terça-feira, 4 de setembro de 2007

Dilemas

Ainda não pensávamos ter filhos e ambos partilhávamos da opinião que só colocaríamos um filho num infantário, em último recurso. Como o meu marido tem um horário flexível e eu, como free lancer também, achávamos que seria fácil estar sempre com o nosso filho. Quando engravidei, comecei a questionar-me de como iria conciliar o meu trabalho, a casa, o meu filho e obviamente o meu marido. O que me preocupava não era a parte do meu trabalho que é feita no exterior, mas sim a que é feita em casa. Hoje verifico que os meus receios tinham fundamento, é complicado fazer seja o que for com o meu filho, mas pior que isso, é estar com ele a pensar que preciso de fazer um trabalho para entregar no dia X, ou de como é que vou no dia Y para fora em trabalho, se nesse dia o meu marido não está, e não tenho ninguém a quem o deixar.
Voltando atrás, ainda grávida, partilhei com o meu marido as minhas preocupações e questionei-o se não seria melhor inscrevê-lo e mais tarde veríamos como as coisas corriam. Não vou aqui escrever a resposta que me deu, pois ainda julgam que ele é uma besta o que, a bem dizer, não é verdade. Mas perante tal resposta não voltei a abordar este assunto. Quando o Z. tinha cerca de 3 meses, o meu marido reconheceu que iria ser difícil manter o meu trabalho, e ao mesmo tempo estar com o meu filho, mas nenhum de nós tomou a iniciativa de o inscrever em qualquer infantário. A semana passada decidimos finalmente fazê-lo e tal como eu calculava, não há vagas em lado nenhum.
Hoje uma pessoa conhecida telefonou-me a dizer que no infantário onde está o filho dela, que fica próximo de minha casa, surgiu uma vaga derivada de uma desistência.
Agora estou num grande dilema, por um lado são 420 euros (digam-me se este preço é normal é que eu ando mesmo fora e acho uma exorbitância), por outro lado tenho muito receio de o perder de vez (eu sei que não devia escrever isto) depois é o meu marido , que apesar de o negar, julgo que a ideia não lhe agrada muito e por fim está também a minha saúde, quer física que mental. Não sei mesmo o que fazer.

7 comentários:

  1. 420 euros acho caro mas dentro dos valores que conheço, depende também muito das condições que o infantário oferece.

    O meu ainda não está inscrito em lugar nenhum porque em princípio eu devo ficar com ele por uns tempos, mas depois claro que irá para uma creche, acho que vai fazer bem a todos.

    Em relação ao teu medo específico da tua relação com ele se enfraquecer, não vejo que seja por isso, mas gostava de falar melhor contigo sobre isso, não por aqui, mas por email.
    Se quiseres, envia-me um mail para luzesombr@gmail.com

    Beijos

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  2. O que fazer só podes saber, só tu podes avaliar os teus limites, o teu nivel de cansaço...

    Quanto ao preço, depende das condições, mas sinceramente se for um bom infantário acho que está na média.

    Quanto aos teus medos...apaga-os de vez, para teu bem. Como pode o teu filho não amar alguém que se oreocupa tanto com ele, alguém que o mima tanto? Não te martirizes com uma coisa que não tem lógica.

    Beijinhos

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  3. Ainda não entrei no mundo dos infantários,e tal como tu, acho um atentado os preços, mas ao que parece são todos mais ou menos por aí.

    Relativamente, ao afastamento posso dizer-te que seria muito melhor para ambos que ele tivesse mãe menos horas por dia, mas uma mãe descansada e disponivel, do que estar sempre contigo, mas estares cansada e em stress. Os vinculos afectivos não são geridos pela quantidade mas sim pela qualidade e seria fantástico para ele conviver com outros bebés, desde que o infantário tenha boas condições.

    Pensa no que será melhor para todos vocês a longo prazo e, se tiveres possibilidade de lhe proporcionar um infantário, não vejo inconveniente nenhum, antes pelo contrário.

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  4. 420 euros é muito. Bolas...
    Mas ir para um infantário, na minha opinião é muito bom. Porque te dá espaço para respirares e tu precisas. Todas nós precisamos.Um filho é a melhor coisa do mundo mas não podemos viver para eles as 24 horas do dias, temos de ter o nosso espaço, não só para trabalhar mas também para nós, para nos mimarmos, para lermos um bocadinho, para fazermos algo que não esteja relacionado com eles, porque senão ás tantas estamos umas tontinhas que só sabemos falar de bebés e frladas, e o resto? também é importante.
    Eu não estou a trabalhar e desde que vim de férias há 4 dias portanto ainda não consegui arrumar nada, ele consome-me o tempo e a energia toda. Ando cansadíssima. Estou a precisar muito de um bocadinho só para mim. Mas por outro lado nem quero imaginar como vai ser deixá-lo qundo agora começar a trabalhar...

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  5. Deves pôr o menino na creche, por tudo o que disseste. O preço é caríssimo, mas podes pô-lo lá até arranjares vaga num que tenha acordo com a segurança social. Tens é de o inscrever em muitos. Tu não vais perder o teu filho, vê se te mentalizas disso. Bjs

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  6. Cheguei aqui através da luz de estrelas... eu vou pagar 450 euros pelo meu. É caro, sim... a mim, consola-me o facto de saber q o vou deixar num sítio realmente mto bom. Se, no início, o inscrevi lá pq não tinha vagas em nenhum dos outros q tb nos davam jeito, dps, acabei por arranjar vagas nos outros (q eram mais baratos, com horário mais alargado e mesmo perto dos meus pais) e acabei por optar por este. Ele fez agora 20 meses e tb foi ficando em casa ora connosco ora com os avós, pois temos flexibilidade de horários.... as nãofoi fácil.
    bj*
    (acho q já me estiquei)

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  7. Olá!
    Vim aqui ter através da Luz. Euacho um horror esse preço. Tinha idéia de que os valores eram altos mas nem tanto. Eu estou em casa com a minha filha que tem 16 meses. Prestes a enlouquecer, mas muito compensador. Vou tendo dias, sabes? Tanto tenho momentos de desespero como me sinto a melhor mãe do mundo. Tenho andado a pensar num meio termo porque sei que há creches que têm preços para meio período.
    Beijos

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