliviou-me a culpa, ao negar qualquer relação com o uso (e às vezes abuso) do ovo. Segundo ele, tem tudo a ver com as posturas que o bebé adquire quando está no útero da mãe, muitas vezes derivado da má colocação deste. Disse-me que se porventura o tivesse consultado ainda grávida, muito provavelmente este problema não tinha surgido e que a maioria das escolioses e cifoses são desenvolvidas ainda no útero.

De seguida, ele pegou no Z. pelas costas, com uma mão e esteve assim com ele durante algum tempo. Antes disso, informou-me que não lhe iria provocar qualquer dor. O Z. não chorou, apenas protestou e esperneou muito e quando o pousou na marquesa, esboçou um belo de um sorriso.

Quando ele me disse que queria vê-lo novamente daqui a uma semana, eu tive que lhe perguntar se tinha feito alguma coisa ao Z. (é que parecia mesmo que não se tinha passado nada), ao que ele me respondeu que sim, que tinha desbloqueado dois músculos (confesso que não retive o nome dos músculos nem se o termo por ele usado foi desbloquear!). Por fim disse-me que eu iria encontrar diferenças no comportamento dele.

Pois bem, em relação ao comportamento, não notei grandes diferenças, mas também esta não me parece ser a melhor altura, uma vez que ele ficou doente e anda a ser massacrado com os dentinhos. Agora posso dizer que a cabeça me parece francamente menos inclinada, e há outro pormenor que me deixou surpreendida: até agora quando deitava o meu filho ele nunca deixava cair a cabeça para trás, contraía-se todo e mantinha sempre a cabeça levantada (como se quisesse estar elevado), agora isso não acontece e a cabeça descai naturalmente (apanhei um valente susto a primeira vez que isso aconteceu, porque não estava mesmo habituada a este movimento).


Para terminar falta-me apenas referir mais dois aspectos: eu aproveitei e questionei-o acerca dos braços (é que o Z. tem sempre os ombros muito para trás), ao que ele me respondeu que também estava relacionado. O ultimo aspecto é que ele olhou para o Z. e disse que as orelhas para frente (o meu filho tem as orelhas de abano!!) tinha a ver com pressão exercida por uns osso dos quais, mais uma vez não me recordo do nome.

Não posso ter a certeza se o Z. vai melhorar ou não, mas não tenho dúvidas que na próxima semana volto a levar o meu filho a este osteopata.

Adenda: peço desculpa pela confusão do post, mas escrevi-o um pouco à pressa.